terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fim de semana doido.

Saí sábado para conhecer novas companhias, resta saber se agora será possível sermos amigos, apesar de algumas pequenas más impressões e diferenças nos modos de pensar, agir e no que se têm como objetivos de vida. Mas não posso negar, foi divertido, apesar dos receios que me acompanharam por muito tempo, um deles era o da lei seca já que eu havia bebido e isso traria consequências não só jurídicas como domésticas se eu fosse pego por ela. Outro receio foi o de algum semáforo se fechar e algum travesti alcançar nosso carro depois que as caronas, inconseqüentes e guiadas por um motorista indeciso, o tivessem cantado.

Para minha sorte e para o perigo da sociedade não houve nenhuma fiscalização da lei seca e eu me saí safo, gíria de militar. Para minha sorte não levei no edí porque todos semáforos estiveram fechados mas nenhum travesti quis correr atrás de nós com uma giletchy ou um pedaço de meio fio.

Por um momento pensei que o carro fosse sujar, lá vai uma companhia vomitando cerveja depois que deu "onda". Tudo bem, querem "fumar", fumem, mas não me ofereça e não vomitem ou ameacem isso dentro do meu carro, KCT.

A noite teria mais graça e uma coisa me deixou puto de verdade. Um cara da mesa ao lado bebeu demais e começou a ficar falante, começou a dar em cima das garotas desacompanhadas. Em um instante cantou uma moça que respondeu beijando a namorada. Pronto, foi o suficiente para o cara fazer uma comotion. Bêbado e com a sexualidade mal resolvida calado é o que ele não ia ficar. Começou a chamar as meninas de putas, sem vergonha, disse que só não batia nelas porque a Maria da Penha defendia e queria ver se tivesse homem naquela mesa para fazer ele calar. Ter até tinha, mas digamos que eles era gays e quase umas moças.

Mas fiquei putaiado, o indivíduo bebe, canta grosseiramente todas as mulheres, que se vissemr a ogrisse dele já tinham motivo suficiente para fechar a cara, e ainda temos que aguentar ele ofender toda irmandade, falar da honra das meninas sem ao menos conhecê-las e como se a questionável heterossexualidade dele fizesse dele melhor que os gays que ali estivessem. O dono da budega demorou, tinha que ter tocado o cara que, do fundo do meu coração, tomara encontrar um viado desses de academia para xingar e depois ganhar dele uma fratura exposta.

Bem, no domingo rolou o segundo encontro da Igreja Inclusiva, me perguntaram se eu ia aceitar Jesus. Fiquei num misto de irritação com vergonha. Pedi para todo mundo sentar e disse que não sei bem o que isso quer dizer, mas eu assumi uma postura muito crítica em relação a religião e a Deus e que agora não tenho "o fogo chamado fé aceso dentro de mim", que em linguagem corrente significa ser ateu. Bem, eu entenderia isso pelo menos. Disse que estava ali fazendo minha parte, conhecendo-os, em que eles acreditam e para deixar acontecer. Eles disseram tudo bem e que era eu deixar o Senhor Jesus agir, que seja feita vontade dele e que isso é com o tempo. Eu disse Amém! Na verdade eu queria rir.

Mas gosto das pessoas da Igreja Inclusiva, vai dar para fazer boas amizades por lá eu espero.

Na verdade queria mesmo era falar sobre as resposta aos emails que enviei ao IBGE, ao Grupo Gay da Bahia e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos contendo respostas as minhas indagações sobre o motivo para não se perguntar no Censo 2010 a orientação sexual dos indivíduos. Tudo bem que eu esteja equivocado achando que seja importante dar o direito a quem quiser responder a sua orientação sexual, mas se fosse uma resposta fundamentada eu aceitaria.

Enfim, é o que tem para hoje (Dormi e acordei Paulo Bratchyni).

Peixos, me liga.

P.S.: Pimenta, o Tumblr é um serviço de emails, assim como o Blogger e o Wordpress, mas ele tem uma layout e se baseia em um conceito diferente, do tipo, pequenos posts, assim como o Twitter, mas sem limite de caracteres e com a possibilidade de postar multimídia como fotos e vídeos.