terça-feira, 14 de agosto de 2012

Isso me faz mais carente

Até lendo a IstoÉ eu fico carente.
Tá aí gente, o Arthur Zanetti, dono de um dos poucos ouros do Brasil nas Olimpíadas! Lindo e gostoso ele, né?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Passando vergonha no primeiro dia da natação

Mês passado o sindicato dos professores, ao qual eu estou filiado orgulhosamente, só que não, fez um convênio com Serviço Social da Industria, dando direito a nós, pobres professores explorados pela mais valia do Estado o acesso aos equipamentos e serviços do SESI-GO. Foi até bom, gostei muito! Pensei vou finalmente virar um nadador, principalmente porque por 45 mensais eu finalmente poderei aprender a nadar.

Fui lá e me inscrevi no curso de natação. Cheguei atrasado, problemas no sistema de informática na hora de fazer matrícula, e após pedir informações aos seguranças novatos. Disseram para eu falar com a mulher maiô que dava aula para as crianças, ela saberia me indicar para onde eu deveria ir. Ótimo!

Meio tímido e com uma cara de Suellen antes de cantar "Para a nossa alegria" comecei a fazer as perguntas à professora. Onde é o curso de natação? Aqui, junto com essas crianças? Meu nível, ele é tipo não sei nadar? Junto com as crianças? Ah! Talvez eu seja arrogante da minha parte, mas minha cara rachou. Ah! As crianças.

Ótimo, fui até as cadeiras de descanso para despir meu corpo alvo, adiposo e sedentário. Nessas horas a gente meio que anda olhando para o chão. Mas quando ergui a cabeça eu vi ali sentado, só de boa, um salva-vidas, com aquele uniforme vermelho sui generis, óculos escuros, corpo magro e definido. Minha cara apenas rachou. Como posso impressionar alguém se estou abaixo na escala e ele pode inclusive me salvar? O que nem seria de todo mal. Ali eu era apenas o aluno, não só, o aluno que não sabia nadar, o aluno adulto que não sabia nadar e que estava com as crianças.

Professora pergunta quando vou entrar de fato na piscina, tiro a bermuda e a camisa, ela me manda entrar na ducha. Tempo seco de quase deserto em Goiânia, água gelada da porra, senti meu pinto entrando dentro do meu corpo, a respiração trepidando e devo ter ficado com a boca roxa. Como um vira-latas molhado na chuva sorridente perguntei à ela, o que eu faço agora.

Quando ela mandou eu entrar na piscina eu fiquei ali pensando como deveria fazer, vai que tem uma técnica de repente e eu não sei. Mas entrei e aprendi que inspira pela boca e solta pelo nariz. Gente, os pneumologistas sabem que vocês ensinam isso? E o governo que não faz nada? Tá, por um momento ela pensou que eu tivesse engolido água, enquanto eu pensei que eu tivesse escarrado na água e gastei meu tempo explicando essa diferença.

Ótimo, ela ensina eu a bater os pés. Chega lá, me dá a pranchinha de EVA, manda eu bater os pés, segurar na prancha e erguer o bunda. Mas de que maneiras eu consigo erguer a bunda. E lá vai o Well, minutos a minutos descobrindo que seu corpo gordo boia na água, mas que sair do lugar nela é impossível. Não aprendo a levantar a bunda, devo ser um péssimo passivo. 

Logo vem aquele pirralho, não, é só você se jogar e lá vai ele feito um peixe na água. Gostaria de ver aquele salva-vidas resgatando um afogado, não é eu, é claro! 

Quando eu recebia atenção da professora, ela mandava eu erguer a bunda e bater os pés. Só sei que ao final da aula, depois de encarar o menino lourinho de 17 anos e que nadava, eu estava morto de vergonha, mas a pernas estavam latejando. Pensei, que talvez não fosse ruim assim, eu emagreceria e teria pernas duras logo logo.

