quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Assuntos aleatórios

Pois bem pessoas, eu estou correndo, mentira, eu estou escrevendo para ver se até 17 de novembro me torno alguém eternamente geógrafo na modalidade licenciatura pela Universidade Federal de Goiás e um professor de geografia do Ensino Básico na rede estadual de ensino de Goiás. Não é lá grandes coisas, mas isso tem surrupiado minha criatividade e inclusive me deixado tão ansioso a ponto de não ler os blogs alheios. Antes eu apenas os lia e não os comentava, agora nem lendo mais eu estou.

Bem, enquanto eu não me formo fiz algumas coisas, entre elas adicionei aquele aplicativo, a caixa da verdade, no Orkut, justo quando eu pensava que seria melhor investir no Facebook e ser feliz com ele. Coisa estranha, investir em rede social não é investimento para um mortal qualquer cuja sobrevivência ou a razão de qualquer outra coisa daquilo que lhe faz feliz passa por lá. Mas a caixa da verdade é algo interessante em Cristo. Nunca fui tão cantado na minha vida, mentira, já fui sim. Mas o que é inusitado é que inclusive meninas estão dando em cima d'eu.

Troquei as fotos do Orkut e das demais redes sociais que eu participo para eu ficar mais sedutor e conseguir mais comentários. Gostei dessa caixa da verdade, apesar que ela tem uma pegada de bate-papo Uol ou Manhunt.com. Mesmo assim deixa, estou adorando ser uma puta e cantar um monte de meninos, inclusive aqueles heterossexuais gostosos, musculosos que vão aparecendo por lá aleatoriamente.

Mas a caixa da verdade não se resume a isso, em se sentir desejado sexualmente, um objeto sexual ou a mandar cantadas para aqueles que certamente nunca vão brincar de "adaga" comigo, sequer deixar eu vê-las. O outra graça é aprender algumas cantadas cafonas do tipo, se você é 70% água eu já estou com sede, ou algo nessa linha.

Bem, tirando a inutilidade das redes sociais, o bom é que com o salário de fome que vou ganhar eu já fiz alguns planos. Ok, não tem nada de bom nisso! Um desses planos é dar uma update no meu guardarroupas, que continuará sendo com CeA, Renner e outras coisas proletárias, e o outro com a qual eu mais tenho me preocupado nos últimos dias é com um cão.

Sim, prentendo outra vez ter um cachorro, ainda não sei qual cachorro que será, se um labrador ou um doberman. Eu já tive um doberman. O ingrato fugiu e algum espertinho deve ter o prendido. Do meu doberman lembro que ele era simplesmente lindo, elegante, possante, bravo e muito carinhoso comigo. Eu me sentava na porta da sala e ele se deitava ao lado e colocava a cabeça sobre o meu ombro e começa a resmungar, queria carinho e eu acariciava ele. Eu amava ele.

Quando eu tive esse doberman, eu tinha também um vira lata que chamava Sadam. O doberman se chamava Danger. Na verdade ele não se chamava Danger e sim nunca tive o cuidado de pensar em um nome ungido para ele. Achava perigo em inglês algo conceitual para se nomear um cão de guarda e enquanto eu pensava no nome oficial e imponente para ele eu ia o chamando de Danger. Meus pais o chamava de danji apesar que eu os corrigisse e dissesse que aquele não era um nome oficial. Enfim, o doberman cresceu sendo chamado de Danger, quando eu queria repreender a ele e ao vira-lata ou chamar, brincar com os dois eu os chamava de Sandanger. Era um jeito de chamar, repreender, enfim, aos dois com uma palavra unica e o melhor, eles reconheciam.

Enfim, que nulidade isso que eu estou falando, mas e daí, eu curti. Pois bem, acho que vou comprar outro doberman ou comprar um labrador com meu salário de fome de professor da rede estadual. É bom eu pensar em um nome legal e oficial, poderia ser alguma palavra em outra língua que nem eu conheço. Mas sempre quis ter um gato chamado Diego, não sei porque, mas porque acho gatos com nome de pessoas bonitos. Se for um doberman já pensei na remota possibilidade de chamá-lo de Valdeci ou se for um labrador chamá-lo de Otávio.

