quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Papa Francisco de mentirinha

Não existe nada de renovador no Papa Francisco, muito menos no que ele pensa a respeito de homossexuais. Ele continua sendo o representante de uma instituição retrógrada como ela sempre foi. Não existe motivo para que ele seja considerado novo, muito menos ganhe crédito dos homossexuais. Ele apenas repetiu coisas que a Igreja Católica já dizia: “amamos os gays”, “aceitamos os gays”, porém do nosso jeito e do qual nenhum homossexual sai ganhando em respeito, igualdade e dignidade. 

O que o Papa Francisco chama de lobby gay, e despreza, é toda manifestação que este segmento da sociedade, os homossexuais, tem feito para ganhar visibilidade e avanços cívicos. É conveniente ao líder da Igreja que estes movimentos acabam, uma vez que eles confrontam e fazem críticas aos conceitos, às concepções morais arcaicas, entre outros aspectos aos quais esta instituição tanto defende. É o referido lobby gay que tem feito muitas pessoas questionar os princípios e a coerência no pensamento religioso católico e em muitos casos abandoná-lo. 

Francisco é o mesmo cardeal argentino que por questões religiosas se opôs ao casamento civil igualitário naquele país, demonstrando prepotência e desprezo ao principio do Estado Laico vigente naquele país. Além disso, Francisco fala de homossexuais e dignidade para eles, mas porque afinal de contas aproveitou a ocasião no Brasil para exigir uma lei que puna crimes de ódio contra este grupo? Isso não seria nenhuma utopia já que é coisa que outros segmentos da sociedade já possuem. Por que não chamou para esclarecimentos teólogos de sua denominação com princípios reacionários, muitas vezes hostis aos homossexuais. 

 O Francisco humanista e renovador pintado pela grande imprensa e uma massa de católicos românticos é uma farsa. É uma estrela pop do museu de novidades católico/cristão. Só não entende isso quem prefere acreditar neste endeusamento sem crítica, quem se recusa a olhar de maneira mais ampla, porém aprofundada, sobre as questões às quais o líder católico tanto ousa, sem razão, advogar. Francisco não é e nunca foi “gay friendly”.