Indo para o vestiário, coisa que eu sempre evitei, lá dentro um monte de homens, ninguém bonito, mas de cueca. Apenas um que tirou a sua e mostrou a rola. Senti aquele frio na barriga e uma certa vergonha. Em algumas cuecas uns volumes enormes. Outras precisando ser trocadas, estavam bem velhas. Unsexy. Todo mundo se interagindo e falando sobre sei lá o que. Não quero fazer trocas de olhares com ninguém ali.

Depois ficar nu e ali na frente de todo mundo, tomei um banho para tirar o cloro e depois, quando eu ia embora vi na outra piscina os adultos, sarados, gostosos, de sunga na outra turma. Pensei, um dia estarei no meio deles. Bateu aquela carência, a vontade de um carinho e de fazer sexo com alguém. Gente sem roupa sempre me excita. 

No carro, quentinho dentro dele, ligo o motor, vejo o segurança saindo da secretaria, o som liga! Só que a pasta de rock havia acabado e ele entrou na mesma hora na pasta de disco e bem alto começou Dancing Queen. 

Enfim, odeio quando até as máquinas praticam bullying comigo. 

Mas eu gostei de tudo hoje. Fiquei tipo Weslian Roriz, apesar de severamente com as crianças, achei aquele clube lindo, todo azul, igual as cores do partido dela.

Acho que aprenderei a nadar logo logo e logo logo começarei a ficar bombado também. Deus é mas!

Bem, é isso...

Peixos, me liga!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Deja vu, retomei o blog, outra vez.

Tenho saudades do tempo em que eu era um gay mais inseguro do que sou hoje. Tenho saudade de dois anos atrás, quando eu conseguia encher esse blog com algum texto qualquer, às vezes até duas ou três vezes na semana. Sinto falta desse tempo em que minha vida era um franco marasmo, em que a poesia da minha vida era embalada por rimas pobres.

Tudo bem, nunca gostei daquela vida que eu tive no passado, em que realmente eu achava quase tudo sem graça. Só sinto falta mesmo da UFG, do Campus e do seu cheiro peculiar, das coisas, dos assuntos que as pessoas conversavam ali. Aquelas pessoas desconhecidas, compartilhando a mesma paisagem e nenhuma relação com o rapaz feio, inseguro e cafona que eu fui. 

É verdade, hoje é bem melhor! Esse tempo em que falar do que gosto não me causa mais nenhum receio, quer dizer, não tanto quanto no passado. Que por mais estranha que a pessoa seja eu não sinto algum frio na barriga. Mas sei lá, devo ter me levado pelo otimismo e pela sensação de missão cumprida e parei algumas coisas que eu deveria ter continuado. 

Agora é bom, eu tenho algum dinheiro para gastar com minhas impulsividades consumistas e que me permite planejar algumas coisas, torná-las reais, e por aí vai. Se antes eu tinha alguma timidez, hoje não tenho mais. Consigo reparar melhor o espaço ao meu redor, apesar que continuo tímido, inseguro e ingênuo. Mas gosto sim das comprovações contrárias a minha certeza de que sou feio, de quando sorriem para mim e eu penso se olhando para o rótulo eu vou querer ou não. 

Ainda me acho caipira na capital de um estado de gente roceira. Nem sei se... na verdade até onde me consta ser gente inexperiente no respirando o ar do lugar grande faz parte para muita gente. Deveria ser eu mais cândido comigo mesmo.

Estou feliz, principalmente porque estou conduzindo este texto sem nada me preocupar com uma ordem lógica, uma relação entre os parágrafos. Ou mesmo entre as frases. Vou retomar o blog, e sei que hora ou outra eu reapareço aqui prometendo isso. Mas tenho pensado melhor, preciso escrever não pelo fato de as outras pessoas lerem, na verdade eu quero mais é que leiam, mas é que agora sinto muito prazer em reler o que já fiz no passado.

Hum... sendo assim escrever um blog pessoal que eu falo da minha vida inócua, cheia de pseudo altruísmo e vontade de ainda assim querer me diferenciar da média, é uma forma de poupança, de previdência das próprias memórias com a vantagem de que eu, melhor do que ninguém sei o quanto dos meus créditos são falsos. Eu? Talvez os outros saibam até melhor do que eu, mas não vem tão ao acaso assim, já dediquei muito da minha vivência fajuta levando em conta o que as pessoas falam.

