segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resposta ao Johannsen

Johannes, já falei nesse blog que eu aceito opiniões diferentes e consigo conviver bem com elas. Você não é a única pessoa que pensa diferente de mim, também não é a única pessoa que critica o meu ponto de vista. Com relação a mim, a sua única exclusividade é a de me deixar irritado, pois o que me incomoda não são as opiniões diferentes, mas a maneira como os seus donos as colocam e isso o que me irrita em você. 

Repare bem no seu último comentário, você diz que eu sou isso, que eu sou aquilo e por isso eu devo fazer aquilo outro. Nele você disse o que você sempre diz nos seus comentários anteriores, só que de maneira mais contundente e invasiva, me rotulou e sem me conhecer. Tudo bem que você não precisa me conhecer para ter certas concepções ao meu respeito, tanto é que eu também tenho a minhas ao seu respeito e que são bem antipáticas para ser sincero. Porém, acho que você me conhece muito pouco para ter algumas delas e nenhuma intimidade possui para delas me falar.

Para mim tudo bem enquanto você criticasse as minhas idéias, que é o que os que discordam de mim, poucos nesse blog, sempre fazem e eu nunca me estresso por isso. Porém você fica pedante quando sobe nesse banquinho professoral da maturidade, do conhecimento e da reflexão que imagina ter. Você tem o direito de pensar o que quiser de mim, porém compreenda que eu não estou interessado e não tenho a obrigação de saber o que você, que praticamente nada de mim conhece, pensa a meu respeito. 

Parece grosseiro, e talvez seja mesmo, mas você não é nada meu, eu não tenho nenhuma obrigação ou vínculo para com você, que não é meu amigo, que não é meu familiar,a terapeuta que pago para me criticar, um superior, subordinado ou igual. Sequer é alguém em quem na fila do banco eu pisei no pé ou buzinei grosseiramente no trânsito, alguém que seja agredido ou constrangido com alguma atitude ou pensamento meu e que seja equivocado. Enfim, não dê tanta importância para mim e a maneira como sou.

Realmente, nesse blog a maioria dos comentários são elogios para mim, a maioria das críticas é feita em situações cotidianas e relacionadas à convivência, que você não tem comigo. Mas voltando aos elogios, eu não acredito que eles sejam tão mentirosos assim e eu não me recuso recebê-los. Não pense que isso seja orgulho, uma vez que o nome disso é auto-estima, elevada talvez não, pois quando estou escrevendo isso aqui para você demonstro toda uma insegurança. Entenda que eu aceito críticas e não me ache arrogante, porque eu reconheço meus erros, minhas limitações – leia a minha descrição aqui no canto do blog – e tento mudá-los a partir do instante que eu tomo consciência delas e concebo uma maneira que eu acho correta.  Acho isso mais bonito do que se achar dono da verdade da ponderação, mas muito difícil e por isso me saio bem errante, mesmo assim continuo.

Bom, e já que você se acha tão crítico, faça um pouco daquilo que você sugere aos outros, mas para você mesmo, pois para mim não existe pessoa honestamente crítica que não faça daquela cuja palavra auto é o prefixo.

Ainda assim de todas as críticas que você fez a mim existe uma com a qual eu concordei, meus textos precisam ser revisados, tenho erros gramaticais e preciso melhorar a clareza da idéia. Contudo saiba que essa constatação eu e outras pessoas tiveram antes de você. Aí sim reconheço o erro na parte em que falo do babaca do Reinaldo Azevedo e de você. Faltou eu especificar que o me irrita e eu não quero saber é a sua opinião ao meu respeito e que o jornalista pelo qual você tem alguma simpatia é o babaca. 

Com relação ao Reinaldo Azevedo, se eu sou infantil por achá-lo um babaca, ele não me parece muito adulto quando chama aos que pensam diferente dele de petralhas, que também não me parece ser um elogio da parte dele. Acho Reinaldo Azevedo um babaca mesmo, se você não acha diz porque aí nos comentários, espaço que você acha que para mim serve apenas para me adular, ou crie um espaço para você repercutir suas opiniões e deixe eu aqui com as minhas mostrando toda minha consciente e pretendida parcialidade.

Bem, é isso, peixos, não me liga.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Trivial de Igreja Inclusiva

No último sábado houve uma palestra sobre DST's na igreja inclusiva. Na verdade a palestra ficou mais concentrada na AIDS, até mesmo porque semana passada foi a semana nacional, mundial, universal, não sei, de combate à AIDS. Engana-se quem pensou que quem foi palestrar foi algum religioso, desses que pensam que a castidade é o melhor caminho. Que deu palestra foi à presidente do fórum estadual de transgêneros, que não por acaso também é uma transgênero. 

Confesso que fui para lá interessado mais em conhecer a palestrante, testar meus preconceitos internos, até mesmo porque na penúltima Copa do Mundo eu ainda acreditava na minha heterossexualidade. A palestra serviu para muita coisas, os conhecimentos sobre a AIDS avançaram mais um pouco e muito aprendi sobre transgêneros, que será tema de uma palestra futura, pois nessa ocasião apenas pincelamos o assunto. Foi ótimo também para perceber que o Estado não é tão omisso assim para a causa LGBT, em Goiás pelo menos existe um lugar com atendimento multidisciplinar para pessoas que passam por alguma crise, seja porque se descobrem soropositivas, porque sofrem bullying na escola ou são expulsas, entram em conflito com a família por serem homossexuais. Porém nada que seja considerado o suficiente, se foi possível ficar otimista por isso, saí de lá muito mais pessimista pelas inúmeros problemas de assistências e que duram no mínimo duas décadas.

Final da palestra algumas fotografias e a palestrante dizendo contente com a existência da igreja em Goiânia, do trabalho sério feito por ela e do interesse dela em recomendar o lugar as pessoas, destruídas, que passam pelo Centro de Referência da Secretaria Estadual de Saúde. Analisei meus preconceitos e tenho ficado satisfeito. Tempos atrás ficaria no mínimo constrangido com a transgênero e é boa a noção de que evolui.

Na verdade queria falar sobre outras coisa, mas o babado é forte. Deixa para a próxima.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dando seta para a direita

O final de semana foi divertido, viajei para Brasília com algumas pessoas da igreja inclusiva. Fomos para o aniversário da sede da mesma, que fica na capital federal. Corri para não chegar atrasado à casa do presbítero, acabei ficando suado, mas cheguei na hora. Tomamos chá de cadeira de uns 40 minutos esperando as outras companhias chegarem. Bem, subimos para a capital federal, apesar do calor e de mim ser o único solteiro e a fazer a linha vela naquele carro, vela não, tocha. Ficamos perdido quando chegamos por lá, eu não ajudei, pois afinal de contas para mim para quem vem de Goiás o melhor caminho para ir até o Conjunto Nacional é o Eixo Monumental, eu nem sabia da possibilidade do Eixo W Sul.

Brasília estava bonita como sempre, o Plano Piloto pelo menos, por mais que sejamos bairristas. É um lugar lindo. Meio artificial? Mas que tem muitos significados e os muitos símbolos de todo uma nação. Brasília é simplesmente fantástica. Não tanto quanto a hospitalidade das pessoas que nos receberam e o envolvimento que tivemos depois. Lembranças cujas músicas mais aleatórias que enredaram alguns momentos trarão à mente.  

