sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Escrevendo outra vez

Olá pessoas, aqui estou eu escrevendo algo para vocês lerem. E daí que o quê eu escrevo seja mais do mesmo, que seja enfadonho se pelo visto vocês não acham isso  não é? Até mesmo porque enquanto eu acho isso chato vocês estão aqui lendo e comentando.

Mas vou confessar… mesmo que eu ache o que meus colegas blogueiros escrevem mais interessante e melhor redigido eu escrevo porque eu gosto de escrever. Não sei qual o nome da região do cerebro e nem da substância que ele libera, mas ver o cursor do mouse se movimentando da esquerda para direita a cada segundo e ouvir esse tec tec tic tac tec do teclado faz com que eu sinta recompensando.

Enfim, escrever me dá prazer e acho de agradável estética ver as letras formarem palavras, as palavras sentenças e as sentenças parágrafos. Aliás, outra coisa que eu acho bonito é ver os parágrafos separados entre si pelo enter. E quando mais eu digito assim, mais com vontade de escrever eu sinto e me empolgo e acho lindo e fico satisfeito e não presto atenção. Por isso relevem como sempre os erros de concordância e gramática certo?

Mas não estou aqui para falar sobre os meus orgasmos editoriais (nem sei se essa palavra se aplica para o meu caso e deixa porque é licença poética e eu posso então). Estou aqui para falar que não aconteceu nada, absolutamente nada de interessante durante essa semana. Ninguém me cantou no MSN, ninguém me adicionou no MSN, eu não fui lugar que não fosse Universidade algum.

Ah sim! A Universidade foi um porre, assisti uma palestra por dia, em todas eu fiquei entediado, em todas eu olhava as panturrilhas peludas dos meus colegas, em todas  eu olhava mais para os meninos bonitos que passavam pela minha frente e olhava para os seus dedos, procurando algum anel de compromisso, casamento ou simplesmente para especular o tamanho de seus membros através deles.

Mas teve coisas interessantes? Acho que andar do ponto de ônibus até o centro de eventos debaixo daquela chuvinha fina foi legal. As gotas geladas geram um desconforto mas é bom, é bom porque a pele funciona, é bom porque está chuvando e eu prefiro chuva ao invés de Sol. Chuva é umidade para minhas vias aéreas, meus olhos, é água nos rios, nas hidrelétricas, no medidor de água, garantia de safra. E também acho que eu fico bonitinho, fofinho, quando me fico um pouco molhadinho de chuva. Sei lá, talvez alguém fique com dó de mim e queira me secar e ver o que eu vou fazer logo mais a noite.

Na verdade não teve nada de interessante, aliás, as coisas estão mais tensas. Minha mãe briga comigo porque eu não guardo minhas roupas na hora que ela quer e sim na que eu quero e eu falo alto mandando ela parar de gritar porque vizinho não tem que ouvir.

E ela grita, desnecessariamente grita, por coisa desnecessária e eu digo para falar baixo e ela gritando para vizinho ouvir que sou “um um um um” vendo que o um dela não saí, mas sabendo o que ela quer dizer eu pergunto berrando e dessa vez querendo que vizinho escute “Um quer que eu grite para eles ouvir? [com muita vontade de falar viado que dá e recebe cu]” e ela responde um preguiçoso engolindo seco.

Enfim, minha mãe é complicada. Ela é orgulhosa, ela acha a homossexualidade uma aberração e apesar de dizer que não tem preconceito, ela se sente muito superior a quem é. Ela se arrepia, amarga só de pensar que o filho dela é uma palavra que ela não gosta, gay! E gosto de ver na sua cara medo por temer que eu diga aos outros que o filho dela que se acha muito boa é um viado.

Essa não é a solução dos problemas existentes na relação com minha mãe, que penso ser muito reguladora, vaidosa ao ponto de ser pouco prática, muito menos crítica, apenas desnecessariamente liturgica. Mas é isso que eu sinto, irritação para com esse comportamente da minha mãe e sentimento de recompensa quando eu ameaço a dizer a ela o que ela quer dizer a mim.

Esses são meus podres… podem vaiá-los… mas isso sou eu.