Sorte que agora nesse semestre consegui organizar meus horários de aula e consegui uma segunda-feira para ter esse ócio e falar das minhas nuances.

Por fim, falar que estou retornando o blog do endereço antigo, Resma Nova o caralho, e pensando bem, talvez eu mude o título para o antigo novamente. Estou assim, meio vintage, meio retrô. E já disse Jhon do Pato Fu, "a confusão pode ser doce" e eu fico feliz por eu tê-la ou pelo menos parecer confuso, com a cabeça meio com sono apoiada no travesseiro da cama pensando que bagunça essa minha em um único texto, e ainda mais justificando-a falando sobre ela neste exato momento como se isso fosse algo genial. Genial não é, usual também não, mas que  ela me causa confiança e me inspira por agora, isso é verdade.

De volta ao Em Parafuso Horizontal...

É, aqui mesmo renomeio o blog e vou deixar o que eu escrevi sobre pensar e mudar depois, lá no alto do texto, para depois. 

Enfim, é isso...

É peixos, me liga. 

P.S.: Erros de gramática e português? Onde, nem me preocupa agora com eles. 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Páginas Amarelas.

Goiânia, 01 de novembro de 2011.

Caros leitores, se é que vocês ainda existem, com exceção da fiel raposa @Foxx...

Informo que este blog tem muitas páginas em branco, mas estão amareladas. Este caderninho é velho, tem muita coisa anotada e que não vou jogar fora. Estarão sempre aqui para vocês e principalmente para eu ler sempre que quiser. Porém comprei uma resma nova, vou anotar coisas lá e este lugar aqui, com nome fofinho e auto-elogios-justificativos, está descontinuado. 

Atenciosamente;

Wellington Gabriel de Borba. 
Diretor de Enfadonhamento e Outros Clichês.
O Lugar do Well

P.S.: Continuo na blogosfera, mas num vou dizer onde, até mesmo porque deixei pistas, é só segui-las.

P.S2.: Não sabia que eu era pop a este ponto. Ok, então pelo @Foxx e por quem mais pediu aqui está o link do novo blog: http://resmanova.blogspot.com/ que é facilmente acessado pelo meu perfil no Blogger.

P.S.3: Gente, mas comentem o último post que está divertidíssimo, ou não. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Concursos Públicos, o cara malhado e trilha sonora

Desculpe os erros de português e digitação, preciso ir a fonoaudióloga e na volta reviso. Ok!?



 Do concurso público
As pessoas quando começam a conversar comigo me perguntam que idade tenho e o que faço da vida. Eu respondo que tenho 22 anos e que sou professor concursado. Muitas ficam admiradas, pois tão jovem já sou formado e já tenho emprego público em uma profissão valorizada nos discursos, mas só nos discursos. Por um bom tempo, mesmo sabendo que não gosto do magistério, pensei que isto é algo realmente relevante. Se comparo minha trajetória profissional e acadêmica a de outros jovens, vou ver que estou em uma situação melhor do que a média, mesmo que um curso de licenciatura não seja considerado de elite, ainda que cursado em uma universidade federal.




Do cara malhado
Estou em licença médica e tenho ficado mais tempo em casa, tenho aproveitado para navegar nestes sites como o manhunt.com, e tenho adicionado algumas pessoas de lá. Uma delas é um caso especial que quero falar para vocês aqui. O cara todo malhado me envia uma mensagem com seu MSN me perguntando se eu queria conversar. Aproveitei para olhar o seu perfil antes de decidir se iria adicioná-lo e gostei da descrição, diferente da média, ele não falava sobre o seu próprio corpo, ou fazia restrições, nem mesmo aos caras efeminados, assumidos, enfim. 

