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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O motel, O Rei do Gado e o talão de cheques do Itaú

Finalmente os primeiro salário como professor chegou e não foi nada animador. Mas eu vou ser professor? Bem, essa é a pergunta que eu fiz, pela enésima vez, ao olhar para o saldo da minha conta. Mesmo ganhando menos do que eu acho que eu deveria ganhar comecei criar uma série de gastos. Muitos deles poderima ser evitados, afinal de contas, ninguém precisa ir ao motel três dias seguidos. 

Apesar de ter gasto com todas essas idas até lá uns 70 contos, fora meio tanque de gasolina, que assim como preço do álcool, está com o valor pela hora da morte, valeu a pena ter ido lá fazer traquinagens. Na última vez que estivemos lá, na transa da despedida, ele formalizou a vontade de namorarmos. Sinceramente eu fiquei com vontade, mas sabe-se lá porque, ele acha que eu sou um corrimão de escada e por tudo que passamos juntos naquele pouco ele não me pareceu muito fiel. Está bem, que estou com muita vontade de ir em frente, mas também estou com medo de ir em frente e ser humilhado com a infidelidade dele. Ok, a noção é que ao nos bejarmos ele segura um machado e eu uma foice e ambos esperam a primeira pisada de bola do outro para... bem, fazer o que geralmente uma pessoa faz com um machado ou uma foice quando não quer trabalhar.

Tudo bem, vamos deixar rolar, confiança venha com o tempo e talvez eu nunca tenha. Mas tomara ela existir, embora talvez ela nunca venha, ainda mais numa relação que depois das duas primeiras horas terminou em um motel. Será que eu sou tão inteligente e cativante assim ou sou burro mesmo. Bem, já deu para sacar, estou com medo e ao mesmo tempo estou com vontade de ir adiante.

Vamos lá, assinei um plano de TV por assinatura que não é da NET, ninguém mandou ela cobrar o dobro pelo que a concorrência pode oferecer. Próxima semana começa no Viva a reprise de O Rei do Gado, novela cuja primeira exibição foi em 1996 e que me faz pensar que a Globo já não faz mais novelas como antes. Mas vou assistir O Rei do Gado para não só lembrar da história dos personagens, mas também da minha própria história, uma vez que sua exibição foi paralela e mexeu com o imaginário de alguns meses da minha vida.


Eu ouvia e achava lindo.

Quando a novela foi exibida pela primeira vez, viajámos em julho para o sítio do meus avôs maternos em Minas Gerais. Naquela ocasião toda a família da minha mãe estava unida ao redor deles. Lembro de a sala da casa da minha tia, que morava na propriedade vizinha, ficar cheia com gente da cidade, ali da zona rural mesmo, de Goiânia, Uberada, interior de São Paulo, enfim, vendo o MST invadir a propriedade do Bruno Berdinazzi Mezzenga que tratou de matar um boi para alimentar aquele povo todo. E o Carlos Vereza, que é bem de direita, fazer papel de um senador de esquerda. Lembro de brincar com meus primos e seus amigos que eram naturais dali. Brincávamos debaixo de um pé de manga no qual meu avô deixava o carro de boi, que era nosso castelo, casa, carro, caminhão, palco das nossas  duplas sertanejas no estilo Pirilampo e Saracura (nome da dupla sertaneja que Sérgio Reis e Almir Sáter fizeram na novela) e brigarmos com um primo uns dois anos mais velho e que hoje mora nos EUA porque ele queria que não ficássemos brincando ali. Dizíamos que ele se achava o Rei do Gado e num era ninguém.

