Existem algumas músicas que ouço incansavelmente quando descubro que elas existem. Algumas dessas músicas não são novas e estão lá na biblioteca do meu PC a certo tempo. Outras não estão como é o caso de Não é Proibido da Marisa Monte.
Achei a letra ótima. Tem nela uma vibe, créditos ao Gato de Cheshire, meio pedofila na parte que fala de doces e diversão caso a minha suspeita de que a música esteja falando na verdade de suruba seja... verdadeira. Tudo bem, viagem, viagem.
Bom, mas o reforço nos graves são bons, eu adoro o som do contrabaixo porque ele torna a música gorda. E a bateria atiça um desejo de sair requebrando com os braços para cima igual aquele jacaré do Pica-Pau. Qual o nome dele? Foda-se.
Essa noite eu sonhei que no Brasil existia Maglev saindo da minha cidade e indo a vários outros lugares do país, onde mora gente que eu gosto, mas que não conheço e mesmo assim tenho saudade. O melhor era que a passagem custava mais barato do que uma tarifa de ônibus coletivo daqui. Isso sim era utópico.
Para quem não sabe Maglev é o trem magnético, ele não tem rodas e se desloca sobre trilhos magnetizados. A promessa é que ele chegue aos 8000Km/H, mais rápido do que os 2500Km/H do Concorde (in memorian), e tornando raquitico os 850 Km/H da aviação comum.
Por enquanto o Maglev está longe de atingir seus 8000Km/H, ele só vai até 550 Km/H, mais rápido que o TGV da França, ou os 180Km/H que um motor 2.0 atinge facilmente na rodovia quando dirigido por um inconsequente.
Outra vantagem do Maglev é que ele operacionalmente é mais barato do que avião, trem comum e ônibus. Muito melhor do ponto de vista ecológico e mais seguro porque não descarrila. Porém ainda tem muito que evoluir e a instalação é cara.
Bom, mas porque eu estou falando do Maglev? Claro, penso que ser o Brasil um dos pioneiros no desenvolvimente dessa tecnologia nos traria muitos avanços, mas o principal não é esse.
Essa noite eu tive um sonho. Sonhei que todos solitários como eu tinham o Maglev a R$2,25 para ir pela manhã a qualquer lugar do Brasil e a noite estar em casa para ir a Universidade.
Ultimamente tenho me sentindo um sujeitinho tão brega, tão idealizador. Mas tá bom, é até engraçado parafrasear um dos sujeitos que mais admiro e que certamente fazem falta ao Mundo.
Falando em direitos humanos, quero revogar o seguinte artigo do Estatuto do Homem:
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Quem escreveu isso nunca morou em Goiânia, não sabe o tão desagradável é dormir em uma noite quente enquanto que durante o dia sua pele queima e seus olhos e nariz estão a arderem. Manhãs cinzentas de terça-feiras, ainda mais se forem úmidas, são perfeitas por aqui e domingos ensolarados verdadeiros infernos. Pelo menos durante agosto.