Ok, eu adicionei apesar do meu receio, porque caras malhados nestes tipos de sites geralmente são arrogantes e seletistas, a principio eu não dou atenção, a menos que a pessoa tome iniciativa e me aborde e a principio sou uma pessoa receptiva. Devo ser mais justo e confessar que também faço minhas seleções, pois não respondo a todas mensagens que me enviam e tem um cara que na próxima piscada que repetir envio a ele uma mensagem usando termos no gabarito de mentecapto, pederastas, patajola e virago, afinal de contas paciência tem limites.

Certo, o rapaz malhado lá do manhunt.com adiciona meu MSN, depois fica on line e minutos depois começa a conversar comigo (notaram que sou tímido?). Realmente ele mora em uma cidade do Oeste da Bahia que está passando por um surto de desenvolvimento, o que me deixa chateado, uma vez que não gosto quando moram fora da mesma região metropolitana que eu. E isso ele loga justifica, dizendo para uma amizade ou amor não existem distâncias, eu cético não respondo nada, fixei-me na ideia de um amor.

Mas tudo bem. Logo vou notando um caráter diferenciado no cara malhado, aliás, ele num é simplesmente um cara malhado, ele é um funcionário público com título de mestrado, doutorado em andamento, professor concursado da universidade existente naquela cidade, motivo pelo qual deixou a cidade de origem no interior de São Paulo. E ele não é muito de perguntar sobre a gente, eu que perguntava mais a respeito dele e do que ele fazia. 

Mas tudo bem, ele me pareceu cativante, mesmo quando disse que prefere se relacionar com gente menos escolarizada que ele, tipo eu -  o que me fez sentir um analfabeto. Na segunda vez que vamos conversar, sei lá o que surge, ele começa me mandar fotos, todas elas sem mostrar o rosto, apenas com as roupas debaixo e começo a falar sobre cuecas, mentira, eu estava achando um máximo ele me mandar aquelas fotos para olhar aquele corpo com tatuagens tribais e caracteres do alfabeto grego. 

Ele não é arrogante e humilde e tem caráter bem... sei lá o que eu poderia dizer, estou abobalhado. Falei a ele que quero tatuar meu corpo, mas preciso ficar malhado também. Ele replicou que posso me tatuar antes de ficar malhado, respondo que não fui premiado com o corpo nas condições que ele tem atualmente e ele me diz que isso é pecado, subentendendo ele ser religioso. Isso me pareceu fofo, apesar de essa história que fomos desenho por Deus é muito, aghhh. Mostro a ele o que quero tatuar em mim, o Pequeno Príncipe pegando carona nas aves para voar pelo espaço, e ele diz que é contraditório eu não ser espiritualizado, mas gostar do "desenho". 

Ok, ele ficou off line, e eu fiquei aqui, de fronte ao PC pensando em tudo aquilo, naquele corpo, naquele currículo lattes, naquelas convicções e a maneira como coloca elas aos seus 26 anos de idade. Ele me pareceu muito perfeito e eu, achando alguma coisa ser um professorzinho concursado aos 22 anos, passei a pensar que o que tenho é muito pouco em vista de todo aquele mundo.

Da trilha sonora
Mas tudo bem, aquilo foi meio que uma luva de box no meu rosto e nos meus pensamentos. É uma história sem pé e cabeça, sequer sei seu verdadeiro nome, ele mora longe e pode ser que aquelas fotos e tudo que ele me falou ao respeito dele própria seja mentira, mesmo que pareça ser muito difícil. Agora fico aqui em casa imaginando cenas, dá uma vontade de sair de casa de madrugada, sem avisar nada aos meus pais, dirigir por quase dez horas entre Goiânia e a cidade do Oeste da Bahia. Fico imaginando aquela cena do Voyage do papi saindo de Goiânia, atravessando Anápolis, Brasília, o Nordeste de Goiás e em alta velocidade o Oeste da Bahia enquanto Tracy Chapman canta Fast Car. Bem, o que eu imagino que aconteceria quando eu o visse, sei lá, talvez ele me beijasse, me mandasse ir embora, fosse frio, se decepcionasse com o que vê ao vivo, me levasse para sua casa e transasse comigo, quem sabe nem me deixasse ir embora. Como eu não sei o que aconteceria depois disso, colocaria Encostar na Sua da Ana Carolina, porque serve desde para um beijo como para um pontapé e uma denuncia para polícia de tentativa de sequestro.



