quarta-feira, 16 de junho de 2010

Presidenciáveis e seus lápis coloridos (ou não)

Ultimamente uma cobrança maior tem ocorrido em cima de Marina Silva, querem dela um posicionamento a respeito de temas polemicos que esbarram nas concepções religiosas dela e de eleitorados muitos significativos, o religioso, o conservador, o que segue sofismos e frases feitas e de efeitos, o que é um pouco de cada dos anteriores. Eleitorados que certamente boa parte irá com Marina. De certa maneira acho injusto exigir apenas de Marina Silva um posicionamento. Vejo que é necessário cobrar de forma aberta um posicionamento de todos presidenciáveis, desde os mais “incipientes” até a Dilma e o Serra, que são os mais citados.

Bem, Dilma Rousseff é pró cidadania LGBT, que há quem diz que seja vitimismo por parte de nós. Históricamente é o partido dela um dos que tem apresentado projetos e feito políticas nas diferentes esferas do poder e da administração favoráveis a esse grupo da população. No Governo Lula houve avanços, talvez não os suficientes, mas eu não deixo de considerá-los avanços cujo Governo mostrou compromentimento para realizar. Como Dilma Rousseff se apresenta como candidata da continuidade, tenho a noção de que os avanços continuem e até caminhem mais rápido.

José Serra também tem se afirmado favorável as políticas que contemplem a população LGBT, mas ele não me convence. O seu partido, o PSDB, e o histórico aliado, o Democratas, abarca muita gente reacionária, tanto é que boa parte dos defensores da “Família” e contrários a Ditadura Gay, que é como os conservadores chamam as evoluções buscadas pelos LGBT’s, estão nesses partidos. Além disso, esses dois partidos ignoram movimentos sociais, inclusive o LGBT', que embora tenha muitos equívocos, sabem melhor do que os heterossexuais, o que precisamos.

Marina Silva como eu disse no primeiro parágrafo, é a mais cobrada. Acho que por estar em um partido com um viés progressista e ao mesmo tempo ser de uma religião cujos fundamentos rejeitam os homossexuais enxergando inclusive como inimigos. Bem, declaradamente eles não dizem isso é claro, mas bem quisto pela  Assembleia de Deus, por Silas Malafaia e que não somos.

Existem outros candidatos, não tão fortes como José Maria Eymael, ex seminarista se não me falha a memória, católico daqueles integralistas, estilo TFP e com ele definitivamente não dá para contar. Existe também Plínio Arruda, José Maria do PSTU, candidatos que até onde sei não são conservadores. Não conheço e talvez até sejam favoráveis aos LGBT’s, mas certeza não tenho. Devem estar mais preocupado em falar do inferno do fogo capitalista, mas nem só de ultramaterialismo histórico dialético vive os LGBT’s.

Existem outros cadidatos, que sequer sei o nome. Tenho preguiça de pesquisar sobre eles, nesses tempos que internet deixa a informação tão acessível. Quando o período eleitoral avançar falo ou não melhor sobre eles.

 

P.S.: Seguro morreu de velho, então caso apareça um desavisado por aqui dizendo que eu não sou imparcial, já deixo o aviso, eu tenho candidato sim, chama Dilma Rousseff, e não gosto nada do José Serra.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Só quem é vivo tem isso

É uma noite de domingo e estou deitado na cama. Aos poucos me dou conta de que a insônia também está ali, respirando o ar frio. Ela vem sem convite, dá medo e raiva. Tudo que quero é dormir. Mas a insônia está aqui, fazendo coro com um monte de coisas que não sei ao certo o que são.

Minha garganta dói, está apertada e não tenho a menor vontade de chorar. Talvez se eu quiser chorar eu chore e a garganta pare de doer. Lá vou eu tentar chorar e quem sabe assim me sentir melhor, os olhos vão se enchendo de lágrimas, as respiração fica mais profunda e então me pergunto, mas afinal de contas, porque quero chorar?

Não tenho resposta, passou-se muito tempo desde a hora que desliguei a TV e decidi que iria dormir. O quarto está escuro e só a luz vermelha do stand by da TV está ligada. Fluorescendo no escuro os botões do interruptor da lâmpada e o controle da TV na cômoda. O silêncio permite ouvir com clareza os cloques do relógio de parede da cozinha, os cães ladrando longe, o ronco do ônibus no outro bairro e portão sendo fechado.

Um sinfonia sutil, mas irritante. Os olhos estão ardendo e oba!, talvez eu durma. Mas eu não durmo, os pensamentos estão claros e penso no tempo que não para para nada e ninguém. Ele passou e eu fiquei ou fui. E no passar do tempo foram tantas coisas que fiz, que perdi, que conheci e que me arrependi.

E o tempo serve para pensar nas pessoas, quantas conheci, quantas me lembro delas e será que elas se lembram de mim? Elas foram e eu devo ter ido para elas, mas sensação é a de que eu fiquei enquanto elas se foram e o tempo passou, eu perdi o controle ou não aproveitei, não fiz o que eu poderia ser feito.