Acho que não vou colocar nome de gente no cachorro que não sei qual das raças escolherei. Bem certo é que fazer caminhada a tarde com um labrador na praça do meu bairro muita gente vai me achar fofinho e viadinho, não tão fofinho quanto o labrador é claro. As rachas vão querer dar para mim e eu não vou querer aceitar. E se for com um doberman, alguns playboys vão querer mostrar seus pit-bulls para mim sendo que o que eu quero ver mesmo é o que eles colocam no meio daquelas pernas suculentas deles e assim descobrir se eles realmente tem aquilo pequeno e compensam com aqueles cachorros horrorosos.

Bem, é isso, peixos me liguem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Mais sobre o amor, a morte e as paixões...

Essa semana rolou mini-curso sobre o sistema capitalista. A metodologia foi baseada em filmes e documentários, sendo que alguns deles eu já havia assistido. O encerramento foi hoje, o professor reservou uma sala de cinema num shopping de classe A/B porque nós somos phinos apesar das tendências socialistas porque... enfim... o professor é quem sabe o motivo.

O filme que assistimos é Wall Street II, o primeiro foi gravado na década de 1980 e foi assistido outro dia no mini-curso, ambos são protagonizados pelo Michael Douglas. Os dois falam da alta roda do capitalismo, de ganância, de oportunismo, de especulação, de pessoas colocando o dinheiro acima de qualquer coisa, ética, moral e até mesmo família, de como as pessoas que não tem nada a ver com a ambição e a ganância dessas pessoas são prejudicadas. Foi isso que aconteceu conosco nessa crise do sistema financeiro e ainda há quem insiste em desregulamentação do mercado. Deixa para lá, cada um acredita na ilusão que quiser. 

Enquanto assistia ao filme, olhava a tela do Lumière - lógico - e os caixinhos de um estudante de um período anterior. Me envolvia com a história a ponto de me imaginar transando com o Shia LaBeouf, o cara que faz papel de genro do Michael Douglas. Procurei aqui na web alguma foto dele usando uma boxer preta no filme, mas nem encontrei. Vai essa então dele sem camisa.

Mas consegui reparar os elementos de drama do filme, uma filha que não acredita no pai e quando acredita nele é novamente frustrada. Pensei que o professor, um tanto parrudo nos discursos, não fosse gostar disso, como se a validade do filme fosse só falar do hades chamado Wall Street. Mas não foi assim, o filme acabou, o professor começou a falar com voz trêmula no microfone e meio que tentando explicar disse que se emociona porque naquele cinema foi várias vezes com a filha, que morreu há poucos anos ainda criança vítima de câncer, o que deixou ele bem abalado. E foi tentar fazer um paralelo entre ele e o Michael Douglas, não conseguiu.

Na hora minha barriga ficou fria, eu me arrepiei e nem sei porque comecei a aplaudir e fiquei constrangido no segundo seguinte, porque aplausos para alguém enlutado ainda não me parece a melhor das condolências. Mesmo assim continuei a aplaudir quando todos na sala também aplaudiram. 

Cheguei em casa, aqui na internet, já que a minha vida social é um fiasco mesmo que tenha melhorado nos últimos meses, e comentei essa cena. Fiquei assim, meio idiotizado com o luto do professor. É uma coisa que toda razão que houver não será suficiente para impedir que alguém chore ou tirar o direito disso fazer. Também dá para perceber que continuo com medo da morte. 