Acho que isso passa ou piora, na verdade tenho me prendido mais a possibilidades das pessoas da minha cidade mesmo e tenho conhecido algumas pessoas legais. Mas né... palmas que é para dar ibope.

Como sou ridículo. 

Bem, é isso, beijos, me liga. 


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O estatuto da juventude e a imprensa

Para quem não sabe hoje foi aprovado na Câmara dos Deputados o Estatuto da Juventude. O projeto segue agora para o Senado Federal, se for aprovado sem alterações, segue para a sanção da Presidente Dilma. Confesso que sei pouco a respeito dele, mas pelo pouco que pude ler é possível compreender que o estatuto é algo muito importante para as pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Entre os motivos têm-se o passe livre para os estudantes de até 29 anos e a meia passagem no transporte intermunicipal ou interestadual, a obrigatoriedade de aulas sobre sexualidade no Ensino Básico, coisa que a Frente LGBT espera que sirva para esclarecer a sociedade sobre as diversidades sexual e de gênero.


O  texto do projeto ou um artigo mais  profundo sobre o mesmo eu não li e  este último se depender da grande mídia nem vou ler, o que é revoltante. Fiquei o dia todo em casa, assisti a vários canais dedicados à notícia, fora o tempo em que estive dentro do carro ouvindo CBN e os grandes sites de notícia que ficam constantemente abertos em meu computador. Em nenhum desses meios nada  foi falado sobre o projeto, dedicado à juventude, principalmente na Globo News e no G1, foi falado somente sobre as insanidades das adolescentes apaixonadas pelo Justin Bieber, que está no Brasil, e suas músicas inócuas e com prazo de validade. Nem mesmo para dizer que com o novo estatuto aquela gente ensandecida teria direito a meia entrada para o evento. 

A imprensa é importante, porém devemos ser realistas, a grande imprensa está longe de ser honesta e preocupada com os interesses sociais. Na verdade a grande imprensa nada mais é do que empresas privadas que vê na produção e circulação de notícias uma maneira de obter lucro, ou alguém acredita que o Jornal Nacional estaria no ar se a Globo não tivesse retorno financeiro com isso? Aliás, foi justamente por não ver oportunidade de lucro compatível com seus interesses que Sílvio Santos extinguiu durante alguns anos os programas jornalísticos do SBT e é por lucro que o homem o Baú muda o horário dos jornalísticos em detrimento dos programas com maior audiência. 

Além do mais, a grande imprensa tem outros interesses que extrapolam os financeiros simplesmente. Existe interesses políticos, ideológicos, entre outros, como as notícias frequentes da Record sobre os casos de pedofilia e outros escândalos na Igreja Católica a despeito dos que envolvem outras denominações como a qual ela pertence, o seu boicote à notícias que  falam dos assédios que os LGBT's sofrem e da sua mobilização para reverter a situação. De maneira geral, tudo é vendido pela grande imprensa na santa aura de interesse social ameaçado de censura e de autoritarismo por iniciativas governamentais para criar regulamentação para coisas que já possuem os países cujas liberdades, a democracia e as instituições são mais sérias e estáveis do que as de nosso país. 

A grande imprensa não é isenta e independente, muito menos boazinha. É conservadora, alienadora, enfadonha, manipuladora e sensacionalista. Transformam os professores grevistas em vilões do problema da Educação, assim como qualquer trabalhador grevista que reivindica melhorias. Distorcem e não esclarecem que os LGBT's querem equiparação de direitos e não mais direitos que os demais. Não debatem, não esclarecem sobre quais são os argumentos de quem é favorável a legalização do aborto ou dos narcóticos. Em suas análises econômicas afogam o Brasil e defendem a geração de emprego, para chineses. Os exemplos são muitos, infindáveis talvez, e ainda por cima querem auto regulamentação do setor, como se convidássemos as raposas para definir como será a proteção do galinheiro.

domingo, 2 de outubro de 2011

Mais mudanças

Oi pessoal, sou eu, o Well. Porém agora venho até vocês como Well Gabriel, na verdade como Wellington Gabriel de Borba. O Well Bernard não existe mais porque não preciso mais dele, avoquei toda a personalidade que um dia deleguei a ele.

