quarta-feira, 6 de março de 2013

Democracia de mentira


Hoje houve um fervoroso protesto na Câmara dos Deputados. Os movimentos negro e homossexual se coloram diametralmente opostos à eleição do dep. Marcos Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos. Os deputados não conseguiram votar, expulsaram os manifestantes e farão a eleição amanhã,  sem no entanto a participação popular. 

Contradição 1: Marcos Feliciano é racista e homofóbico, faz parte da bancada evangélica, que segue os mesmos princípios, além de ignorar diversidade religiosa e para ganhar apoio mútuo se aliar à bancada ruralista, historicamente envolvida com abusos de direitos humanos como assassinatos de campesinos e trabalho escravo. 

Contradição 2: diz a postergada Constituição da República que a Câmara dos Deputados é a casa do povo, logo todas as pessoas tem direito de se manifestarem e se fazerem ouvir. No entanto as pessoas serão impedidas de irem à votação na Câmara e demonstrarem a sua opinião. 

Contradição 3: nossa democracia tem como principio a liberdade, logo o respeito às individualidades, e o nosso Estado é republicano, isto é, pertence às pessoas. No entanto as pessoas não são ouvidas pelos deputados e são impedidas de falarem quando suas opiniões confrontam os interesses politiqueiros deles.

Fatos centrais: O que existe é um grupo de pessoas se perpetuando no poder e impondo seus interesses pessoais através da democracia, que não existe para todos os cidadãos. Sempre que alguém exigir o que é seu, quem tem mais poder do que outros vai querer furtar os direitos dos outros para não perder seus privilégios. Caso do pastor Marcos Feliciano e seus colegas deputados que barram a participação popular na eleição da CDH.