Ruim foi dormir, namorado do amigo ronca e eu usei como estratégia ouvir música no MP4, afinal de contas Nenhum de Nós é melhor do que os "sons da respiração" dele. Pena que a música no MP4 atrapalhava as outras pessoas no ambiente que, crentes de que eu havia dormido, me foram tirar os fones e desligar o aparelho. Conseguiram me acordar e me assustar, mas eu desliguei o aparelho e continuei insone por causa do rapaz. Quem mandou e quem colocou os colchões tão próximos? Toda hora ele jogava os braços em cima de mim e eu empurrava ele para o canto, na direção do amigo, conotando todo constrangido em Cristo, é ele quem você tem que jogar os braços em cima e "respirar" no ouvidinho. Coisa estranha, o sono foi picotado, a cada hora que eu conseguia dormir algum telefone celular tocava, havia oito aparelhos ali, o último foi o meu, às 07:30 da manhã, era um número desconhecido e pelo prefixo, há de ser da Vila Bandeirantes, em Goiânia.

 Eu incentivando a cultura popular brasiliense.

Almoçamos na Antena de TV, depois de um rápido tour pela cidade, de olhar alguns gatos. Ah! Esses não tinham muito por lá, só os de um grupo de natação de Goiás cujos lindos adolescentes, graças ao bendito calor, tiravam as camisas e mostravam os seus jovens corpos morenos e malhados. Nota mental: se inscrever em um curso de natação. Voltamos para Goiânia e eu fui na fé de que a noite, lá na igreja inclusiva obtivesse uma resposta por parte do rapaz felpudo. Não deu em nada, a única coisa que tirei é que parece que as pessoas estão contando com uma conversão da minha parte e eu estou começando a me sentir pressionado. 

Não é bom, me tornei ateu em um processo e mesmo que se eu quisesse acreditar, o que não sinto nenhum pouco motivo para tal, eu levaria provavelmente um tempo para isso, um processo. Bem, se isso continuar incomodando, irei falar. Se for necessário que eu tenha alguma crença assim para que eu esteja presente ali, naquele ambiente com aquelas pessoas, o jeito será sair de lá, por mais dolorido que possa ser, talvez. 

Bem, mas o menino felpudo, levou um amigo para apresentar a Igreja. O amigo tem queda por outra pessoa, inventei pretexto e me convidei para ir com eles ao Banana Shopping (pseudo-shopping mas francamente gay). Eles foram para lá para comer e não comeram. Me senti indesejado ali, indesejado no sentido de que os dois queriam ficar sozinhos e não queriam conversar comigo. O menino felpudo a principio iria embora sozinho e eu ofereci uma carona até o ponto, ele voltou atrás e decidiu acompanhar o amigo mais um pouco. 

Esperava que ele fosse falar no assunto, mas para isso precisaríamos ficar sozinhos e sozinho comigo era tudo que, pelo que deu para entender, ele não queria que ficássemos. E se sentir indesejado em algum momento é péssimo, é algo que não relaaaaaxa a gente, pelo contrário. Dirigi pelas ruas de Goiânia sentindo uma nostalgia em relação as largas avenidas de Brasília e ansioso, andando em velocidades maiores do que a conta toda vez que lembrava do fiasco no shopping.

Bem, daí que não vou correr atrás. Daquele mato não saí coelho e esperava que a constatação não fosse tão constrangedora assim. É frustrante, dizer que eu não tenho vontade de insistir mais um pouco é mentira. Tenho sim, porém é tudo uma incerteza e mostro meu valor as pessoas mostrando que não vou largar tudo por causa das incógnitas de outras, pois assim eu me dou valor e posso agarrar outra oportunidade que surgir. Se ele quiser depois, o que acho que não tem grandes chances de acontecer, ótimo, eu me entrego, se até lá não tiver nada sério com ninguém. Agora na estrada dei seta para direita e estou deixando o caminho livre para os outros.

Triste e chato. Queria utilizar o blog para criticar algumas coisas, tipo o artigo sobre a PL 122/06 publicado por aquele babaca do Reinaldo Azevedo, que alguém provavelmente irá comentar aqui defendendo-o e me criticando como se eu tivesse perguntado a opinião, ou o do Marcos Vianna na O Provocador, publicado no R7, dizendo que bullying é normal e faz bem para saúde. Mas deixa para lá.... depois que resolver essa vida pessoal talvez eu vá dar meus pitacos sobre política, comportamento, sociedade e tudo mais.

Bem, é isso, peixos, me liga. 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coração Vagabundo...

Do falecido

Lá no final de 2007, ano em que entrei na Universidade e me aceitei tal como sou hoje, eu entrei em uma comunidade do orkut para pessoas que estão no armário, que quebrei quando vi que ele de conveniência estava se tornando uma limitação a minha pessoa. Graças à essa comunidade eu conheci um rapaz, com que fui encontrar algumas vezes na Universidade, que eu garanto não ser um local dedicado a pegação, mesmo que por lá exista um bosque. Bem, o rapaz da comunidade era simplesmente lindinho, atencioso, falando uns assuntos interessantes e eu conversava com ele mais que o homem da cobra. Ele estava em Goiânia na casa de um parente esperando o resultado do vestibular e foi embora para o interior quando foi divulgado e ele não passou. Triste, queria muito que ele ficasse aqui em Goiânia.

Quando o rapaz voltou para o interior, continuamos nos comunicando regularmente, principalmente via MSN. Entravamos sempre e ele falava coisas agradáveis para mim e um dia eu disse a ele que o que ele me dizia mexia com meus bons sentimentos, ele ficou feliz pois disse que era o que ele queria. Ótimo, assumimos um namoro on line e ficamos programando um jeito para que ele se mudasse para Goiânia, ou seja, tentar passar para outra instituição e criando motivos para eu ir passear pela cidade dele, que é turística, para vê-lo. 

Um dia aquele rapaz felpudo caiu no MSN, no outro ele não voltou, no outro também não, nem no outro, nem no outro. Deixei recado em off, mandei e-mail, mandava SMS e nada. Vi que ele respondia aos recados que as outras pessoas deixavam, mas não aos meus recados. Então fiquei pretérito, mandei um longo e-mail para ele dizendo que ele é um crápula, sem ética, que não respeita as pessoas, pois sumiu sem ao menos dar a mim o direito de saber o que há de errado comigo ou com ele. Ele pediu desculpas, justificou dizendo que na casa dele a pressão familiar estava grande. Enfim, ele pisou na bola comigo e ainda continuei fantasiando coisas entre mim e ele e até hoje não tenho mais raiva dele e como estou solteiro, às vezes vou dar uma volta pelo Orkut dele. Porém não que o rapaz felpudo seja, mas prefiro tratá-lo com falecido.

Depois disso, o menino da Igreja

Depois disso não me envolvi com mais ninguém, até mesmo porque eu levei a sério estar no armário. Porém até o dia em que eu percebi que ele se tratava de um medo tão exagerado que ao invés de ser uma proteção contra as prováveis reações hostis das pessoas em um período que certamente eu estava menos preparado para lidar com isso, ele estava se tornando uma alienação, na verdade uma limitação a minha vida e pessoa. Bem, passou quase quatro anos da minha vida e eu nessa, as mudanças, que são lentas e de dentro para fora, aconteceram e estou aqui. Formado, infelizmente sem vínculo com a Universidade (mas não por muito tempo espero), funcionário público, e assumido em Cristo. Falando em Cristo, indo a uma igreja feita por homossexuais para acolher a todos, mesmo que não acredite no Deus deles até onde se sabe.