Eu deveria ter feito algo? Fazer algo para quem? Porque razão? Deixar irem de nossas vidas e se acomodar com relação a isso não é normal? Fazer essas perguntas é um jeito de me sentir menos mediocre, mas no fundo, me sinto do mesmo jeito.

Sentir mediocre é algo mediocre e parece, como diz a música, que se sente assim porque o fracasso subiu a cabeça. Mas o tempo, é parece que ele que dá medo, o prazo vai acabando, não realizei o que queria ter feito e procurei justificativas. Assuma alguma vez a incompetência enquanto digita esse parágrafo e olha para o teto pensando, “que máximo, sei digitar sem olhar para a tela do PC”.

Bem, mas lá na cama, do quarto, deitado a insônia continua. Pensamos nos demadas não atendidas e criadas pelo consumismo e de repente não se fica tão deprimido. Mas o tempo continua passando, o tempo passa, e quando se dá conta que ele passou é que se toma noção que não está tudo bem. Estaria tudo bem se estivesse dormindo.

Eu quero dormir, mas os pensamentos borbulham, a garganta continua com aquele nó, os pés estão formingando, suando e gelados. Mas é na barriga que se sente mais frio, mas um frio que vem de dentro, saí do umbigo sobe por debaixo da pele do torax e chega até atrás das orelhas. O que sei é que essa é a mesma sensação de que eu sinto quanto tenho medo.

Medo por que? Eu sei porque, mas nego tanto que nem sei porque razão tenho medo. Mas o medo existe, o motivo existe, está ali, latente, gritando “resolve-me” e eu insistentemente tento resolvê-lo, resolvê-lo e não consigo. Me deito com o problema lá, para ser resolvido, me esperando, o tempo passando e nesse caso acabando e eu estou ali, na cama, parado. Parado enquanto tenho que resolver meus problemas.

Reclamar disso não tem motivo. Justificar, eu faço isso o tempo todo, inclusive agora. Dizer que está cansado facilita? Não, não resolve. Deitar também não, a cabeça está cansada e a insônia está aí, para não me deixar dormir. E nada disso vai resolver meu problema.

Hoje estou cansado para travar uma disputa com a insônia, ficar ali por horas, pensando que é tudo uma insônia provocada por um monte de coisas que tenho que resolver e não quero falar, não quero pensar nisso agora. Me levanto, bebo água e venho para cá um pouco.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu quero uma casa da década de 1940

Sexta-feira eu fui ao Centro da cidade procurar alguns serviços que não estavam funcionando. Na minha opinião, ponto facultativo é um contra-senso tanto quanto meio salário mínimo e desligar o Windows através do botão Iniciar, que nesse caso contorno fechando todos programas para em seguida apertar o botão Power.

Caminhava triste, o céu não estava nem azul nem nublado, o Sol estava fraco e entrei por uma rua bem bucólica do Centro. Não sabia que no Centro ainda existia ruas assim, tão simpáticas. O que me chamou a atenção foi uma casa da década de 1940.

Achei tal casa muito simpática. Estava desocupada, precisava de uma reforma, no jardim, no quintal, no telhado e na pintura e sabe se lá o que. Mas nada muito sério, o reboco aparentava estar bom.

Gostei da casa porque acho estilo Art Decó muito simpático, muito bonito, muito elegante. Dizem que o estilo parece a França, aliás, é um estilo que foi importado da França e chegou a Goiás com a modernidade da estrada de ferro. Enfim, acho um máximo casa de alpendre e esquadrias de madeira. Sem contar aquela mangueira ao fundo do quintal, coisa bem goianiense.

Estava pensando, apartamento que nada, quando tiver dinheiro para comprar minha casa própria vou ver se consigo descolar uma casa da década de 1930 a 1950 no máximo lá no Centro de Goiânia.

Tudo bem que o Centro anda abandonado pelo poder público e auto regulação do mercado prova-se ineficiente para torná-lo melhor. O lugar é feio, sujo, desorganizando e barulhento nas principais avenidas. Revitalização só tem ficado nas campanhas políticas. Mas tirando isso o Centro não é de todo ruim.

Primeiro porque está geometricamente no centro da cidade, ou seja, o Setor Central leva esse nome por sua localização literal. Segundo, é uma parte histórica da cidade, foi onde a capital começou. Terceiro, tem toda infraestrutura possível, presença de todos prestadores de serviço praticamente. Quarto, o Centro é o destino de muitas pessoas e nada melhor do que morar onde as pessoas querem ir.

Assim se foge dos engarrafamentos, dos ônibus lotados, aproveita melhor os serviços de entrega, compra tudo que precisa para viver bem, imagina o tempo em que as pessoas ouviam o tio Vargas falando através da Rádio Nacional lá no Rio de Janeiro para os brasileiros marcharem para o Oeste, para Goiânia mais necessariamente.

