sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O Cartão-Postal: está tudo bem agora.

As coisas estão tranquila, a minha mãe não demonstra nenhuma chateação. Eu a trato normalmente e o mesmo acontece com ela para comigo. Aliás, vivemos como antes, não tocamos no assunto. O meu pai também não toca no assunto.

carta

Ontem recebi um cartão postal direto da Argentina que o Mário me mandou. Dessa vez minha mãe não colocou nenhuma resistência sobre o postal ou sobre eu receber cartas e afins de homens. Bom, da ultima vez que ela fez isso ela teve uma notícia que para ela não é muito agradável e que agora, no oitavo dia, ela aparenta estar se acostumando.

Lembro da minha aflição desejando que estivessemos no final do mês só para sair daqueles dias desconcertantes e ver para que rumo as coisas foram. Para passar a agônia mais rápida eu fiz uma personificação para algo tão abstrato como é o tempo. Chamei-o de senhor da razão e me consolava saber que ele faria com que as coisas melhorassem. De fato o tempo é invencível.

Mudando de assunto

Sabe, eu ouço as pessoas contarem os problemas delas para mim. Quando acho que eu posso falar algo, eu falo. Uma coisa é certa, eu não tenho fórmulas mágicas e digo o que aprendi na minha comum, errante e nada interessante vida, o que comigo deu certo ou que eu tentaria se fosse o meu caso.

Porém não tenho paciência com essas pessoas que vivem a dizer que sofrem, que está passando por umas perrengas mas que nada fazem para mudar a situação, ou não se esforçam o quanto deveriam. Talvez seja por isso a minha impaciência comigo mesmo no que se refere a emprego. Também não tenho paciência com essas pessoas que mal lhe perguntam como está e começa a dizer dos problemas dela, das paranóias dela.

Ontem, por pensar e agir assim, acabei discutindo, aliás, deixando uma pessoa sozinha falando e falando e falando um monte de coisas para mim. Eu estava de saco cheio droga!

Sempre tendo que agüentar aquela janela invadindo a minha barra de tarefas. E ainda por cima na usura de teclas enter - quando a tecla enter é usado no lugar da vírgula e fica impossível acompanhar a conversa já que a mesma rola muito rápido para baixo, sem contar o plimplim a cada segundo que atrapalha ouvir música, se concentrar nas outras pessoas e janelinha piscando sem parar. Mais irritante era sempre contar as coisas como se eu tivesse a obrigação de ler aquilo, de entender aquilo e ainda dá uma resposta para a situação.

Ontem me perguntou se eu estava bem, mas bem só por questão de conveniência. Se eu dissesse que não ia perguntar como se eu tivesse que contar tudo, ia ficar calado, nada diria e ficaria off line sem avisar, nem ao menos um até logo. Eu disse que estava bem e então me perguntou se eu poderia ouvi-la. Como assim ouvi-la? Iriamos iniciar uma conversa de voz? Não e o que importa é que hoje eu não queria saber dos problemas dela eu que estava feliz com o postal e o filme que assistia no PC. Eu não respondi nada, nem sim nem não. Mas sou adepto de que na ausência de resposta é melhor não fazer nada, a pessoa não.

Começou naquele esquema supracitado a contar o seus problemas e como de praxe, no final me perguntou se tem base. Puta que pariu desgraça! Então eu disse, se quiser ser "ouvido" cria um blog, conte seus problemas lá para quem quiser ler e que quiser ajudar. Disse que sou humano, que tenho sentimentos, que também sofro, que eu estou cansado, eu não sou terapeuta on line e que tenho o direito de ficar feliz sem que alguém me tire isso uma hora.

Pensei que ia ficar chateado mas a coisa ia acabar ali. Ledo engano.

A resposta de quem dizia que eu era inteligente, ponderado, culto entre outras coisas que eu nunca usei para descrever a mim mesmo foi hóstil. Eu, considerado um dos melhores amigos virtuais da pessoa, virei um insensível, grosso, egoísta além de descobrir que tenhos ciúmes dela, a pessoa que de tão inconveniente nunca chamava para conversar e nem dava bola.

Com bem menos enters, letras e palavras, eu rebati tudo dizendo que a reciproca era verdadeira e que você - sim eu sei que você tá lendo essa porra! - é um inconveniente que não tem educação, que fica enchendo os outros com seus problemas. Além disso é frustrado porque eu não sou aquilo que ele idealiza que deve ser um amigo, uma pessoa boa.

A troca de farpas continuou, falei bem pouco, aliás, só um irônico "feche a porta ao sair" quando você me disse que ia sair, após ter dito que sou uma farsa, um pseudo-intelectual, que me acho, ingênuo que acredita nos elogios das pessoas e que X e Y viram isso, por isso que eles nem falam mais comigo.

Ora, Y viu isso em mim e em todo mundo, por isso que sumiu apesar que aparece de vez em quando me falando brigadeiros. Já o X aparece de vez em quando também, mas conversa sempre comigo, do jeito dele é claro, mas me falou o que ele pensa de você, coisa que eu não especifiquei por uma questão de ética e você disse que não te afetava, não te feria. Mentira! A sua negação é uma rejeição ao que você sabe, a sua própria vontade de ser adorado pelas pessoas mas incapaz de lidar com o contrário.

Depois ela me deixou um scrap no orkut fake, disse que o que as pessoas diziam ali para mim era apenas o que elas falariam antes de conhecer a minha outra face. Me deixou um depoimento dizendo que o frustrado sou eu, filho único, que não vai casar e nem dar netos para os meus pais e que vou viver com um macho em cima de mim. Voltou ao MSN, me disse o que havia feito e fez a gritaria mais louca do mundo. Provando aquilo que eu disse antes, que você se comporta como um adolescente embora aproxima-se dos 30.

gay

É claro, eu recusei o depoimento, excluí o scrap, ignorei e deletei o sujeito no perfil fake como no social, por questão de segurança.

Você implorou para que eu te bloqueasse também enquanto eu assistia e agia em silência para que eu provasse que a minha inferioridade em relação a você. Inferior eu? Ou será que você que vem me pedir a fórmula mágica do bem-viver todo dia como se eu a tivesse e não só a humildade de dizer que eu não sei e não tenho.

Minutos depois volta, diz que um tal de Vander pegou a senha dele, mandou emails aos amigos dele ofendendo-os e perguntou se eu acreditava nisso. E eu? Me convencia que a melhor vaia é o silêncio para quem quer louvores.

 

Disso ficou claro que você é um bajulador, invejos, falso, mentiroso, covarde, hipócrita, além de ser o verdadeiro insensível, egoísta, pseudo intelectual e inferior. Veio chamar justo eu que ouço Rolando Boldrin e faço uso da minha variedade de língua regional de caipira enrústido.

Agora eu pergunto e daí? Sou homossexual, mas quem tem que me amar, que são meus pais, me ama. Os seus não te aceita. E quem  disse que eu quero casa? Casar é paranóia sua que gosta de seguir as conviências cristãs ditadas como sendo dos bons costumes. Além disso, você não entendeu que meu negócio é homem? Em cima, por baixo, de lado, sendo homem e bonito e gostoso para mim é realização.

E viu tanto que eu sou inferior, escrevi mais para você em uma postagem do que para minha mãe. Realmente, ciúmes é uma coisa que eu tenho demais por você.