Eu sou tão rude com a minha mãe, que é tão afetiva e sentimental, e meio secão para com o meu pai, com o qual eu tenho uma boa relação, mas ficaria melhor se nós dois não ficássemos constrangidos para abraçar um ao outro, se eu tivesse coragem para tomar essa iniciativa. Fico pensando, acho que vou me arrepender muito, vou sofrer bastante se um dia eu não conseguir dar um abraço como eu acredito que filhos devem dar nos pais e não for mais doce e cândido com a minha mãe, meus abraços são tão mecânicos. Vou me arrepender por uma certeza me impedir isso, a morte de alguns de nós três.

Ao final da sessão paguei R$10,00 com o cartão de débito do meu pai em um ovomaltine do Bob's, empresa negociada em Wall Street por gente com a índole mostrada no filme. Aproveitei para, como nos outros dias do mini-curso, observar o menino do semestre anterior e seus cachinhos cor de mel. Ele conversando com os amigos dele dá uma vontade de beijar a boca dele. Diferente do menino felpudo da lógica, não boto lá grande fé que ele seja gay e apesar da nossa diferença de idade ser provavelmente 1 ou 2 anos, me sentiria meio papa anjo pegando ele e de anjo ele já tem os cachinhos. 

Bem, fui embora, ele ficou ao lado da escada rolante esperando os amigos, eu desci, se eu tivesse uns óculos escuros eu poderia descer de maneira mais seduzente. Lá embaixo olhei para cima, ele me olhava e eu sorri, não que eu seja gatinho com essa barba por fazer e essa gordura que vai se acumulando na barriga. Feito o sorriso e perdido o contato visual a carência outra vez reinou em meu coração. Serviu de consolo saber que pelo menos o copo de ovomaltine grande do Bob's encaixa perfeitamente no porta-copos do Voyage.

Peixos, me liga, no Infinity,.

sábado, 2 de outubro de 2010

Revendo os conceitos sobre Marina Silva

Ontem o meu amigo me enviou via Twitter um link para uma entrevista que a Marina Silva deu ao Portal Mix Brasil. Precisei rever meus conceitos sobre a candidata por quem até então eu tinha anti-patia. Marina Silva foi clara e objetiva e disse que terá compromisso com as minorias e com um Estado laico. Em outras palavras, a presidenciável disse que é favorável entre muitas até mesmo ao direito dos homossexuais adotarem criança, simplesmente porque para ela a prioridade é a criança e tirá-la do abandono, e favorável às cirurgias de mudança de sexo. Disse também que não é favorável ao Governo financiar a parada gay, eu também não sou.

O que levou o amigo a enviar o link foi o debate que tivemos no Twitter, logo após o debate presidencial, sobre Marina Silva e Dilma Rousseff. Eu tinha até então, como eu disse, anti-patia pela Marina Silva em virtude da interpretação a respeito das idéias dela em relação às pessoas LGBT'S dadas em maio/junho, que até comentei aqui e muito empolgado diga-se de passagem achando que ela estava sendo necessariamente, por assim dizer, gay friendly.

Bem, nas declarações de maio/junho me incomodou Marina Silva dizer que era favorável a união civil de bens apenas, mas contrária ao casamento por achá-lo um sacramento religioso para homens e mulheres, apesar que no Brasil existe o casamento civil sem vínculo algum com as concepções religiosas que é o que a minha utopia, o Estado laico, deve possuir. Me incomodou também ela dar como sugestão para decidir sobre as questões do público LGBT, que ela demonstrou não conhecer assim tão a fundo naquela ocasião, um plebiscito a exemplo de outros temas como legalização de narcóticos e aborto. Me incomodou porque não se faz plebiscito para que o todo de uma sociedade decida os direitos de uma minoria, que além de ser minoria, é no mínimo não compreendida por essa sociedade.

Criei minha anti-patia por Marina Silva e passei achar ignorância, ingenuidade ou insensibilidade ver homossexuais, como esse amigo que me enviou o link, declarar voto na Marina Silva. Felizmente eu estava errado a respeito dela, que foi a única entre os três primeiros colocados a conceder entrevista para um portal LGBT para falar sobre o devido tema e dar respostas sobre tema de maneira clara e que concorda com o que esse público tanto quer. Declaradamente pró LGBT nessas eleições tivemos apenas o Plínio Arruda/PSOL. Existe também o PSTU e o PCB, mas equivocados ao meu por colocarem questões como homofobia e racismo como problemas causados pelo capitalismo, coisa que me pareceu no mínimo tendenciosa e acima de tudo, mentirosa, veja Cuba.