Tomara os paulistas não ficarem com raiva de mim e nem de Goiânia por ela ser um projeto que entre os entusiastas da construção está o Vargas. Presidente que na opinião de muita foi um populista. Aliás, tanto quanto dizer que vivemos uma ditadura gay, chamar os políticos de populista quando não concordamos com ele também é moda.

Daqui umas duas semanas passo na porta e fotografo a casa da década de 1940. Verá que ela precisa de uma reforma, mas que ainda sim ela conserva a essência de uma casa da época. A vizinhança também era simpática, padarias, supermercados, daqueles que parece que os funcionários conhecem os moradores.

Seria ótimo eu viver ali, criar um par de cães bacets, cuidar dos jardins aos sábados pela manhã, lavar o carro, que vai ser pouco usado. Só vai faltar alguém para fazer essas coisas comigo. Pena eu não saber quem. Mas já imaginei eu e meu amor sem rosto comendo na copa da casa. Sim, porque aquela casa é do tempo das copas e não salas de jantar.

Enfim, estou muito viado essas semanas. Talvez eu compense isso plantando alguns cactus, que para mim são muito machos, ao lado do girassóis.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

E o bullying

Bullying consiste em agressões verbais, físicas, morais, psicológicas. A vítima e o agressor estão inseridos numa relação onde existe desigualdade de poderes sendo a vítima, lógico, o mais fraco. Além disso a vítima se sente desassistida, é coagida a ficar calada, em outra palavras, ela sofre silenciosamente. O bullying está presente em vários ambientes, é uma fenômeno mundial e em muitos países, inclusive nos mais desenvolvidos, acontece no ambiente escolar.

Eu também fui vítima de bullying, não sei se é comigo, mas na minha concepção meus colegas, principalmente os meninos, pegavam pesado comigo. Eu era xingado, agredido, tentava me relacionar com os agressores, mostrar que eu poderia ser um bom amigo, mas eu não conseguia. Bem, a fase que eu acho pior foi entre a sexta série do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A oitava série foi a mais crítica.

Eu tinha ódio dos meus colegas, hoje não, mas saiam para lá que eu não gosto de vocês. Os motivos que eles pegavam no meu pé, falar sobre eles ainda me dão vergonha e acho melhor deixar isso para uma outra fase. Sim, porque o bullying me causa vergonha, embora eu tenho racionalizado que não seja motivo para tal. Mas razão é uma coisa, emoção é outra.

Embora eu fosse vítima de bullying eu também o praticava. O bullying abaixava a autoestima da gente e uma forma levantá-la era abaixando a autoestima dos outros. Sim, uma grande bárbarie. Bem, não sei, mas meu bullying nunca surtia os mesmos efeitos e eu tinha o superego aflorado, ou seja, respeitava as regras e não porque as pessoas.

Existiam dias que eu não queria ir a escola. E eu já havia contado para a minha mãe, ela dizia para eu xingar meus colegas também. Meu pai dizia para eu ignorar, porém ignorar não era fácil assim, quando eu andando pelo corredor era alvo de bolas de papel ou chutes de quatro moleques. Só faltava ele falar para eu bater em quatro meninos maiores do que eu. Meu pai nunca falou isso, mas a minha mãe já. Louca!

Queria que meus pais fizessem alguma coisa, mas eles não faziam. Diziam que iam a escola, mas não iam ou então diziam que não poderiam ir até lá porque trabalhavam, porque minha mãe chegava cansada da trabalho, enfim. A vez que mais fiquei com raiva também dos meus pais foi quando um menino me xingou de bicha e como ele era do mesmo tamanho que eu taquei um soco na boca dele. 

Bem, na verdade foi assim, o soco foi bem dado, ele ficou chorando e com a boca sangrando, as colegas foram conso-lá. A professora disse que deveríamos resolver as disputas no diálogo e com o perdão e fez com que nós dois nos abraçassemos. De certa eu gostei disso, porque eu estava com medo de ir para a sala da Elmiuce, a coordenadora pedagógica, e arcar com as consequências que os outros alunos nunca arcaram. Eu já sabia que o mundo naquelas ocasiões sempre conspiraria contra mim, afinal, everybody hate the Well.

Mas eu fiquei com raiva dos meus pais porque no dia seguinte quem vai lá na escola não para conversar com os professores, mas sim para “conversar” comigo, a mãe do moleque que eu bati, meus pais nunca fizeram o mesmo por mim. A mulher disse que se eu batesse no filho dela de novo ela iria na Secretaria de Educação, denunciaria a mim, aos meus pais que eu amava mesmo assim, a direção da escola e os professores. Bem, o filho dela podia chamar os outros de bicha e bater neles quando bem entendesse e eu não podia me defender não é?