Bem, lembro que a minha avô materna não entendia o que queria dizer o Gustavo Borges ganhar sua medalha de ouro em Atlanta, assim como lembro dela fazer biscoitos, pão-de-queijo, canjica, arroz doce com o leite que meu avó ordenhava todas manhãs. Lembro dela ensinar a mim e aos meus primos brigar com meu avó para ele "sungá" (erguer) as calças e dela me colocar no colo e contar para mim as histórias sobre Deus ter criado os animaiszinhos (?) e dos lobos (guarás) que iam matar as carinjós dela durante a noite. Como meus avós moravam em um bairro rural onde até hoje a agricultura familiar é predominante, íamos a pé jantar ou almoçar na propriedade de alguma tia ou primos da minha mãe e tios. Lembro que meu avó me carregava na garupa do cavalo, afinal de contas eu era o xodózinho porque é o que morava mais longe e na cidade grande, o que não conhecia essas coisas do campo. Ali, sobre o tal animal eu me sentia meio que um Rei do Gado.

Hoje estava olhando o meu talão de cheques, a conta tem apenas três meses de idade, mas nas folhas está impresso que sou cliente do sistema bancário desde abril de 2002. Na verdade deveria ser mais tempo, desde 1991 se for contar meu tempo enquanto cliente do Banco do Estado de Goiás, que foi comprado pelo Itaú. Quem trabalha com cobranças e análise de crédito deve saber que quanto mais tempo de correntista consta impresso no talão de cheque, maior a facilidade para um cliente ser aprovado. Não é grande coisas para quem adora um cartão de débito ou crédito como eu, mas se hoje tenho um talão de cheques que conta com esse detalhe interessante é graças ao meu avô materno que em 1991 mandou abrir uma poupança para mim e depositou um significativo dinheiro para os padrões da época. 

Estou pensando no talão de cheques e na novela O Rei do Gado porque quando esta foi exibida, foi a última vez que vi minha avó materna viva. No ano seguinte ela se suicidou e após isso a família entrou em atrito, alguns tios hoje não se falam, embora sejam irmãos. E no final do ano passado meu avô materno morreu. Quando morreu pensei que não estava eu perdendo lá grande coisas, nunca pintaram um bom quadro dele para mim, disseram que se não fosse o jeito mulherengo dele toda família teria uma condição social muito melhor do que tem hoje e minha avó provávelmente viveria mais anos. Quando o vi enterrando na cidade de uns tios que tenho no interior de São Paulo, não chorei, senti que não tinha nada de muito importante meu indo embora. Bem, atualmente não choro a morte do meu avô, mas essas lembranças da novela e a data às vezes irrelevante do talão de cheques me faz pensar que acreditar que dizer que meu avô não fez a diferença é de uma grande limitação da minha parte e talvez uma defesa que crio inconscientemente com medo de admitar o luto.

Coisas loucas. Bem, é isso, peixos, me liguem e me twitem. 

Vou ver Glee.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Final de semana.

Prometo que minhas futuras postagens serão menores. Mas é que eu não resisto e sinto uma grande vontade de escrever. No fundo nem é tanta coisa assim e se você não quiser ler, não leia. KKKK

No meio da semana:

Acessei a conta do MSN antigo. Um velho desconhecido apareceu lá. "Oi gato, nossa você sumiu. Que saudades de você!" Eu não tinha desaparecido, apenas troquei de conta e disse a quem quisesse adicionar a nova conta. Então ele me adicionou na nova conta e disse que queria me ver, disse que eu sou muito bonito, que já se apaixonou por mim umas vezes aí, que quer experimentar minha boca carnuda. Eu hein rosa! Poderíamos marcar realmente um dia. Falei para ele para a gente se ver no final de semana.

Na verdade eu não queria sair com ele, conversava muito pouco com o sujeito, não temos assuntos em comum e ainda por cima, ele é feio. Bajular só não é o suficiente e ele se antecipa muito. Havia até sistematizado como transaríamos se namorássemos. E eu mantendo o cara lá no MSN só porque ouvir tantos elogios, apesar de entediante, faz bem ao meu ego, sempre carente de massagem é claro.

No sábado:

Tudo bem, pensei, estou na seca, o sujeito é feio via internet, mas talvez pessoalmente seja melhor apessoado. Marcamos, ele veio subindo manco, meio rechonchudo e com uma pinta no nariz. Pensa, talvez a conversa fluí. Entramos no carro, falo de música e a conversa não fluí, falo de família e a conversa não fluí, trabalho, amigos, política, festa, séries, filmes, estudo, enfim, nada vai fluindo. Ele pega na minha perna e fico com um certo fogo, olho para o rosto dele, feio de doer coitado.