Estou encantando com Marina Silva e decepcionado com a Dilma Rousseff, que continua sendo a minha candidata. Decepcionado com a Dilma Rousseff em virtude de sua alienação aos grupos religiosos, isto é, ela assinou compromissos e escreveu cartas ao "povo de Deus" se comprometendo a não tomar iniciativa sobre assuntos considerados tabus, deixando ao critério do Congresso. Me irrita porque o PT vem se prostituindo, como os cristãos gostam de falar e classificar tudo, mas se prostituindo com os próprios cristãos e outras porcariínhas como o PMDB.

O que me leva a continuar meu voto na Dilma Rousseff são os seguintes fatores. Primeiro, eu não voto na pessoa e sim no partido e no programa que ele propõe, nesse critério o PT tem um longo histórico com minorias como LGBT's, as vezes dá umas pisadas de bola é verdade e faz menos do que poderia, mas que ele tem esse compromisso e pessoas ligadas a essas causas não é possível negar.

Segundo, não gosto e não confio no PSDB, porque eu tenho como principio votar contra esse partido que é onde certamente onde está a maior parte das pessoas que são contrárias aos LGBT's por motivos diversos ou que simplesmente acham o assunto uma questão menor. Não que o PSDB ou alguém de lá não vá fazer algo pelo público LGBT, mas essas possibilidades são bem menores se comparadas aos partidos ligados aos movimentos sociais.

Terceiro porque um eventual governo de Marina Silva não vai conseguir governar sem alianças políticas e certamente vai precisar de alianças com partidos como o PSDB, que não só não está muito preocupado com os LGBT's - coisas que aliados do PT como PRB e PP também não estão - mas tem outros principios econômicos, sociais e afins que é o principal motivo de minha aversão aos tucanos.

Bem, é isso, mas antes de encerrar preciso ponderar que eu gosto de escrever sobre política, mas sempre que escrevo sobre o tema já imagino uma pessoa em especial que vai comentar aqui. Ela sempre comenta quando escrevo sobre política e apenas sobre isso. Os seus comentários sempre confrontam como que eu penso, o que torna complicado ter alguma simpatia por ela. A pessoa acha que o que me incomoda é alguma inabilidade que eu tenho para receber críticas ou lidar com quem pensa diferente. Mas o problema não é esse, porque se fosse eu teria para com as outras pessoas que pensam diferente de mim a mesma indisposição que tenho para com essa pessoa em questão. Bem, eu não tenho e o Twitter foi um exemplo disso onde eu debati sem me alterar com o amigo marineiro.

É bem suspeito eu falar e isso porque nem tenho porque escrever já que o que ponho aqui é para os outros lerem e comentarem, mesmo quando discordarem de mim. Acontece que eu acho que a pessoa em questão, que vai saber que o recado é para ela, precisa saber o que eu penso já que quando vem comentar noto não só um jeito irritante, mas muitas expectativas que ela faz ao meu respeito que não condizem com a verdade.

Pois então meu caro, o problema não está comigo, mas no jeito que você tem para colocar suas opiniões. Já que você acha que a autocrítica é importante e faz bem, comece por você e procure se avaliar para quem sabe assim você notar em você tem um jeito pedante de se comunicar, no qual você coloca sua opinião como a única verdadeira e coloca as pessoas como menos preparadas para emitir a opinião delas, tomando em muitos casos concepções que não só são suas, mas que você acha que as pessoas têm necessariamente. Ah! Por fim, não adianta mudar de nome quando comentar aqui, preciso ser muito tapado para não perceber que é você quem escreve.

Aos demais... peixos, me liga.