Dizer aos professores, eu também já pensei, mas eles faziam vistas grossas, não sabiam lidar com o tema, faziam aqueles discursos do tipo que eu tenho que aprender a lidar com meus problemas, que pedir para os outros resolverem meu problema nunca me ensinará resolvê-los.

Enfim, meu problema não era problemas deles e nem da escola? E o que afinal de contas é resolver os próprios problemas para essa gente? Pegar uma arma, levar para a escola e atirar em todo mundo? Virar o primeiro caso brasileiro noticiado de school shoteer? E eu já pensei nisso, existiam dias que eu não queria ir a escola, a segunda feira me dava medo não porque era segunda feira, mas porque eu sabia que dali durante cinco dias eu seria agredido, xingado, perseguido. Então eu pensava  e se eu tivesse uma arma?

Hoje na Universidade estudando sobre school shooters e bullying eu entendo perfeitamente o lado dos atiradores. Tiravam boas notas, eram diplomáticos, tratavam todos bem, mas ninguém via ou se recusava a ver que eles eram oprimidos, que os colegas os agrediam. Resumidamente, por isso que eles entravam na escola e matavam as pessoas.

É muito certo que o bullying influenciou no meu subjetivo e não influenciou boas virtudes. Parte da minha insegurança, do meu ódio ao meu corpo, enfim, vem de lá certamente. Eu sei o que é bullying na pele do oprimido que não é de todo inocente, mas na tentativa de se defender quando sabe que não pode contar com a ajuda de ninguém acabam fazendo o que nem sempre é o melhor como também praticar bullying, agredir os colegas, fugir da escola, odiar os dias da semana ou até mesmo matar as pessoas com armas. A diferença é que Datena não é chique como a CNN.

Mais ridículo nisso tudo era ir a Igreja, as reuniões da juventude missionária e ouvir coisas do tipo ofereça a outra face, perdoe os seus inimigos. A minha questão não era oferecer a outra face, aliás, eu nem precisava oferecer a outra face. Perdão é algo bom realmente, mas não confunda perdão com indugência e nem pense que ele é algo que venha assim, do nada. Para mim perdão é trabalhado e demora, vem quando a pessoa consegue. Ridículo, quando lembro da Igreja, d’eu pedindo a Deus para me ensinar a perdoar, para fazer os outros alunos pararem de me agredir, sei o quanto que fé é algo ridículo, Deus é ridículo.

O próximo que falar que é através dos caminhos das pedras que se chega a redenção vou mandar tomar no cu.

Deus e nem ninguém me ajudou, o primeiro porque existiu só na minha consciência de me achar incapaz e acreditar que preciso de algo maior e mais forte para resolver os problemas que são humanos, materiais, e na consciência dos outros. O segundo, enfim, é o que tem para hoje.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Saudades do meu Samsung Fashion Cam

Depois que comprei o meu Samsung Fashion Cam, minhas masturbações nunca mais foram as mesmas. Antes dele eu tinha um Motorola C210, um aparelho que era uma grande porcaria, mediocre como um bom produto Motorola que se preze, a tela era monocromática com fundo azul, que por sinal eu gostava, tinha poucas funções, nem calculadora existia naquilo. Foi um dos primeiros aparelhos CDMA a ser comercializado em Goiás, nos tempos que a Vivo tinha a maior cobertura e índice de reclamações.

Bem, o Samsung Fashion Cam revolucionou a minha vida e o meu cuidado com a gestão do dinheiro. Minha mãe havia me dado apenas 300 reais para trocar de aparelho, lá no final de 2005? Eu acho que foi. Não aguentava mais aquele bostorola e lá na loja do Setor Sul eu vi o Samsung, fazendo lado a um Pantech, que além de feio era de uma marca desconhecida para mim até então, e acabei pagando por ele R$400,00. Quase chorei para não devolver o aparelho e meus pais deram uma longo sermão por causa disso.

O Samsung Fashion Cam era ótimo, também era CDMA, single band e uni mode, resumindo, ele não pegava em Minas Gerais, nem mesmo em analógico na área da Telemig, que a Vivo a tenha. Tinha uma câmera VGA, toques polifônicos, dava para colocar aquele do Lula falando “Comfanheiro, fou eu, afende efe telefone!” ou da namorada ciumenta dizendo “Amôôr, atende? Amor atende agora!”

Tudo bem que nada de bluetooh, mp3 player, gps, touch screen, memory card. Mas era uma boa compra há cinco anos e custando R$400,00. Outra coisa boa era o fato dele ser CDMA 1xRTT, traduzindo, ele acessava internet a, supostos, 144Kbps em tempos que muita gente navegava com conexão discada comemorando 54Kbps ou 55Kbps quando a rede tava boa.

Tudo bem, internet móvel sempre foi cara, mas para mim era viável navegar na web através daquela tela ridícula de um celular, pois na época a Vivo era incompetente ou muito mais do que hoje. Traduzindo, eu navegava, navegava, navegava e navegava sem crédito e quando tinha crédito, eu pagava R$0,12 por um tráfego que custaria talvez algumas centenas de reais.