O blog mudou também. Cansei-me das palavras pseudo-intelectuais e aparentemente sofisticadas. O lugar do Well é algo mais sincero, simples e a ver comigo. Em Parafuso Horizontal é algo que não diz mais respeito a mim, principalmente nestes tempos em que vejo, realmente, como a minha vem se transformando.

Então começo aqui um novo momento do blog que anda abandonado e espero realmente que ele não continue mais assim, o que também depende de mim. Tenho faltado comigo mesmo, deixando de escrever para mim, e vocês por acaso lerem, sobre coisas que preciso mentalizar melhor. Essas mudanças que faço aqui foram produzidas por uma onda de coisas que vem se resolvendo em minha vida nas últimas semanas, coisas que me darão mais daquela felicidade que dura semanas e te inspira a fazer mais coisas, o que é bom.

Lembra daquela cirurgia muito cara na mandíbula? Em duas semanas estarei com uma nova face, não ficarei apenas e  talvez bonito, mas muitos dos meus problemas referentes a qualidade de vida e os de auto-estima, pronto admiti, serão resolvidos, assim espero. Precisarei de uma fonoaudiologia, mas nada mais representa uma mudança muito esperada.

Comprei também as passagens para o meu destino de final de ano, Florianópolis. Conhecerei mais outra capital, a Região Sul e o principal, o amigo virtual com quem regularmente mantive contato desde o primeiro ano da Universidade. Fizemos amigos pessoais em comum, que tiveram a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente primeiro que eu que só o verei na última semana deste 2011. Agora é o tempo de me preparar para estar com quem, meio que me tirou do armário, apesar da distância.

Tudo bem, nem tudo está tão bom assim, não gosto do meu salário, nem da minha profissão. Contudo venho trabalhando, de maneira indisciplina é verdade, para mudar isso, aulas no preparatório para concursos. Meu coração continua sem dono, aliás, tenho pessoas em vista, a questão é que ao que tudo indica, como sempre, elas não me têm em vista.

Bem, por enquanto é isto.

Peixos, me liga.

domingo, 26 de junho de 2011

A Casa da Juventude

A oficina de sexualidade e afetividade que fiz neste primeiro semestre é certamente uma das melhores experiências que eu tive em 2011. Fiquei sabendo da mesma através de um email de divulgação que foi encaminhado pela terapeuta, que descreveu a oficina como algo que ela fez e que é ótimo. Como confio na pessoa que ouve minhas verborragias, me inscrevi logo de cara. Confesso que menti quando na ficha perguntaram o porquê de eu estar interessado em fazer a oficina. Mas mesmo assim eu fui sincero, disse que foi uma indicação da terapeuta, que procuro captar novas vivências, que sou professor e seria bom algo que colaborasse para que eu pudesse me relacionar com os meus pares e alunos, enfim.


 

Fui selecionado e fiz todas as etapas da oficina, que por serem pautadas na vivência precisou-se que eu dormisse no local, uma organização católica, a Casa da Juventude de Goiânia. É irônico, mas serviu para eu ter uma visão mais otimista da igreja de Roma, pois, entre os assessores da organização e o próprio sacerdote que a coordena, logo deu para notar os valores progressistas a respeito de temas que a instituição católica oficialmente é contrária, entre elas o uso de métodos contraceptivos e a aceitação plena da homoafetividade.