A igreja atualmente é nova, não tem muitos membros, mas alguns Colírios Ungidos já apareceram por lá, um partiu para cima de um dos meus melhores amigos de lá e fiquei feliz com aquilo, ao mesmo tempo que me senti atrasado. Algumas pessoas de Goiânia tem aparecido graças às redes, mas estou cansado delas e por isso preferindo o que estiver mais próximo de mim. Logo uma pessoa da igreja inclusiva tem me despertado interesse, ela também é felpuda, inteligente, tem planos ambiciosos para o futuro, se interessa pelas coisas que eu falo e quando conversa comigo é muito tátil e atenciosa, se interessa por mim, o menino nerdizinho e engraçadinho da igreja que alguns consideram um bom partido, mas não tanto quanto o menino felpudo. Em outras palavras, não é apenas eu que estou interessado no cara felpudo.

Por estas razões, ele ser inteligente, ter planos, ser carinhoso, e, principalmente, bonito, me lembrei do poeta, sabe-se lá o nome dele, que diz que a felicidade está próxima da gente, nós que a colocamos onde não estamos. Quero dizer que enquanto as pessoas das redes sociais não se tornam pessoas que eu conheço pessoalmente ou nem se tornem, eu posso estar perdendo uma oportunidade, conquistar um rapaz que nas noites de sábado e domingo senta-se ao meu lado.

Então comecei a falar mais ainda com ele, me interessar pelo que ele faz e principalmente, a ser o Well, que é quem ele precisa conhecer. Na SubWay fiquei com uma das pernas sobre o joelho dele e não era por falta de espaço, mandei várias indiretas. Notei que além de peludinho, alto e com os braços fortes, ele tem as mãos grandes e confortáveis. Domingo, ao final do culto, fiquei na porta do prédio em que fica a igreja ensinando sinais em libras para ele e outras pessoas, todo mundo percebeu, talvez ele não, que eu não estava sendo didático quando eu "falava" eu te amo, te quero, quero um namorado, você é bonito, enfim. Na segunda-feira mandei um direta para ele, minha mãe entrou no meu quarto e ficou olhando o monitor e me perguntou quem é o rapaz na foto, eu disse que talvez o genro dela.

Algumas pessoas já deram uns toques para ele, ele não tinha mais porque fingir que a nossa relação era restritamente amizade. Ele me perguntou se eu estou afim dele e eu envergonhado e feliz respondi que sim. E daí? Ele falou de outras coisas, de outros assuntos que já conversávamos no MSN e disse que ia embora, ao despedir eu disse que havia respondido sua pergunta, ele disse que viu e que conversaríamos sobre isso depois. Ontem ele logou e conversei com ele, fui eu mesmo e não toquei no assunto, hoje ele não logou. Talvez amanhã ele vai estar no culto de orações, que não estou interessado a ir, enfim.

O que é fato é que o rapaz é bem requisitado, é disputado por outros dois rapazes da Igreja, que não acho tão "competitivos" quanto eu e nem acho que uma disputa entre nós três poderá conquistá-lo. Se for para ele gostar, ele gosta e isso está complicado, pois ele disse a uma amiga que está cansado de relacionamentos passageiros, quer algo sério mesmo e ela recomendou que ele conversasse comigo e tudo mais, até mesmo porque umas das coisas que mais quero agora é me relacionar com alguém. Ele disse que faria isso, mas nem sei no que deu, em como estão se dando as observações do vestibulando de direito a meu respeito.



Acho que se tivesse afim já teria respondido. Acho que ele está certo em querer o tempo dele, se é tempo o que ele quer. Porém se ele não der respostas até domingo eu não vou correr mais atrás, embora eu não queira desistir assim e embora eu não estou desistindo dele, só não vou correr mais atrás que é para me valorizar. Para ser sincero, acho que esse rapaz eu não conquisto simplesmente porque ele é humano e não um certame ou um título universitário, embora nunca o tenha vista como tal.

Bem, enquanto isso fico aqui ouvindo músicas para dor de cotovelo. Ah, aceito sugestões... preciso ouvir coisas novas, não necessariamente dor de cotovelo. Mas é isso.

Peixos, me liguem.... 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Agora preciso traçar novos planos

Não, os planos antigos não deram errados, pelo contrário e ainda bem, deram certo. Corri, fiz dias renderem semanas, contei com a ajuda de muitas pessoas e cheguei até pensar que não conseguiria. Mesmo com tanto pessimismo e algum choro de desespero eu continuei tentando e consegui. Bem, agora finalmente eu sou um geógrafo e fui empossado professor da Secretária Estadual de Educação de Goiás. O salário não é lá grande coisa, mas já vi que depende de mim fazê-lo subir. Claro, o Estado pode fazer mais, mas sabemos que Educação não é a prioridade da nossa política e nunca será tal como vai.

Tudo bem, ser professor não é a minha maior prentensão e ainda penso na possibilidade de futuramente mudar de área de atuação. Mas mesmo assim penso que devo tentar mais e talvez, quem sabe, eu veja que estou errado e realmente eu gosto de Educação. Ainda estou apreensivo, não sei se vou me dar bem com os estudantes e com a indisciplina que certamente eles terão. Mas já notei que as coisas são como aprendi no Pequeno Princípe e conversei com as outras pessoas que atuam na área, cabe ao professor cativar os estudantes. Estou inseguro porque não domino os conteúdos da geografia escolar, na graduação vi outras coisas. Sei que vou pedir muita ajuda aos coordenadores pedagógicos e conversar com outros professores da área, em outras palavras, estou entrando em um novo período de aprendizado.

Mesmo com tal ansiedade e insegurança não posso negar que estou muito otimista com tudo. Eu tenho fobia de dinâmica de grupo, falar sobre mim e psicólogo de RH e com um emprego público espero não precisar mais tão cedo disso ou nunca precisar. A noção de monotomia na minha vida, que durava quase dois anos está passando. É como se eu tivesse cansado daquela paisagem e agora, depois da curva, um nova e desconhecida paisagem se escancara na minha frente, mostrando a mim que terei que aprender muitas coisas, que provavelmente eu irei errar como sempre erro, mas que permitirá a mim fazer novos planos e ver como eu mudei, da mesma maneira que sinto ter mudado após os anos iniciais da vida adulta. Bem, é essa a graça da vida eu acho, ver que mudamos e que aprendemos mais, que os outros ajudaram, mas que tudo dependeu da gente mesmo.

Tempo, tempo, tempo,
És um senhor tão bonito [...]
Tempo, tempo, tempo,
Vou te fazer um pedido 

Os novos planos. Já transformei meu salário em várias pizzas com pedaços para cada coisa que planejo fazer e acho que isso não é muito bom, pois são muitas expectativas em cima de um salário que não sei bem ao certo, já que também não sei quantas horas aulas, que é o que compõe meu salário, irei lecionar. Mas já estou planejando uma viagem no meio do ano que vem, talvez eu vá para o Nordeste com a Mariana ou vamos para São Paulo, cujo circuito cultural é invejável. Queria ir o mais rápido possível para Florianopólis, mas meio de ano lá não é um bom lugar para ir por causa do frio, é o que o Mário, o meu melhor amigo on line e que mora lá, já me disse.