O que eu vazia na web? Bem, usava o wap para ler piadinhas, entrar em bate papo, longos bate papos inconclusivos e também… entrava em conteúdo adulto. Por isso posso dizer que um celular revolucionou minhas masturbações, mesmo que eu não usasse o vibracall.

O conteúdo adulto que era estranho, pois o conteúdo próprio para wap, internet de celular, era pequeno e eu não me interessava pela Playboy e sites que tivessem apenas mulher pelada. Gostava das orgias heterossexuais ou gays. O Gls Planet, site gay do Terra tinha uns modelos gostosos e o The Boy deixava só na espectativa, mas eram bom ver as cuecas dos modelos. Existiam também alguns vídeos, sem som e repetitivos, acho queram gifs na verdade. O que me chapou foi o kamasutra gay.

Bem, logo me cansei, não, minto. Logo eu explorei todo conteúdo pornográfico gay dos portais wap em língua portuguesa. O que eu fiz, passei a frequentar o Google, ou melhor, pesquisar no Google contos eróticos que virou minha nova paixão. Resultado, eu fedia porra. Mas eu acabei parando, já tinha enjoado daquilo e aqui em casa tinha uns VHS escondidos que meu primo deixou aqui, do tempo que brincávamos de médico.

Um dia roubaram o meu Samsung Fashion Cam no Circular, foi um dia que eu fui na porta, voltando da escola, e criticavam os paulistas por terem votado no Clô para deputado quando o culpado pelo nosso falido sistema de transporte era o prefeito de Goiânia mesmo.

Bem, hoje tomo mais cuidado com a higiene, não navego mais em conteúdo wap, a Vivo ficou mais esperta, apesar que as tarifas estão bem menores.Também tenho uma conta no Gmail com 92% dos 7GB ocupados com pornografia e cópia dos comentários que vocês me deixam aqui, que nunca serviram para eu me masturbar.

Não é estranho eu dizer que masturbava olhando para tela de um telefone celular quando muitos se masturbam olhando para revistas pornográficas ou nem isso como as de moda íntima ou os anúncios de academias e aparelhos de ginásticas que veem no jornal de domingo. Sim, eu também já fiz isso. O que muda é que um telefone tem mais cultura, ciência e informação em pouca matéria. Afinal de contas, quem nunca gostou de uma masturbção hi-tech?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Minha mãe e minhas gorduras

Eu no meu quarto sem camisa, minha mãe entra, se senta a cama, me olha de cima até embaixo e diz:

- Êhhh, mas você está gordo!

Pronta e rispidamente eu respondo:

- Não precisa falar, eu já sei que eu estou gordo.

- Porque você me trata mal se eu te trato bem? [/nem pensei na música de Pedro Luís e a Parede] Que mal tem eu dizer que você está gordo?

- Mal? Na verdade que importância tem eu saber que você me acha gordo. Eu sei que eu estou gordo e não gosto nenhum pouco disso. Você falar que eu estou gordo não vai ajudar em nada para resolver meu problema.

Então começa as lamúrias da minha, ela diz que eu sou ríspido, grosso com ela, que meu primo não trata minha tia assim, que a fulana só anda abraçada à mãe dela, que coisa e tal e tal e coisa, que é assim assado e zaz. Ela ficou magoada, a voz embargada.

Tudo bem que eu tenho engordado, isso tem me deprimido, abaixado mais minha autoestima e feito me sentir um Shrek, que o que a minha mãe tem a me dizer ofende de certa maneira e não tem compromisso algum em me ajudar, que ela é adepta de um dramalhão mexicano, mas o que ela disse não deixa de ser verdadeiro. Eu sou muito ríspido com ela. Porém não sei porque respondo de forma tão raivosa as perguntas idiotas que ela me faz, a destrato com regularidade, a minha crítica com relação a ela é mais acirrada, enfim.

Ela se sente desprezada, apesar que eu não a desprezo e de forma alguma ela mereça meu jeito grosseirão. Pior que é só com ela que eu sou assim. Mas eu a amo muito mesmo e deveria dizer isso a ela e não escrever aqui. Mas eu a amo, sinto falta dela e me arrepio quando penso saber que um dia ela não vai voltar. Contudo meu amor é uma discreta rosa branca com espinhos [/lembrei do texto do Lobo Cinzento].

Não que eu tenha menos amor para com a minha mãe - e acho errado medir amor ou pelo menos medir esse amor fazer escala e tudo mais. A questão é que não aprendi a lidar com a minha mãe, com como ela entende o que é o amor é manifestado e não tenho me esforçado para tal.