 

Alguém que seja católico e me lê agora poderá dizer que a Igreja Católica aceita os homossexuais. Aceita, porém aceita em partes e não de uma maneira que confira igualdade em relação aos heterossexuais. Na Igreja Católica ser gay não é motivo para impedir que alguém coordene uma pastoral, faça parte da equipe de liturgia (o mesmo que ministério de louvor dos protestantes), comungue (que no catolicismo significa participar da vida de Jesus Cristo, levando um estilo de vida que tenha por objetivo a santidade). No entanto, um gay católico deve ser casto, ou seja, não pode ter relações sexuais e afetivas com uma pessoa do mesmo sexo que o seu. A Igreja Católica não vai reconhecer como um casal, como alguém digno das bênçãos de Deus, duas pessoas do mesmo sexo e que dormem na mesma cama.


 

Na CAJU é diferente, senti entre os membros da instituição satisfação em relação a decisão do STF sobre a união estável para os homossexuais, a necessidade de reconhecimento das peculiaridades dos LGBT's e da necessidade políticas de proteção direcionadas a esse público. Além disso, a CAJU turbinou meu círculo de amizades, que anda crescendo, ainda bem, mas num ritmo lento, até mesmo porque amigos vêm de relações que o tempo constrói. Encerradas todas as etapas, criamos um grupo no Facebook onde criamos pretextos para encontrar os novos amigos.


 

A Casa da Juventude pode ser um paraíso para as mentes progressistas, e é sim. É uma instituição historicamente envolvida com os motores de muitas das mudanças sociais, os jovens, e suas articulações políticas. É uma instituição que pede aos jovens o seu protagonismo juvenil, vive de acolhê-los e denunciar aquilo que os prejudica como o consumo de narcóticos, a inconseqüência no trânsito, a baixa escolaridade, o desemprego acima da média, a criminalidade, a marginalização de sua cultura, valores e expressão.


 

Contudo, a CAJU é um ambiente ameaçado. Outros setores da Igreja Católica a chama de motel juvenil, lugar onde os jovens fazem sexo de graça enquanto dizem que estão fazendo curso de alguma coisa, pensionato de homossexuais – palavra cujo valor negativo que ela tem entre os fundamentalistas cristãos sabemos bem qual é, lugar que incentiva a impunidade, já que oficialmente ela se opõe a redução da maioridade penal, tema para o qual não me sinto habilitado para falar. Até a Polícia Militar, setores corruptos dela dirá alguns, têm colaborado para desarticular a Casa da Juventude, uma vez que ela, a CAJU, anda de mãos dadas com ONGs, Universidades, Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional, da Assembleia Legislativa, da Câmara Municipal de Goiânia, entre outros lugares nos quais sejam possíveis as denuncias dos abusos que a juventude sofre. As ameaças de morte já foram feitas, resta saber se elas serão concretizadas. Por enquanto, o tiro contra a organização vem daqueles setores católicos que citei, pois eles se mexem e eles podem conseguir que a Arquidiocese feche a casa e com um arcebispo não muito progressista, é possível que este seja o caminho.


 

http://www.casadajuventude.org.br/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A crise existencial deste blog


 

Olha, uma coisa é super fato, se eu quiser lembrar como eu estava há um, dois, três ou até mesmo quatro anos, basta eu abrir um post qualquer deste blog. Ele fala muito sobre mim e de como eu mudei até aqui. Tudo bem que cada vez que me leio eu me sinto ridículo, meus textos dão tédio, pelo menos em mim.


 

Mas então, mudei para melhor? Certamente e prefiro muito mais os dias de hoje, em que me envaideço quando alguém deixa de falar comigo porque lhe respondo ser assumido. Tudo bem, andar pelo Vaca Brava, o parque mais liberal de Goiânia, de mãos dados ainda me dá um certo receio, aqueles heterossexuais desconhecidos me olhando. Também tudo bem que tenho uma nostalgia por aqueles dias em que meu otimismo foi apagado em um eclipse, em que eu tive muito medo e recalque.


 

Agora as coisas são diferentes, sinto a estrela de maior magnitude no céu. Estou em uma fase em que busco realizar tudo aquilo que desejo, tudo bem que nem tudo que desejo é realmente o que desejo ou se realiza tão rápido, tão fácil quanto quero. Mas gosto das mudanças.