Terei que fazer pós graduação, 1080 horas com certificados superiores a 40 horas e com nota para eu ganhar 30% a mais do salário. Agora estou me inscrevendo nas newsletters das principais universidades de Goiás para saber de cursos, congressos, seminários, entre outras atividades que sejam válidas tanto para o meu processo de formação continuada e para o futuro do meu salário. Sei e quero subí-lo o mais rápido possível. Bem, penso que uma pós graduação em Educação inclusiva seja uma boa, mas R$214,00 vai pesar e ainda não sei se a Seduc pode subsidiar uma parte ou a totalidade.

Biblioteca da UFG não usarei mais, então preciso ter a minha própria biblioteca. Porém a minha casa, e seus 72 m² de área construída está carregada de coisas, no meu quarto cabe poucas coisas e no quarto de hospedes, acho que por ser de hospedes, lotamos com tudo que não cabia nas outras partes da casa. As listas de desejos na Saraiva e no Submarino já estão prontas. Pensei em criar uma na FNAC, que não tem loja em Goiânia e que deveria ter uma vez que dois shoppings serão construídos por aqui nos próximos anos, mas os preços são "impopulares". Onde vou colocar os meus livros, principalmente os técnicos e didáticos que vou usar?  Tenho que pensar nisso, acho que meu quarto merece algumas intervenções também.

Ah, o meu quarto, não é a maior das minhas prioridades, mas merece uma pintura nova, tipo, duas paredes pintadas num branco meio prateado e brilhante que vi na Leroy Merlin e achei lindo e outras duas paredes pintadas em verde claro. O teto poderia continuar nesse branco neve, com a diferença que quero comprar aquelas estrelas fluorescente de dias das bruxas e reproduzir as constelações do Hemisfério Sul, da Terra como diria José Serra. Para os dias quentes de verão e para os dias mais quentes ainda de agosto a outubro um air split é uma boa pedida. Um TV de LCD de 22" ou 26" com conversor integrado me daria um ganho de espaço significativo, tiraria essa caixa grande e o receptor da parabólica. Bem, mas onde eu colocarei os meus livros e as atividades dos estudantes que trarei para casa? Bem que meus pais poderiam ampliar a casa.

Prioridade para os próximos meses é comprar um notebook, apesar que meu desktop é mara, com um roteador e uma mochila para eu carregá-lo e meus materiais, comprar roupas e calçados novos, um óculos escuro para dirigir em direção para onde o Sol vai durante as tardes, ou em direção de onde ele vem, durante as manhãs. Com excessão dos recursos de TI, todo o resto será comprado com meu Itaucard, pois seu limite é ridículo, corresponde a terça parte do que eu vou ganhar. Está na hora de ficar fluente em inglês e não ter mais incerteza, quando na ausência da legenda, se estão dizendo indeed now ou I'm need now. Também vou trocar essas gorduras e transformá-las em musculos e virar um objeto de consumo para a comunidade. Sem contar que preciso fazer a poupança, tanto para a viagem do meio de ano como para comprar em alguns meses um carro só para mim.

Vai ajudar porque a escola em que vou ser modulado fica próximo, poderei utilizar uma linha cuja passagem é subsidiada e assim gastarei R$2,30 diariamente para ir ao trabalho.

Chega de falar de bens materiais. Quero sair, ver pessoas e criar vínculos, é isso. O que quero fazer agora é mostrar para quem eu achar interessante que eu estou aqui. Lá na Igreja Inclusiva as coisas vão bem, estou me sentindo pertencente a alguma coisa. Me disseram que eu sou mais deles do que eu imagino e eu fiquei feliz por isso. Já disseram que eu sou simpático, inteligente, engraçado, o menino que faz rir e que eu não deveria estar só. Bem, a igreja ainda está nova, tem poucas pessoas por lá, mas já existem algumas pessoas interessantes, já existem algumas Brastemps por lá e quero levar uma que vi na Caixa da Verdade, pena achar que todas as Brastemps são areia demais para o meu caminhãozinho. Mas não custa nada tentar, até mesmo porque duas delas são felpudas.

Na verdade quero tudo mais se exploda, eu quero mesmo é um namorado. Dane-se o resto!

Bem, é isso, peixos, me liga!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Assuntos aleatórios

Pois bem pessoas, eu estou correndo, mentira, eu estou escrevendo para ver se até 17 de novembro me torno alguém eternamente geógrafo na modalidade licenciatura pela Universidade Federal de Goiás e um professor de geografia do Ensino Básico na rede estadual de ensino de Goiás. Não é lá grandes coisas, mas isso tem surrupiado minha criatividade e inclusive me deixado tão ansioso a ponto de não ler os blogs alheios. Antes eu apenas os lia e não os comentava, agora nem lendo mais eu estou.

Bem, enquanto eu não me formo fiz algumas coisas, entre elas adicionei aquele aplicativo, a caixa da verdade, no Orkut, justo quando eu pensava que seria melhor investir no Facebook e ser feliz com ele. Coisa estranha, investir em rede social não é investimento para um mortal qualquer cuja sobrevivência ou a razão de qualquer outra coisa daquilo que lhe faz feliz passa por lá. Mas a caixa da verdade é algo interessante em Cristo. Nunca fui tão cantado na minha vida, mentira, já fui sim. Mas o que é inusitado é que inclusive meninas estão dando em cima d'eu.

Troquei as fotos do Orkut e das demais redes sociais que eu participo para eu ficar mais sedutor e conseguir mais comentários. Gostei dessa caixa da verdade, apesar que ela tem uma pegada de bate-papo Uol ou Manhunt.com. Mesmo assim deixa, estou adorando ser uma puta e cantar um monte de meninos, inclusive aqueles heterossexuais gostosos, musculosos que vão aparecendo por lá aleatoriamente.

Mas a caixa da verdade não se resume a isso, em se sentir desejado sexualmente, um objeto sexual ou a mandar cantadas para aqueles que certamente nunca vão brincar de "adaga" comigo, sequer deixar eu vê-las. O outra graça é aprender algumas cantadas cafonas do tipo, se você é 70% água eu já estou com sede, ou algo nessa linha.

Bem, tirando a inutilidade das redes sociais, o bom é que com o salário de fome que vou ganhar eu já fiz alguns planos. Ok, não tem nada de bom nisso! Um desses planos é dar uma update no meu guardarroupas, que continuará sendo com CeA, Renner e outras coisas proletárias, e o outro com a qual eu mais tenho me preocupado nos últimos dias é com um cão.

Sim, prentendo outra vez ter um cachorro, ainda não sei qual cachorro que será, se um labrador ou um doberman. Eu já tive um doberman. O ingrato fugiu e algum espertinho deve ter o prendido. Do meu doberman lembro que ele era simplesmente lindo, elegante, possante, bravo e muito carinhoso comigo. Eu me sentava na porta da sala e ele se deitava ao lado e colocava a cabeça sobre o meu ombro e começa a resmungar, queria carinho e eu acariciava ele. Eu amava ele.

Quando eu tive esse doberman, eu tinha também um vira lata que chamava Sadam. O doberman se chamava Danger. Na verdade ele não se chamava Danger e sim nunca tive o cuidado de pensar em um nome ungido para ele. Achava perigo em inglês algo conceitual para se nomear um cão de guarda e enquanto eu pensava no nome oficial e imponente para ele eu ia o chamando de Danger. Meus pais o chamava de danji apesar que eu os corrigisse e dissesse que aquele não era um nome oficial. Enfim, o doberman cresceu sendo chamado de Danger, quando eu queria repreender a ele e ao vira-lata ou chamar, brincar com os dois eu os chamava de Sandanger. Era um jeito de chamar, repreender, enfim, aos dois com uma palavra unica e o melhor, eles reconheciam.