Num momento vejo que ficar com ele será um tédio, veremos, na verdade só eu verei, que não temos nada em comum e ele está muito afim de mim. Diz que eu sou lindo demais. Exagerado é claro, mas que eu sou mais bonito que ele isso eu sou. É uma boa eu tratá-lo como um objeto sexual? Ele pegou na minha perna outra vez, meu pau ficou duro. Mas ele é tão feio que dá até vergonha dizer que fiquei com ele. Mas meu lado cafageste gritou "Devasta!".

Pensei, que coisa imundo e decadente, eu pegando um cara feio só porque estou na seca e tratando-o na minha mente como eu não queria que me tratassem. Lembrando que nessa hora sequer cogitei postar isso aqui. Pensei, o quê importa o que as pessoas vão pensar do meu caráter. Eu quero sexo e o ogrinho aí me quer foder. Assim como em Queer As Folk um feio será feito feliz e lá vai eu.
Disse a ele para irmos a um motel e ele topou. Fomos, paredes vagabundas, davam para ouvir as pessoas em outros quartos. Na televisão os canais em VHF de Goiânia, em outro canal show de sertanejo universitário e no outro sexo heterossexual. O pinto dele não era grande e isso não foi nenhuma surpresa, eu já sabia desde o momento em que vi os dedos e coloquei na balança na hora de pensar no sexo.

"Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado"

E assim foi, quando gozei olhei para aquela pinta, pinta não, verruga no nariz. Ai que vergonha, ai que arrependimento, eu não precisava disso, aí que cafageste eu sou. Eu me odeio, eu me odeio. Como eu tenho coragem de fazer isso comigo e com ele, que é um ser humano, ou não. Ele me beijou e eu involuntariamente fui frio. Respondi meio que justificando: "Estou cansado! Vou tomar um banho!" Tomei o banho bem mudinho, banho de motel não dá para ficar limpo né?Sabonete pequeno demais. Ele abria a boca e eu com um olhar muy sexy colocava o dedo na boquinha que eu beijei fazendo a linha, fica caladinho que eu te beijo. Mas não beijava.

Enquanto eu me secava silenciosamente e vestia roupa ele me perguntava o que foi que havia acontecido para eu ficar calado. Eu respondi que estava reparando o banheiro do motel para fazer igual na futura casa nova. Sim, curti aquele vidro temperado que dá para ver o box pelo quarto. Fomos embora, eu que paguei o motel. Ótimo. Deixei o ogro na casa do amigo dele e fui para a casa da Vaca Profana na cidade vizinha. Contei a minha história promíscua e desprovida de bom caráter enquanto ela tinha orgasmos risícos (existe essa palavra?).

No domingo:
Ogro: Nossa, sonhei como você a noite toda.
Well pensando: Exatamente por isso que eu não posso ficar com você, afinal se sou bonito assim não preciso me rebaixar.
Ogro: Não vai falar comigo.
Well: Estou escrevendo um artigo, estou ocupado.
Ogro: Quando puder falar me avisa.
Well: Ok.

Eu penso: Não custo nada. Sou um vagabundo de primeira. Esse cara não merece isso. Eu sou uma cobra. Mas dane-se, não vou ficar me odiando por causa disso, apesar que mereço.

No domingo mais tarde:

Well: Oi, como você está?
Amigo: Ih, na fossa, mas nem quero falar disso, vamos à chopada?
Well: Não tenho dinheiro.
Amigo: Custa só 20 reais.
Well: Foi o que eu gastei ontem no motel com um cara feio.
Amigo: Porque saiu com um cara feio?
Well: Estava na seca, o único dinheiro que tenho é para pagar um cara da igreja e hoje.
Amigo: Que Igreja.
Well: Uma igreja para LGBT's.
Amigo: Onde fica? Que horas são os cultos? Eu posso ir?
Well: Passo aí daqui a pouco se quiser ir.
Amigo: Vou tomar banho e passar a chapinha.
Well: Bicha!