 

A questão é que eu preciso também pensar em como vou seguir com este blog, é ingrato eu apagar ou simplesmente deixar de lado um pedaço da minha história. Também acredito que tenho muito a contar, até mesmo porque agora estou me sentindo bem mais livre que antes, porém fazendo algumas coisas que eu questiono se são realmente o que penso ser correto. Não! Fiquem tranqüilos, não tem nada de drogas, sexo sem camisinhas, mas beijo no parque escuro e uma vaidade aflorada por estes músculos que eu com amor ei de cultivá-los, sim. Só para constar, já estou pesando 70 Kg.


 

Deixa "as vaidades que a terra um dia há de comer", né, Humberto Geissenger?


 

Mas e o meu blog, como fica? O nome não diz mais respeito, a minha auto-descrição, essa do um jovem rapaz do Planalto Central – que de repente não é tão jovem assim porque sinto minha juventude indo embora e de certa maneira um luto por ela – não diz tanto respeito. O layout? Continuo gostando do fundo branco, aliás, adoro cores claras e tudo que remete a simplicidade. Mas a foto, que embora bonitinha num tem lá muito a ver comigo ou com quem o que quero com este blog, jamais teve.


 

Porém, o que eu quero com este blog? Está na hora de demolir tudo por aqui, exceto os pertences pessoais, no caso os meus post e os seus comentários, e construir tudo de novo. Falta-me saber o que construir de agora para frente. Mas fiquem tranqüilos, este blog será mais colorido nas palavras, como nunca foi antes.


 

Bem, é isso, peixos, me liguem. Ou twitten; @BorbaGabriel.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Suspenso o Kit gay - blogay travez, mas foi sem querer

Comentário que publiquei no Blog do Luis Nassif cujo texto não está revistado.

Tenham dó, agora até Toni Reis quer jogar sua credibilidade na lama, junto à bancada evangélica e ao Governo. Vão pedir o que na próxima vez? Que acreditemos no Papai Noel e que ele seja petista com suas cores vermelha e branca?

Tudo bem que a Presidente não conhecesse o vídeo, mas alguém do Governo ligado ao projeto deveria apresentá-lo e explicando qual é a ótica e o intuito das mensagens, para depois sim ela receber uma gente que embora evangélica, nem de longe é confiável.

Mas nada disso é uma surpresa, era previsto. O Governo mostra que está disposto a jogar a causa LGBT para o escanteio quando coloca em sua equipe alguém que pode até ser inocente, mas que não conseguiu prová-la e é a carniça dos urubus da grande imprensa, e quando faz um termo com evangélicos para por panos quentes e quem sabe assim ganhar as eleições.

O que lamento é que ainda tem LGBT acreditando nisso e outras, que embora heterossexuais, sejam progressista relativizar a questão para justificar algo que não é justificável. O Governo Dilma Rousseff cedeu às chantagens de um grupo que de tão moralmente correto prefere ignorar um possivel caso de corrupção para impedir aquilo que eles no alto de seu senso comum e fundamentalismo não aceitam.

Caiam na real! Os argumentos dos evangélicos já são por si só frágeis. Por melhor que os nossos se tornem, tudo que acontecerá é um novo repertório batido de verdades bíblicas e achismos a respeito de natureza e comportamento para impedir que os homossexuais ganhem maiores direitos e políticas públicas.

O problema dos evangélicos não são as suas liberdades religiosa ou de expressão talvez serem ameaçadas e sim fato de nós, LGBT, existirmos! Eles só não nos matam porque, por enquanto, isto é considerado uma incivilidade. Mas para pastores do show business isto faz parte do jogo, quando dizem que somos pecadores e o nosso premio é a morte, quando dizem que gente pobre é mais importante do que nós, pois quando nos assassinam nada mais está acontecendo do que o cumprimento de suas sagradas escrituras e porque em nossa sociedade o que faz importância para se ter dignidade é a relevância que um grupo possui.