Enfim, que nulidade isso que eu estou falando, mas e daí, eu curti. Pois bem, acho que vou comprar outro doberman ou comprar um labrador com meu salário de fome de professor da rede estadual. É bom eu pensar em um nome legal e oficial, poderia ser alguma palavra em outra língua que nem eu conheço. Mas sempre quis ter um gato chamado Diego, não sei porque, mas porque acho gatos com nome de pessoas bonitos. Se for um doberman já pensei na remota possibilidade de chamá-lo de Valdeci ou se for um labrador chamá-lo de Otávio.

Acho que não vou colocar nome de gente no cachorro que não sei qual das raças escolherei. Bem certo é que fazer caminhada a tarde com um labrador na praça do meu bairro muita gente vai me achar fofinho e viadinho, não tão fofinho quanto o labrador é claro. As rachas vão querer dar para mim e eu não vou querer aceitar. E se for com um doberman, alguns playboys vão querer mostrar seus pit-bulls para mim sendo que o que eu quero ver mesmo é o que eles colocam no meio daquelas pernas suculentas deles e assim descobrir se eles realmente tem aquilo pequeno e compensam com aqueles cachorros horrorosos.

Bem, é isso, peixos me liguem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Mais sobre o amor, a morte e as paixões...

Essa semana rolou mini-curso sobre o sistema capitalista. A metodologia foi baseada em filmes e documentários, sendo que alguns deles eu já havia assistido. O encerramento foi hoje, o professor reservou uma sala de cinema num shopping de classe A/B porque nós somos phinos apesar das tendências socialistas porque... enfim... o professor é quem sabe o motivo.

O filme que assistimos é Wall Street II, o primeiro foi gravado na década de 1980 e foi assistido outro dia no mini-curso, ambos são protagonizados pelo Michael Douglas. Os dois falam da alta roda do capitalismo, de ganância, de oportunismo, de especulação, de pessoas colocando o dinheiro acima de qualquer coisa, ética, moral e até mesmo família, de como as pessoas que não tem nada a ver com a ambição e a ganância dessas pessoas são prejudicadas. Foi isso que aconteceu conosco nessa crise do sistema financeiro e ainda há quem insiste em desregulamentação do mercado. Deixa para lá, cada um acredita na ilusão que quiser. 

Enquanto assistia ao filme, olhava a tela do Lumière - lógico - e os caixinhos de um estudante de um período anterior. Me envolvia com a história a ponto de me imaginar transando com o Shia LaBeouf, o cara que faz papel de genro do Michael Douglas. Procurei aqui na web alguma foto dele usando uma boxer preta no filme, mas nem encontrei. Vai essa então dele sem camisa.

Mas consegui reparar os elementos de drama do filme, uma filha que não acredita no pai e quando acredita nele é novamente frustrada. Pensei que o professor, um tanto parrudo nos discursos, não fosse gostar disso, como se a validade do filme fosse só falar do hades chamado Wall Street. Mas não foi assim, o filme acabou, o professor começou a falar com voz trêmula no microfone e meio que tentando explicar disse que se emociona porque naquele cinema foi várias vezes com a filha, que morreu há poucos anos ainda criança vítima de câncer, o que deixou ele bem abalado. E foi tentar fazer um paralelo entre ele e o Michael Douglas, não conseguiu.

Na hora minha barriga ficou fria, eu me arrepiei e nem sei porque comecei a aplaudir e fiquei constrangido no segundo seguinte, porque aplausos para alguém enlutado ainda não me parece a melhor das condolências. Mesmo assim continuei a aplaudir quando todos na sala também aplaudiram. 

Cheguei em casa, aqui na internet, já que a minha vida social é um fiasco mesmo que tenha melhorado nos últimos meses, e comentei essa cena. Fiquei assim, meio idiotizado com o luto do professor. É uma coisa que toda razão que houver não será suficiente para impedir que alguém chore ou tirar o direito disso fazer. Também dá para perceber que continuo com medo da morte. 

Eu sou tão rude com a minha mãe, que é tão afetiva e sentimental, e meio secão para com o meu pai, com o qual eu tenho uma boa relação, mas ficaria melhor se nós dois não ficássemos constrangidos para abraçar um ao outro, se eu tivesse coragem para tomar essa iniciativa. Fico pensando, acho que vou me arrepender muito, vou sofrer bastante se um dia eu não conseguir dar um abraço como eu acredito que filhos devem dar nos pais e não for mais doce e cândido com a minha mãe, meus abraços são tão mecânicos. Vou me arrepender por uma certeza me impedir isso, a morte de alguns de nós três.

Ao final da sessão paguei R$10,00 com o cartão de débito do meu pai em um ovomaltine do Bob's, empresa negociada em Wall Street por gente com a índole mostrada no filme. Aproveitei para, como nos outros dias do mini-curso, observar o menino do semestre anterior e seus cachinhos cor de mel. Ele conversando com os amigos dele dá uma vontade de beijar a boca dele. Diferente do menino felpudo da lógica, não boto lá grande fé que ele seja gay e apesar da nossa diferença de idade ser provavelmente 1 ou 2 anos, me sentiria meio papa anjo pegando ele e de anjo ele já tem os cachinhos. 

Bem, fui embora, ele ficou ao lado da escada rolante esperando os amigos, eu desci, se eu tivesse uns óculos escuros eu poderia descer de maneira mais seduzente. Lá embaixo olhei para cima, ele me olhava e eu sorri, não que eu seja gatinho com essa barba por fazer e essa gordura que vai se acumulando na barriga. Feito o sorriso e perdido o contato visual a carência outra vez reinou em meu coração. Serviu de consolo saber que pelo menos o copo de ovomaltine grande do Bob's encaixa perfeitamente no porta-copos do Voyage.

Peixos, me liga, no Infinity,.

sábado, 2 de outubro de 2010

Revendo os conceitos sobre Marina Silva

Ontem o meu amigo me enviou via Twitter um link para uma entrevista que a Marina Silva deu ao Portal Mix Brasil. Precisei rever meus conceitos sobre a candidata por quem até então eu tinha anti-patia. Marina Silva foi clara e objetiva e disse que terá compromisso com as minorias e com um Estado laico. Em outras palavras, a presidenciável disse que é favorável entre muitas até mesmo ao direito dos homossexuais adotarem criança, simplesmente porque para ela a prioridade é a criança e tirá-la do abandono, e favorável às cirurgias de mudança de sexo. Disse também que não é favorável ao Governo financiar a parada gay, eu também não sou.

O que levou o amigo a enviar o link foi o debate que tivemos no Twitter, logo após o debate presidencial, sobre Marina Silva e Dilma Rousseff. Eu tinha até então, como eu disse, anti-patia pela Marina Silva em virtude da interpretação a respeito das idéias dela em relação às pessoas LGBT'S dadas em maio/junho, que até comentei aqui e muito empolgado diga-se de passagem achando que ela estava sendo necessariamente, por assim dizer, gay friendly.