Me falta mais policiamente e reflexão. Tempo é necessário? Talvez, mas enquanto isso tenho destratado minha mãe e ela se ferido comigo. O meu tempo vai acabando, deveria eu aproveitar enquanto, ainda talvez, tenho o amor dela e assim não a magoasse mais e nem me deixasse também chateado.

Estou zangado comigo e nem ao luxo de me chamar de filho da puta agora eu posso, pois na verdade sou mesmo é um filho de chocadeira, gordo com meus parcos 167cm que mal estão servindo em uma calça 42, que a toda vez que me sento tem aquela barriga se projetando a frente, perdendo eu a elegância e a atraência sexual.

P.S.: Acho que eu fui o único leitor da postagem do Braccini sobre a gordura e não achei a menor graça.

sábado, 22 de maio de 2010

Teste das cores

Eu tenho reservas quanto a esses testes de personalidade, gosto e afins. Geralmente erram ou vão por um viés extremista. Mas nunca vi um que me descreva de forma tão objetiva assim, sem determinismos. Agora tem um detalhe, o teste me criticou, elogiou ou nem lá e nem cá?

Como você opera, age, frente aos seus objetivos e desejos:
Precisa de ambiente calmo. Quer libertar-se da tensão, de conflitos e desacordos. Esforça-se por controlar a situação e resolver seus problemas, por um procedimento cauteloso. Tem grande sensibilidade e apurada noção de detalhes.
Quer estabelecer-se e causar impacto, a despeito das circunstâncias desfavoráveis e de uma falta geral de apreciação.
Suas preferências reais:
Está insatisfeito. A necessidade de fugir ao envolvimento constante com suas cincurnstâncias presentes torna imperioso que encontre alguma solução.
Necessita de paz e tranqüilidade. Deseja um cônjuge amante e fiel, do qual possa exigir consideração especial e afeto incondicional. Se essas exigências não são satisfeitas, é capaz de se afastar e isolar-se de todo.
Sua situação real:
Quer ampliar seus campos de atividade e insiste em que suas esperanças e idéias são realistas. Está angustiado pelo medo de que possam impedi-lo de fazer o que quer; precisa de condições calmas e de tranqüila reafirmação, para recuperar a confiança em si.
O que você quer evitar:
Interpretação fisiológica: Tensões resultantes de incapacidade de manter relações de maneira estável em condição desejada. Interpretação psicológica: Deseja alguém com quem possa compartilhar plenamente de uma atmosfera de clara serenidade, mas a compulsão para demonstrar sua individualidade leva-o a adotar uma atitude crítica e exigente. Isto provoca desentendimentos que levam a períodos alternados de aproximação e afastamento, de modo que não se permite o desenvolvimento do estado ideal que ele deseja. A despeito do impulso para satisfazer seus desejos naturais, impõe considerável contenção aos seus instintos, na crença de que isto demonstra sua superioridade e o eleva acima do comum. É perspicaz, crítico e exigente, tendo gosto e distinção. Estas qualidades, combinadas com sua tendência para formar seus próprios pontos de vista, permitem-no julgar as coisas por si mesmo e expressar suas opiniões com autoridade. Aprecia o original, o engenhoso e o sutil, esforçando-se por ligar-se com outros de gosto idêntico que possam ajudá-lo em seu pleno desenvolvimento intelectual. Deseja a admiração e a estima dos outros. Em suma: refinamento intelectual ou estético.
Seu problema real:
Quer ser estimado e respeitado e procura obtê-lo numa união íntima e tranqüila, de mútua estima.
Precisa ser apreciado e respeitado como individuo excepcional para estimular seu amor-próprio e a sensação de valor pessoal. Resiste à mediocridade e impõe elevados padrões a si mesmo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sem chão

O dia 18 de maio de 2010 não vai sair da minha cabeça. Levarei-o pelo resto da minha vida, para bem ou para mal. Talvez, e eu quero, que ele sirva para que eu dê risadas para quando eu souber mais do que sei hoje. Mas rir agora do que houve na manhã da terça-feira eu não consigo.

Meu otimismo acabou ou entrou em um eclipse que tomara não perdurar até domingo, dia da prova do concurso da Secretaria Estadual de Educação. Queria fazer a prova inspirado. De toda forma farei a prova, mesmo que eu não queira nunca mais saber de sala de aula, pelo menos por agora. Mas farei para que minha razão não me cobre por uma burrada que fiz num passado de emoção.

Na terça-feira foi a tomada de consciência da minha incompetência, inexperiência após um massacre perpretados por um monte de pré adolescentes. Daquela aula saí sem chão, sem instrumentos, sem norte ou horizonte e pensando que não é tarde para mudar de curso.

Talvez seja desespero meu, mas me sinto desolado, quatro anos para tão pouco. Concurso safado, governador safado, tempo novo safado, país falido. Ninguém se importa com Educação, embora todos devessem. Salário de fome, estudar tanto para no final das contas ganhar R$1314,00 por 40 horas. Outra secretaria do estado, a da Saúde, está pagando 1200 e qualquer coisa para quem tem ensino fundamental trabalhar de recepcionista.