O Well toma banho com muito gosto, última vez que tomou banho foi no motel. Desodorante, perfume, roupas, calças, tênis, MSN piscando.

Amigo: Demora?
Well: Se você deixar eu sair, não.
Amigo: Liga quando estiver chegando para eu sair.
Well: Well está offline.

Queijinhos... digo, rotatórias antes, o Well enfia a mão no bolso, tira o celular e joga no banco do passageiro. Reduz o carro para a terceira, faz a rótula, saí, engata a quarta, pega o celular, desbloqueia a tela, aperta o o botão de chamadas, seleciona o fone do amigo e põe para chamar. O Well reduz até parar, o telefone chama, o Well engata a primeira, o telefone chama, o Well arranca, engata a segunda e faz a rótula, o amigo atende, o Well engata a terceira, coloca o telefone no ouvido e diz, estou chegando. O amigo responde e o Well desliga na cara dele. O Well engata a quarta com o motor já esguelando.

O Well para na esquina e o amigo não está na porta. O Well liga e apressa o amigo, o amigo justifica dizendo que está trancando a casa. O Well continua apressando o amigo, o amigo saí no portão. O Well diz que está o vendo e vai matá-lo com um tiro na cabeça. O amigo fica estressado e diz que não tem graça. O Well insiste e diz que vai matá-lo, tira a outra mão do bolso e puxa... a alavanca do farol para o amigo vê-lo. O amigo diz que o viu e o Well desliga. O amigo entra no carro e briga porque aquela foi a segunda vez que o Well desliga o telefone na cara dele.

Well: Fui ao motel ontem, por isso que estou quebrado.
Amigo: Gostou?
Well: Não, o cara era feio demais, nada em comum, só fiquei com ele porque eu estava na seca.
Amigo: Porque não falou comigo, hoje lá na chopada se quisesse eu arrumava sete gatos para você.
Luz do combustível acende no Painel.
Well: Nada, ninguém quer me pegar. Tenho que abastecer o carro.
Amigo: Como não, muita gente quer pegar você.
Well: Até um cara feio.
Amigo: Sim.

O Well para no posto, o frentista não vem. O frentista chega minutos depois.
Frentista: É Etanol?
Well: Sim!
Frentista: Acabou!
Well: Ok, vou no próximo... gato.
Amigo: Você dando em cima do frentista?
Well: Só porque estou perto de você
Amigo: O quê?

Amigo fala dos amores frustrados e eu escuto com desdenho e pessimismo. O Well abastece em outro posto e repara no tamanho dos dedos do frentista e gosta daquilo. Quando volta para o carro:

Amigo: Well, que vídeo é esse no seu celular? [dois caras transando]
Well: Casa da minha avó, estava entediado, pensando no cunhado da prima, como era só 50 centavos o Infiniti Web Pré baixei e bati um bolo vendo isso aí.
Amigo: Ai que nojo. Vou transferir via bluetooth.

Minutos depois:

Well: Essa avenida Goiás já teve mais michês.
Amigo: É verdade:
Well: Entrei no lugar errado.
Amigo: Que lugar? Aeh, você tinha que ter ido por aqui. Dá ré.
Well: Não dá, tem um um ônibus me encoxando agora. Nossa, e ele só vai encostando mais. Eu tenho medo de coisas desse tamanho.
Amigo: Do pau do michê?
Well: Não, de ser encoxado no trânsito por um ônibus.
Amigo: Abriu, você tem que ir por alí.
Well: Não dá, não tem como eu virar e o ônibus está vindo com tudo.
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei, estou esperando um lugar de entrar.
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei...
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei cacete, para de dar escândalo, você está me deixando ansioso já.
Amigo: Agora dá para entrar.
Well: Não dá.

Minutos depois.

Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: ...

Chegamos atrasados ao culto da igreja inclusiva.
- Hana Maracantava Suya. Julia malascaem! Glória 3x Glória.