Bem, nas declarações de maio/junho me incomodou Marina Silva dizer que era favorável a união civil de bens apenas, mas contrária ao casamento por achá-lo um sacramento religioso para homens e mulheres, apesar que no Brasil existe o casamento civil sem vínculo algum com as concepções religiosas que é o que a minha utopia, o Estado laico, deve possuir. Me incomodou também ela dar como sugestão para decidir sobre as questões do público LGBT, que ela demonstrou não conhecer assim tão a fundo naquela ocasião, um plebiscito a exemplo de outros temas como legalização de narcóticos e aborto. Me incomodou porque não se faz plebiscito para que o todo de uma sociedade decida os direitos de uma minoria, que além de ser minoria, é no mínimo não compreendida por essa sociedade.

Criei minha anti-patia por Marina Silva e passei achar ignorância, ingenuidade ou insensibilidade ver homossexuais, como esse amigo que me enviou o link, declarar voto na Marina Silva. Felizmente eu estava errado a respeito dela, que foi a única entre os três primeiros colocados a conceder entrevista para um portal LGBT para falar sobre o devido tema e dar respostas sobre tema de maneira clara e que concorda com o que esse público tanto quer. Declaradamente pró LGBT nessas eleições tivemos apenas o Plínio Arruda/PSOL. Existe também o PSTU e o PCB, mas equivocados ao meu por colocarem questões como homofobia e racismo como problemas causados pelo capitalismo, coisa que me pareceu no mínimo tendenciosa e acima de tudo, mentirosa, veja Cuba.

Estou encantando com Marina Silva e decepcionado com a Dilma Rousseff, que continua sendo a minha candidata. Decepcionado com a Dilma Rousseff em virtude de sua alienação aos grupos religiosos, isto é, ela assinou compromissos e escreveu cartas ao "povo de Deus" se comprometendo a não tomar iniciativa sobre assuntos considerados tabus, deixando ao critério do Congresso. Me irrita porque o PT vem se prostituindo, como os cristãos gostam de falar e classificar tudo, mas se prostituindo com os próprios cristãos e outras porcariínhas como o PMDB.

O que me leva a continuar meu voto na Dilma Rousseff são os seguintes fatores. Primeiro, eu não voto na pessoa e sim no partido e no programa que ele propõe, nesse critério o PT tem um longo histórico com minorias como LGBT's, as vezes dá umas pisadas de bola é verdade e faz menos do que poderia, mas que ele tem esse compromisso e pessoas ligadas a essas causas não é possível negar.

Segundo, não gosto e não confio no PSDB, porque eu tenho como principio votar contra esse partido que é onde certamente onde está a maior parte das pessoas que são contrárias aos LGBT's por motivos diversos ou que simplesmente acham o assunto uma questão menor. Não que o PSDB ou alguém de lá não vá fazer algo pelo público LGBT, mas essas possibilidades são bem menores se comparadas aos partidos ligados aos movimentos sociais.

Terceiro porque um eventual governo de Marina Silva não vai conseguir governar sem alianças políticas e certamente vai precisar de alianças com partidos como o PSDB, que não só não está muito preocupado com os LGBT's - coisas que aliados do PT como PRB e PP também não estão - mas tem outros principios econômicos, sociais e afins que é o principal motivo de minha aversão aos tucanos.

Bem, é isso, mas antes de encerrar preciso ponderar que eu gosto de escrever sobre política, mas sempre que escrevo sobre o tema já imagino uma pessoa em especial que vai comentar aqui. Ela sempre comenta quando escrevo sobre política e apenas sobre isso. Os seus comentários sempre confrontam como que eu penso, o que torna complicado ter alguma simpatia por ela. A pessoa acha que o que me incomoda é alguma inabilidade que eu tenho para receber críticas ou lidar com quem pensa diferente. Mas o problema não é esse, porque se fosse eu teria para com as outras pessoas que pensam diferente de mim a mesma indisposição que tenho para com essa pessoa em questão. Bem, eu não tenho e o Twitter foi um exemplo disso onde eu debati sem me alterar com o amigo marineiro.

É bem suspeito eu falar e isso porque nem tenho porque escrever já que o que ponho aqui é para os outros lerem e comentarem, mesmo quando discordarem de mim. Acontece que eu acho que a pessoa em questão, que vai saber que o recado é para ela, precisa saber o que eu penso já que quando vem comentar noto não só um jeito irritante, mas muitas expectativas que ela faz ao meu respeito que não condizem com a verdade.

Pois então meu caro, o problema não está comigo, mas no jeito que você tem para colocar suas opiniões. Já que você acha que a autocrítica é importante e faz bem, comece por você e procure se avaliar para quem sabe assim você notar em você tem um jeito pedante de se comunicar, no qual você coloca sua opinião como a única verdadeira e coloca as pessoas como menos preparadas para emitir a opinião delas, tomando em muitos casos concepções que não só são suas, mas que você acha que as pessoas têm necessariamente. Ah! Por fim, não adianta mudar de nome quando comentar aqui, preciso ser muito tapado para não perceber que é você quem escreve.

Aos demais... peixos, me liga.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mas você vai ser professor (forever)?

No primeiro semestre desse ano a Secretaria da Educação de Goiás fez concurso público para contratar professores. A concorrência foi baixa, só quem está desesperado, ama a Educação ou tem um espírito de porco pode aceitar trabalhar por 40 horas e ganhar R$1314,52 + descontos (viu a ironia? "mais descontos"), que é um salário de fome para quem tem curso superior e trabalha como um professor.

A baixa concorrência ajudou a frustrar o meu projeto, o de não passar nas colocações primárias e ser convocado antes da hora, o que quer dizer, sem ter concluído a graduação. A prova, cujo nível foi muito elevado, poderia me ajudar nisso, mas o ponto de corte também foi elevado e preferi não subestimar o exame.

O concurso foi homologado e eu passei em 37° lugar - convocação imediata. A Secretaria da Fazenda - que é quem contribuí com a burocratização estatal e permite a da Educação contratar - me enviou uma carta me parabenizando pelo feito - gente falsa é outra coisa - e assim foi publicada a 2ª chamada na qual constou meu nome lá no Diário Oficial.

Bem, liguei hoje em um monte de órgãos do estado e no ping pong descobri que meu nome consta na 22ª colocação, ou seja sou mais inteligente do que queria nesse caso e ando não prestando muito bem atenção nas informações importantes para mim apesar d'eu pensar que estou fazendo o contrário. Agora preciso de uma cópia do Diário Oficial para pedir prorrogação de 30 dias para ver se consigo formar.

Ou seja, Lei da Atração vai entrar em operação. Vou ter que terminar as atividades do Estágio IV antes da hora, a monografia vou ter correr com ela e ver se quem sabe eu consigo defendê-la no começinho de novembro, o que é impossível eu acho, ver se uma professora pode me passar outras atividades para conseguir nota, se consigo cancelar outra disciplina na qual está o menino felpudo, e o melhor, ver se, quem sabe, a Universidade aceita tudo isso e deixa eu fazer uma colação de grau especial, tudo para o comecinho de novembro, é claro.

Talvez tudo isso não dê certo. Penso que seria uma boa contratar um advogado, um de confiança, desses mercenários e espertalhões que dão golpes fazendo interpretação da lei e que encontre nela brecha ou sei lá o quê que me deixe trabalhar como professor.

Vai valer a pena? Fiquei quatro anos praticamente sem trabalhar e preciso trabalhar outra vez. No entanto é bem certo, se dependesse de mim eu não seria e não vou ser professor por muito tempo.