E o Estado ainda quer que os jovens façam licenciatura? Quem vai fazer licenciatura? Talvez um tapado como eu lá por volta dos 17 anos confundindo paixão por uma ciência que mal conheça e os afãs messiânicos para com o futuro do país e da Educação. Que se danem a Educação, o futuro dos outros, assim também os seus filhos. Sequer preocupam com seus filhos.

Quem se importa? Nem mesmo os próprios professores em muitas das vezes com suas atuações mediocres, seus salários de fome e com suas ilusões. Olha só, até o concurso para contratação de professores foi prorrogado.

A Secretaria Estadual da Educação protegeu os alunos, eles não precisam usar uniforme, não precisam chegar no horário, não podem ser expulsos ou reprovados. O Ministério Público não deixa reprovar aluno. Também não deixa expulsar. O Ministério Público é ótimo, com leis e as leis falam que ninguém pode ser expulso da escola porque isso é cercear o acesso a Educação. O Ministério Público entende de Leis, mas as Leis não entendem de Educação.

O Ministério Público deveria tomar no cu. O Ministério Público não, todo mundo, dos mais endiabados dos alunos até as pessoas do horário política, deveria tomar no cu quando o assunto é educação. Aquela velha morfética falando das escolas modelos deveria ser a primeira e a adolescente falando das escolas em tempo integral merecia um implante de cerébro, além de tomar no cu.

As escolas modelos não tem papel A4, as escolas em tempo integral não tem refeitorio e nem duchas. Além disso o Ministério Público não sabe nada de Educação, se souber deve ser aquela visão romântica do Içami Tiba. Na prática a realidade é outra. Foi lá onde eu tomei no cu e não gostei. Por isso todo mundo que fala assim da educação deveria tomar no cu como eu tomei e vou continuar tomando. Até quando eu não sei.

Uma que deveria tomar no cu também é secretária estadual da educação. Odeio o gerundismo dela, além disso ela se veste mal, todo mundo vê que ela veste Renner misturada com Riachuelo, coisa mais classe C alienada querendo pagar de Classe B, usando daquilo que a Classe B acha barato e feio e é mesmo. Odeio aquela cara de perua botolínica. Todo criminoso deixa uma assinatura. Cirurgiões plásticos também porque tem várias não emparentadas da secretária com o mesmo sorriso.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um dia de cão

Eu tentei uma vez, tentei outra vez, tentei mais outra vez. Tentei ser legal, ser palhaço, ser sério, carrancudo, mas não deu certo. Levando o data-show para a secretaria da escola lá estão um monte de gente, coordenador pedagógico, secretária chefe, coordenadora de turno, diretora e perguntam outra vez em unissono:

- Eaeh?

E eu digo:

- Amanhã (no caso hoje – data dessa postagem) eu faço 21 anos, ou seja, se eu começar outra graduação que não tenha nada a ver com educação eu ainda vou me formar novo.

- Estamos falamos, eles (os alunos) massacram.

- Lá na Universidade é tudo bonito, agora você acredita que aqui é diferente.

- Não tem jeito, eles não querem aprender.

Coitado de mim. Pobre menino sonhador, acordou para a vida. Não quero admitir, mas os alunos são realmente alunos. Bando de filhos da puta, sem luzes. O pior que o mais filho da puta e sem luz sou eu, quatro anos praticamente em uma Universidade, lendo tanto, pensando tanto e não dou conta de dar um jeito nos guris. Os alunos são uns filhos da puta, mas não tanto quanto eu. Que fiasco, não conseguir dar uma aula que preste é um fiasco. Será que se eu fosse um médico deixaria o paciente morrer?

Estava assistindo hoje a tarde os capítulos que faltavam de Glee para entrar em sincronia com a exibição da série. Lá pelas tantas do episódio 18, o telefone fixo toca. É pap ligando, adoro ID de chamada. Por causa disso nem atendo telefones cujo DDD comece com 4 ou 5. Sempre é algum separatista lá do Sul vendendo assinatura de revistas ou cartão de crédito em troca de um salário mínimo de fome.

- Pai.

- Cadê sua mãe?

- Pondo roupas na máquina.

- Vem aqui no Hospital [/a barriga do Well vai glaciando progressivamente] de Urgências me buscar, porque eu caí da moto!

- Tá, mas e você, como está? [/voz meio tremula]

- Não, estou bem, mas preciso ir para outro hospital. Vem logo! Mas cuidado como vai falar para a sua mãe!

Quando meu pai fala que está bem, mesmo que ele não esteja necessariamente bem como queríamos, dá para respirar aliviado. Meu pai é muito prático, só diz que está com dor quando estar com dor. Não tem nada com ele que não pode ser resolvido com um pouco de palavras. Ele é um ótimo adepto de o que não tem solução, solucionado está. Vou puxá-lo nisso eu acho.

