No último sábado houve uma palestra sobre DST's na igreja inclusiva. Na verdade a palestra ficou mais concentrada na AIDS, até mesmo porque semana passada foi a semana nacional, mundial, universal, não sei, de combate à AIDS. Engana-se quem pensou que quem foi palestrar foi algum religioso, desses que pensam que a castidade é o melhor caminho. Que deu palestra foi à presidente do fórum estadual de transgêneros, que não por acaso também é uma transgênero.
Confesso que fui para lá interessado mais em conhecer a palestrante, testar meus preconceitos internos, até mesmo porque na penúltima Copa do Mundo eu ainda acreditava na minha heterossexualidade. A palestra serviu para muita coisas, os conhecimentos sobre a AIDS avançaram mais um pouco e muito aprendi sobre transgêneros, que será tema de uma palestra futura, pois nessa ocasião apenas pincelamos o assunto. Foi ótimo também para perceber que o Estado não é tão omisso assim para a causa LGBT, em Goiás pelo menos existe um lugar com atendimento multidisciplinar para pessoas que passam por alguma crise, seja porque se descobrem soropositivas, porque sofrem bullying na escola ou são expulsas, entram em conflito com a família por serem homossexuais. Porém nada que seja considerado o suficiente, se foi possível ficar otimista por isso, saí de lá muito mais pessimista pelas inúmeros problemas de assistências e que duram no mínimo duas décadas.
Final da palestra algumas fotografias e a palestrante dizendo contente com a existência da igreja em Goiânia, do trabalho sério feito por ela e do interesse dela em recomendar o lugar as pessoas, destruídas, que passam pelo Centro de Referência da Secretaria Estadual de Saúde. Analisei meus preconceitos e tenho ficado satisfeito. Tempos atrás ficaria no mínimo constrangido com a transgênero e é boa a noção de que evolui.
Na verdade queria falar sobre outras coisa, mas o babado é forte. Deixa para a próxima.