Me dei ao luxo de passar em outro concurso público, da Secretaria da Saúde. Nele trabalha-se menos, ganha a mesma coisa e só exigem Ensino Fundamental. Sou capaz de abrir mão de ser professor para ser um medíocre funcionário da burocracia estatal. Porém com tempo para fazer outro curso superior e estudar para um concurso decente, coisa que nem o concurso de auxiliar administrativo e nem o de professor são. Nesse último por causa do salário, das condições de trabalho e do reconhecimento. Além disso eu não tenho a menor perspectiva com relação a isso mudar pelos próximos quatro anos.

Em Goiás estão escolhendo entre um candidato que despreza funcionário público, ainda mais se for professor, e outro que conseguiu o apoio dos funcionário públicos e dos professores, mais alienados no caso, dando esmolas a eles. Para quem não ganhava muita coisa qualquer esmola vira grande coisa. Dos males os menores porra nenhuma, nenhum dos candidatos no quais a política goiana se polarizou tem moral para falar em Educação e ao meu ver eles são mal intencionados o tempo todo em relação a ela.

Tem uma terceira via aqui, mas terceira evangélica e do PP? Tenha dó, né? Isso está mais para um canteiro central todo arborizado e gramado, o que não é vantagem quando se precisa de pista de autorrolamento.

Bom, é isso, peixos, me liga. E me twita também.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Final de semana.

Prometo que minhas futuras postagens serão menores. Mas é que eu não resisto e sinto uma grande vontade de escrever. No fundo nem é tanta coisa assim e se você não quiser ler, não leia. KKKK

No meio da semana:

Acessei a conta do MSN antigo. Um velho desconhecido apareceu lá. "Oi gato, nossa você sumiu. Que saudades de você!" Eu não tinha desaparecido, apenas troquei de conta e disse a quem quisesse adicionar a nova conta. Então ele me adicionou na nova conta e disse que queria me ver, disse que eu sou muito bonito, que já se apaixonou por mim umas vezes aí, que quer experimentar minha boca carnuda. Eu hein rosa! Poderíamos marcar realmente um dia. Falei para ele para a gente se ver no final de semana.

Na verdade eu não queria sair com ele, conversava muito pouco com o sujeito, não temos assuntos em comum e ainda por cima, ele é feio. Bajular só não é o suficiente e ele se antecipa muito. Havia até sistematizado como transaríamos se namorássemos. E eu mantendo o cara lá no MSN só porque ouvir tantos elogios, apesar de entediante, faz bem ao meu ego, sempre carente de massagem é claro.

No sábado:

Tudo bem, pensei, estou na seca, o sujeito é feio via internet, mas talvez pessoalmente seja melhor apessoado. Marcamos, ele veio subindo manco, meio rechonchudo e com uma pinta no nariz. Pensa, talvez a conversa fluí. Entramos no carro, falo de música e a conversa não fluí, falo de família e a conversa não fluí, trabalho, amigos, política, festa, séries, filmes, estudo, enfim, nada vai fluindo. Ele pega na minha perna e fico com um certo fogo, olho para o rosto dele, feio de doer coitado.

Num momento vejo que ficar com ele será um tédio, veremos, na verdade só eu verei, que não temos nada em comum e ele está muito afim de mim. Diz que eu sou lindo demais. Exagerado é claro, mas que eu sou mais bonito que ele isso eu sou. É uma boa eu tratá-lo como um objeto sexual? Ele pegou na minha perna outra vez, meu pau ficou duro. Mas ele é tão feio que dá até vergonha dizer que fiquei com ele. Mas meu lado cafageste gritou "Devasta!".

Pensei, que coisa imundo e decadente, eu pegando um cara feio só porque estou na seca e tratando-o na minha mente como eu não queria que me tratassem. Lembrando que nessa hora sequer cogitei postar isso aqui. Pensei, o quê importa o que as pessoas vão pensar do meu caráter. Eu quero sexo e o ogrinho aí me quer foder. Assim como em Queer As Folk um feio será feito feliz e lá vai eu.
Disse a ele para irmos a um motel e ele topou. Fomos, paredes vagabundas, davam para ouvir as pessoas em outros quartos. Na televisão os canais em VHF de Goiânia, em outro canal show de sertanejo universitário e no outro sexo heterossexual. O pinto dele não era grande e isso não foi nenhuma surpresa, eu já sabia desde o momento em que vi os dedos e coloquei na balança na hora de pensar no sexo.

"Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado"

E assim foi, quando gozei olhei para aquela pinta, pinta não, verruga no nariz. Ai que vergonha, ai que arrependimento, eu não precisava disso, aí que cafageste eu sou. Eu me odeio, eu me odeio. Como eu tenho coragem de fazer isso comigo e com ele, que é um ser humano, ou não. Ele me beijou e eu involuntariamente fui frio. Respondi meio que justificando: "Estou cansado! Vou tomar um banho!" Tomei o banho bem mudinho, banho de motel não dá para ficar limpo né?Sabonete pequeno demais. Ele abria a boca e eu com um olhar muy sexy colocava o dedo na boquinha que eu beijei fazendo a linha, fica caladinho que eu te beijo. Mas não beijava.

Enquanto eu me secava silenciosamente e vestia roupa ele me perguntava o que foi que havia acontecido para eu ficar calado. Eu respondi que estava reparando o banheiro do motel para fazer igual na futura casa nova. Sim, curti aquele vidro temperado que dá para ver o box pelo quarto. Fomos embora, eu que paguei o motel. Ótimo. Deixei o ogro na casa do amigo dele e fui para a casa da Vaca Profana na cidade vizinha. Contei a minha história promíscua e desprovida de bom caráter enquanto ela tinha orgasmos risícos (existe essa palavra?).

No domingo:
Ogro: Nossa, sonhei como você a noite toda.
Well pensando: Exatamente por isso que eu não posso ficar com você, afinal se sou bonito assim não preciso me rebaixar.
Ogro: Não vai falar comigo.
Well: Estou escrevendo um artigo, estou ocupado.
Ogro: Quando puder falar me avisa.
Well: Ok.

Eu penso: Não custo nada. Sou um vagabundo de primeira. Esse cara não merece isso. Eu sou uma cobra. Mas dane-se, não vou ficar me odiando por causa disso, apesar que mereço.

No domingo mais tarde:

Well: Oi, como você está?
Amigo: Ih, na fossa, mas nem quero falar disso, vamos à chopada?
Well: Não tenho dinheiro.
Amigo: Custa só 20 reais.
Well: Foi o que eu gastei ontem no motel com um cara feio.
Amigo: Porque saiu com um cara feio?
Well: Estava na seca, o único dinheiro que tenho é para pagar um cara da igreja e hoje.
Amigo: Que Igreja.
Well: Uma igreja para LGBT's.
Amigo: Onde fica? Que horas são os cultos? Eu posso ir?
Well: Passo aí daqui a pouco se quiser ir.
Amigo: Vou tomar banho e passar a chapinha.
Well: Bicha!

O Well toma banho com muito gosto, última vez que tomou banho foi no motel. Desodorante, perfume, roupas, calças, tênis, MSN piscando.

Amigo: Demora?
Well: Se você deixar eu sair, não.
Amigo: Liga quando estiver chegando para eu sair.
Well: Well está offline.