- Mãe, não fica preocupada, meu pai caiu da moto, está tudo bem, ele disse para eu ir lá pegar ele no hospital. [/sorriso “Olá, vamos fazer seu cartão Hipercard hoje?” style]

- [/minha mãe incorporando a Maria do Bairro] Como assim está tudo bem? [/eu fazendo cara de Soraya Montenegro na parte que ela diz: “Calma Maria do Bairro”] Ele está bem?

- Está, estou indo lá oh, peixos me liga!

- Eu vou com você.

- Aí meu coo, você vai enrolar.

- Eu vou, é meu marido! E a moto?

- Mandou lembranças?

- O quê?

- Ah, num sei, liga para o meu pai e pergunta, depois que sairmos!

E assim foi o dia lindo, com os capetas da escola, alunos carrascos e funcionários para dar apoio moral, e os capetas do serviço público de saúde. Que coo, vai para classificação de risco, consulta com médico, tira raio X, consulta com médico de novo, toma injeção, faz curativo, põe atadura. Aproveito e ligo na Vivo para comer o cu deles ou os 30.000 pontos de volta. Faço cara de dózinha para aqueles adolescentizinhos munitinhos que vão chegando com a mãozinho, o pézinho quebradinho, torcidinho, deslocadinho, luchadinho, e penso, tão bonitinho, tão dodói, deve ser outro filho da puta que fode com a vida e a autoestima profissional do professor.

Saímos lá do pronto socorro ortopédico as 22:30. Eu cansado, chateado, minha mãe ligando para família nos quatro canto do estado para dar notícias, o rádio ligado na CBN e eu pensando, como essa vinheta é melhor do que ouvir a mesma história pela quinta vez. Por fim, resta passar no pit dog e comprar uns X-tudos.

Enfim, feliz 21° outono Well.

P.S.: Por mais que quem eu deseje ganhe as eleições, continuarei não confiando na Previdência Social. O que é melhor, VGBL ou PGBL?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lidando com opiniões diferentes

Eu sei das minhas limitações, inclusive a de reconhecer as minhas próprias limitações. Com base nessa consciência é que eu formulo minhas ideias. Quando dou minhas opiniões minha intenção é convencer é lógico, mas em hora alguma impor o que penso como verdade absoluta. Primeiro porque verdade absoluta não existe na minha concepção. Segundo porque parte dos meus problemas são aqueles que acreditam serem donos de verdades absolutas, Silas Malafaia que o diga.

Meu blog é o espaço que criei para manifestar minhas opiniões e bobo são aqueles que pensam que eu tenho compromisso com a imparcialidade. Ler minhas opiniões nesse local, bem como comentá-las, é facultativo assim como concordar com elas. Por causa disso consigo lidar muito bem com aqueles que discordam de mim, mesmo que a opinião seja confrontante.

No entanto alguns comentários me deixa irritado, não porque o autor não concorda comigo, mas sim porque ele arrogantemente passa a desqualificar minha pessoa, de um jeito que me soa grosseiro inclusive, para fazer com que eu pense como ele e como se eu ou qualquer um tivesse essa obrigação. 

Sendo assim, me incomodo com comentários como o deixado pelo Robert no texto sobre a revista Veja. No comentário vê-se que o autor não aceita que minha ideia seja diferente da dele, me descreve de um jeito caricato e lê o que escrevo sem fazer diferenciações entre o que eu penso e o que ele pensa.

Então o que eu tenho a dizer é que continuo não gostando da palavra conservador e seus derivados, pois não tenho referência alguma de coisas boas as quais ela esteja ligada. Além disso não é porque eu reprovo o conservadorismo que eu sou libertário, apesar do meu entusiasmo para com o significado da palavra e isso é uma conclusão dualista de quem comenta e não minha. Apesar que eu não tenho vontade de entrar para nenhum movimento social e por mais que eles tenham equívocos, não deixo de achar suas articulações válidas. Também sem essa história de “eu era de esquerda, hoje não sou mais e você também será assim”. Esse pensamento não é só clichê, é determinista, palavra que gosto tanto como gosto de conservador. Reconheço singularidade, tendências, mas não leis no que tange aos seres humanos.

Com relação a revista Veja, pode até ser uma evolução ela abordar a homossexualidade. Mas o jeito que ela escolhe para tal abre precedentes para novos estigmas e tem uma intencionalidade que para mim cheira manipulação mesmo. Além disso não é porque uma revista semanal não se aprofunda nas questões que a Veja pode fazer determinismos e mais do que isso, juízo de valores que existem descaradamente em suas páginas, embora não devessem devido a imparcialidade que ela promete. A obrigação nesse caso é reconhecer as limitações e articular os textos a respeito daquilo que se sabe, mostrando que naquela  reportagem está se mostrando uma nova dimensão e não o todo de uma realidade.