Well: IrmÕes, esse é o amigo, amigo esse são os irmÕes. Deus é Mas.

Lemos a bíblia, discutimos a bíblia. Eu não oro, todos oram e cantam. O pastor pergunta se alguém ali que aceitar Jesus que fale para que a Igreja ore por ela. Era para mim, mas eu fiquei quietinho como um bom ateuzinho convicto. Ok, oraram, cantaram e zaz.

No fim do culto.

Well: Eu venho aqui e continuo fornicador. Não vou abrir mão da minha vida de fornicador.
Amigo: Eu também. Vamos à chopada?
Well: Não.
Amigo: Vamos?
Well: Não, eu não tenho dinheiro.
Amigo: Disel?
Well: Não.
Amigo: Atenas?
Well: Não.
Amigo: Metropolis.
Well: Não.
Amigo: Você é muito sem graça. Eu pago para você.
Well: Não. Vamos ao centro pegar um michê.
Amigo: Você que sabe, mas como vamos pagá-lo.
Well: Não vamos pagá-lo.
Amigo: Como?
Well: Vamos só olhar.

No semáforo da Goiás com a Paranaíba.

Well: Não tem um michê nessa Goiás.
Amigo: Lá no Banana Shopping.
Well: Eu vi uma coisa num blog e acho legal.
Amigo: O quê?
Well: Nós chamamos um mendigo e falamos para mostrar o pau e bater uma punheta por 10 reais.
Amigo: Você tem coragem?
Well: Eu tenho vontade, não tenho coragem, estômago e meus princípios éticos [/se é que eu não perdi isso ontem no motel] não permite.
Amigo: Nossa! Mas um mendigo pode dar muito mais do que um punheta por dez reais.

Well olha o amigo com uma carinha safada.

Amigo: Tem algum mendigo bonito pelo menos?
Well: Já vi uns meninos de ruas, desses que saem de casa para se viciar em craque. Um dia dei um real para um só porque era bonito.
Amigo: Sério?
Well: Na verdade não, dei porque tinha um monte por onde eu passei e eu estava com medo que eles me batessem.

Paramos em outro semáforo. Para um Celta ao lado.
Well: Que rapaz lindinho né? Pena estar com uma racha.
Semáforo abre.
Amigo: Você ouviu as músicas que eles estavam ouvindo?
Well: Não.
Amigo: Lily Allen.
Well: A britância gay friendly?
Amigo: Os dois naquele carro era entendidos.
Well: Eu quero o motorista do Celta. Vou reduzir para eles me alcançarem. Ah, viraram na 3. Pode virar na 3?

Virando na Rua 2.

Amigo: Olha que cafuçu bonito ali.
Well: É verdade e ele deve fazer sexo de graça e deve ter local.
Amigo: Ei, ei, ei.
Well: Tá curtindo?
Amigo: Eiiiiiii.
Well: Mentira que ele é?
Amigo: Não, ele nem ouviu, só estou curtindo.

Chegando no Banana Shopping.
Well: Mas gentsfi, eu nem sabia que tinha garotos de programa por aqui.
Amigo: O que mais tem? Vamos à sauna, está aberto olha.
Well: Sauna? [eu nunca fui a uma sauna]
Amigo: Ah, estamos de calça. Nem rola.
Well: Gostei desse cabeça raspada.
Amigo fechando o vidro rapidamente.
Well: O que houve?
Amigo: O namorado do meu amigo é garoto de programa.
Well: O que têm.
Amigo: Descobri agora e ele não me pode ver aqui.
Well: Por quê?
Amigo: Um dos meus aspirantes a namorados é amigo dele.
Well: Um dos...

Na Avenida Universitária.
Well: Nossa que monte de gente colorida.
Amigo: Para, que eu vou ficar aqui.
Well: E vai me deixar voltar sozinho?
Amigo: Não, eu estou curtindo.
Well: E olha que tem gente bonita lá.
Amigo: É.

Enfim, é o que tem para hoje. [Braccini, 2010]

Peixos, me liga.