Queijinhos... digo, rotatórias antes, o Well enfia a mão no bolso, tira o celular e joga no banco do passageiro. Reduz o carro para a terceira, faz a rótula, saí, engata a quarta, pega o celular, desbloqueia a tela, aperta o o botão de chamadas, seleciona o fone do amigo e põe para chamar. O Well reduz até parar, o telefone chama, o Well engata a primeira, o telefone chama, o Well arranca, engata a segunda e faz a rótula, o amigo atende, o Well engata a terceira, coloca o telefone no ouvido e diz, estou chegando. O amigo responde e o Well desliga na cara dele. O Well engata a quarta com o motor já esguelando.

O Well para na esquina e o amigo não está na porta. O Well liga e apressa o amigo, o amigo justifica dizendo que está trancando a casa. O Well continua apressando o amigo, o amigo saí no portão. O Well diz que está o vendo e vai matá-lo com um tiro na cabeça. O amigo fica estressado e diz que não tem graça. O Well insiste e diz que vai matá-lo, tira a outra mão do bolso e puxa... a alavanca do farol para o amigo vê-lo. O amigo diz que o viu e o Well desliga. O amigo entra no carro e briga porque aquela foi a segunda vez que o Well desliga o telefone na cara dele.

Well: Fui ao motel ontem, por isso que estou quebrado.
Amigo: Gostou?
Well: Não, o cara era feio demais, nada em comum, só fiquei com ele porque eu estava na seca.
Amigo: Porque não falou comigo, hoje lá na chopada se quisesse eu arrumava sete gatos para você.
Luz do combustível acende no Painel.
Well: Nada, ninguém quer me pegar. Tenho que abastecer o carro.
Amigo: Como não, muita gente quer pegar você.
Well: Até um cara feio.
Amigo: Sim.

O Well para no posto, o frentista não vem. O frentista chega minutos depois.
Frentista: É Etanol?
Well: Sim!
Frentista: Acabou!
Well: Ok, vou no próximo... gato.
Amigo: Você dando em cima do frentista?
Well: Só porque estou perto de você
Amigo: O quê?

Amigo fala dos amores frustrados e eu escuto com desdenho e pessimismo. O Well abastece em outro posto e repara no tamanho dos dedos do frentista e gosta daquilo. Quando volta para o carro:

Amigo: Well, que vídeo é esse no seu celular? [dois caras transando]
Well: Casa da minha avó, estava entediado, pensando no cunhado da prima, como era só 50 centavos o Infiniti Web Pré baixei e bati um bolo vendo isso aí.
Amigo: Ai que nojo. Vou transferir via bluetooth.

Minutos depois:

Well: Essa avenida Goiás já teve mais michês.
Amigo: É verdade:
Well: Entrei no lugar errado.
Amigo: Que lugar? Aeh, você tinha que ter ido por aqui. Dá ré.
Well: Não dá, tem um um ônibus me encoxando agora. Nossa, e ele só vai encostando mais. Eu tenho medo de coisas desse tamanho.
Amigo: Do pau do michê?
Well: Não, de ser encoxado no trânsito por um ônibus.
Amigo: Abriu, você tem que ir por alí.
Well: Não dá, não tem como eu virar e o ônibus está vindo com tudo.
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei, estou esperando um lugar de entrar.
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei...
Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: Eu sei cacete, para de dar escândalo, você está me deixando ansioso já.
Amigo: Agora dá para entrar.
Well: Não dá.

Minutos depois.

Amigo: Você tem que sair daqui, você está na pista do ônibus.
Well: ...

Chegamos atrasados ao culto da igreja inclusiva.
- Hana Maracantava Suya. Julia malascaem! Glória 3x Glória.

Well: IrmÕes, esse é o amigo, amigo esse são os irmÕes. Deus é Mas.

Lemos a bíblia, discutimos a bíblia. Eu não oro, todos oram e cantam. O pastor pergunta se alguém ali que aceitar Jesus que fale para que a Igreja ore por ela. Era para mim, mas eu fiquei quietinho como um bom ateuzinho convicto. Ok, oraram, cantaram e zaz.

No fim do culto.

Well: Eu venho aqui e continuo fornicador. Não vou abrir mão da minha vida de fornicador.
Amigo: Eu também. Vamos à chopada?
Well: Não.
Amigo: Vamos?
Well: Não, eu não tenho dinheiro.
Amigo: Disel?
Well: Não.
Amigo: Atenas?
Well: Não.
Amigo: Metropolis.
Well: Não.
Amigo: Você é muito sem graça. Eu pago para você.
Well: Não. Vamos ao centro pegar um michê.
Amigo: Você que sabe, mas como vamos pagá-lo.
Well: Não vamos pagá-lo.
Amigo: Como?
Well: Vamos só olhar.

No semáforo da Goiás com a Paranaíba.

Well: Não tem um michê nessa Goiás.
Amigo: Lá no Banana Shopping.
Well: Eu vi uma coisa num blog e acho legal.
Amigo: O quê?
Well: Nós chamamos um mendigo e falamos para mostrar o pau e bater uma punheta por 10 reais.
Amigo: Você tem coragem?
Well: Eu tenho vontade, não tenho coragem, estômago e meus princípios éticos [/se é que eu não perdi isso ontem no motel] não permite.
Amigo: Nossa! Mas um mendigo pode dar muito mais do que um punheta por dez reais.

Well olha o amigo com uma carinha safada.

Amigo: Tem algum mendigo bonito pelo menos?
Well: Já vi uns meninos de ruas, desses que saem de casa para se viciar em craque. Um dia dei um real para um só porque era bonito.
Amigo: Sério?
Well: Na verdade não, dei porque tinha um monte por onde eu passei e eu estava com medo que eles me batessem.

Paramos em outro semáforo. Para um Celta ao lado.
Well: Que rapaz lindinho né? Pena estar com uma racha.
Semáforo abre.
Amigo: Você ouviu as músicas que eles estavam ouvindo?
Well: Não.
Amigo: Lily Allen.
Well: A britância gay friendly?
Amigo: Os dois naquele carro era entendidos.
Well: Eu quero o motorista do Celta. Vou reduzir para eles me alcançarem. Ah, viraram na 3. Pode virar na 3?

Virando na Rua 2.

Amigo: Olha que cafuçu bonito ali.
Well: É verdade e ele deve fazer sexo de graça e deve ter local.
Amigo: Ei, ei, ei.
Well: Tá curtindo?
Amigo: Eiiiiiii.
Well: Mentira que ele é?
Amigo: Não, ele nem ouviu, só estou curtindo.

Chegando no Banana Shopping.
Well: Mas gentsfi, eu nem sabia que tinha garotos de programa por aqui.
Amigo: O que mais tem? Vamos à sauna, está aberto olha.
Well: Sauna? [eu nunca fui a uma sauna]
Amigo: Ah, estamos de calça. Nem rola.
Well: Gostei desse cabeça raspada.
Amigo fechando o vidro rapidamente.
Well: O que houve?
Amigo: O namorado do meu amigo é garoto de programa.
Well: O que têm.
Amigo: Descobri agora e ele não me pode ver aqui.
Well: Por quê?
Amigo: Um dos meus aspirantes a namorados é amigo dele.
Well: Um dos...

Na Avenida Universitária.
Well: Nossa que monte de gente colorida.
Amigo: Para, que eu vou ficar aqui.
Well: E vai me deixar voltar sozinho?
Amigo: Não, eu estou curtindo.
Well: E olha que tem gente bonita lá.
Amigo: É.

Enfim, é o que tem para hoje. [Braccini, 2010]

Peixos, me liga.