Enfim, de volta a Universidade. Lugar abençoado, moradia do conhecimento e da ciência. Reduto de crítica e reflexão e o melhor de tudo, a internet atinge 1Gbps.
Apesar dos exageros, a Universidade é um santo remédio para apatia. Melhorei bastante, emboré continue apático. As discussões, as novas idéias e os compromissos, bem como as pessoas acabam sugando alguma atenção por parte da gente.
Me Incomoda saber que percebem minha apatia e vão eles perguntar “Que cara é essa?”, “Está entediado?”. Bem melhor sem sombras de dúvidas do que me perguntaram esse final de semana no interior “Comeu bosta foi?”.
Universidade é uma coisa que reacende a gente. Faria nutrir esperanças se já não fosse a descrença, meu modo de me defender das quebras de expectativas.
O rapaz cheira bem, é bonito, tem dentes lindos, é comunicativo e se tudo der certo vai pegar carona conosco nesse dia da semana. O que desperta ainda mais as fantasias são os pêlos e o semblante que lembra o falecido.
Para quem não sabe ou não se lembra, Falecido foi um sujeito peludinho, simples, tímido e o principal, lindo que encontrei lá na Universidade. Não é que ele seja falecido, mas prefiro tratá-lo assim e enterrar junto sentimentos que ainda nutro.
E daí que embora esteja muito vivo, ainda bem, o Falecido não vai ressuscitar e o novo gatinho com duplos brincos na orelha provavelmente é heterossexual e mesmo que não for, eu não vou ter coragem de descobrir e se descobrir ele não está nem aí para mim.
P.S.: Meu vizinho ouvia essa música enquanto eu digitei boa parte desse texto. Não é nada inspirar, mas a minha arrogância pseudointelectual torna essa música aqui um artefado imbuído de humor.