Ok, quero conhecer pessoas e ser amigos delas. Tenho medo da solidão, fico me sentindo vazio e irrelevante em qualquer noite por causa disso. Para mudar eu tenho feito alguma coisa e me parece que aos poucos eu vou conseguindo essa realização. Certo está que eu poderia ter feito isso a mais e tempo e estar num processo mais acelerado, ter inúmeras amizades, estar conhecendo pessoas e combinando coisas para fazer junto a elas. Mas nem tudo decorre como acho que deveria acontecer, o marasmo é uma constante não da vida, mas da própria pessoa que sou.
Sábado teve churrasco lá com as pessoas da Igreja Inclusiva e minha vontade era a de não ir. Provávelmente o churrasco teria aquele jeito neopentecostal deles orarem e eu preciso agilizar a leitura para escrever minha monografia. Acabei indo e as pessoas de lá são legais, deu para rir constantemente e falar da minha sexualidade sem constrangimento como rara vezes falo pessoalmente a alguém. Porém, como eu já falei, elas acreditam em algo em que se eu voltasse a acreditar, seria o mesmo que um retrocesso para mim. Sim, eu acho que acreditar em um Deus, ainda mais no cristão, é um grande retrocesso. Sem contar que acreditar em Deus, Bíblia e arrebatamento não é algo que dependa da minha vontade, como por muito acreditei. No fundo eu acho que ali na igreja inclusiva eu não estou explorando todo meu potencial para selar amizades e no fundo, apesar das ressalvas não tão claras que eu fiz a eles, eu me sinto um estranho ou um invasor sem propósito. Sem contar também que nessa história toda não me vejo de outra forma a não ser a de uma caricatura ridícula.
Tudo bem, potenciais amigos "laicos" já encontrei, mas não me parece que será tão fácil assim ter alguns deles ao ponto de falar que eu sou plenamente satisfeito com amigos. que eu ei de ter. Aliás, não existe nada na minha vida que me deixe plenamente satisfeito. Por fim, falar assim parece que coisifiquei as pessoas e elas me são um objetivo a ser conseguido tanto quanto uma casa da década de 1940 ou um Pálio 1.4, para começar é claro.
Tenho algumas lições por fazer, não sei como e quais. Acho que uma hora qualquer encontro o meu jeito de resolvê-las, mesmo que eu não perceba na hora. Quem sabe falta vivência e tudo mais.
Aqui na Universidade, estou postando de um computador do laboratório da Biblioteca Central, fiz alguns colegas. Um deles é um roqueiro que ouve Tristania, Lacuna Coil, Opeth, Rammstein, e um monte de bandas que já ouvi e não ouço mais porque já enjoei delas e do estilo. Esse colega roqueiro é além de tudo um presbiteriano e que acha a homossexualidade, ou homossexualismo nas terminologias dele, uma aberração, uma verdade devidamente amparada nos textos bíblicos que ele tanto confia.
Já discutimos algumas vezes sobre moral, bons costumes, sexualidade e zaz. Ele, é claro, nunca cedeu a opinião, eu também não, e nessas discussões pela energia com que eu discutia o tema devo ter deixado algo subentendido, mesmo que não fosse minha intenção, e que nunca me preocupei em combater. Ótimo, e lá estou eu twitando sem papas na língua, falo sobre a minha mãe que começa a chorar desesperadamente porque eu vou sair com as pessoas que conheci primeiramente através da internet e que ainda por cima são gays. Uso a expressão "amigos coloridos" me referir a eles e lá vem o colega roqueiro pedindo para eu explicar o que vem a ser esses amigos coloridos. Eu respondo que é justamente o que ele está pensando e recomendo a ele que não conte a ninguém. Bem, daí que acho isso uma graça, polemizar na faculdade.
Já a mãe, está na hora d'eu ser mais sincero para com ela e dizer que nem sempre eu vou ao cinema ou coisa parecida e que muitas vezes eu vou encontrar pessoas, assim como eu, homossexuais. Minha mãe faz uma comoção, para mim irritante e sem propósito. Toda vez que digo que vou sair com pessoas com a sexualidade semelhante a minha ela começa a chorar a ponto de me deixar comovido e me sentir culpado por algo. Fico irritado, está na hora de assumir as consequências e dizer a ela que seu choro não vai me impedir de sair, apenas incentivar minhas mentiras, a falta de paciência que tenho - sim, eu percebi a antítese - entre outras coisas.
Bem, e cá estou eu, jamais tão evoluído como penso que deveria estar e com um longo caminho a trilhar. No fundo sou um grande mentiroso por covardia, daqueles que mente para adiar os problemas, mas jamais resolvê-los. Um grande filho da mamãe, uma grande filha virgem do fazendeiro diria a terapêuta.
Então, é isso.
Peixos, me liga.
Sábado teve churrasco lá com as pessoas da Igreja Inclusiva e minha vontade era a de não ir. Provávelmente o churrasco teria aquele jeito neopentecostal deles orarem e eu preciso agilizar a leitura para escrever minha monografia. Acabei indo e as pessoas de lá são legais, deu para rir constantemente e falar da minha sexualidade sem constrangimento como rara vezes falo pessoalmente a alguém. Porém, como eu já falei, elas acreditam em algo em que se eu voltasse a acreditar, seria o mesmo que um retrocesso para mim. Sim, eu acho que acreditar em um Deus, ainda mais no cristão, é um grande retrocesso. Sem contar que acreditar em Deus, Bíblia e arrebatamento não é algo que dependa da minha vontade, como por muito acreditei. No fundo eu acho que ali na igreja inclusiva eu não estou explorando todo meu potencial para selar amizades e no fundo, apesar das ressalvas não tão claras que eu fiz a eles, eu me sinto um estranho ou um invasor sem propósito. Sem contar também que nessa história toda não me vejo de outra forma a não ser a de uma caricatura ridícula.
Tudo bem, potenciais amigos "laicos" já encontrei, mas não me parece que será tão fácil assim ter alguns deles ao ponto de falar que eu sou plenamente satisfeito com amigos. que eu ei de ter. Aliás, não existe nada na minha vida que me deixe plenamente satisfeito. Por fim, falar assim parece que coisifiquei as pessoas e elas me são um objetivo a ser conseguido tanto quanto uma casa da década de 1940 ou um Pálio 1.4, para começar é claro.
Tenho algumas lições por fazer, não sei como e quais. Acho que uma hora qualquer encontro o meu jeito de resolvê-las, mesmo que eu não perceba na hora. Quem sabe falta vivência e tudo mais.
Aqui na Universidade, estou postando de um computador do laboratório da Biblioteca Central, fiz alguns colegas. Um deles é um roqueiro que ouve Tristania, Lacuna Coil, Opeth, Rammstein, e um monte de bandas que já ouvi e não ouço mais porque já enjoei delas e do estilo. Esse colega roqueiro é além de tudo um presbiteriano e que acha a homossexualidade, ou homossexualismo nas terminologias dele, uma aberração, uma verdade devidamente amparada nos textos bíblicos que ele tanto confia.
Já discutimos algumas vezes sobre moral, bons costumes, sexualidade e zaz. Ele, é claro, nunca cedeu a opinião, eu também não, e nessas discussões pela energia com que eu discutia o tema devo ter deixado algo subentendido, mesmo que não fosse minha intenção, e que nunca me preocupei em combater. Ótimo, e lá estou eu twitando sem papas na língua, falo sobre a minha mãe que começa a chorar desesperadamente porque eu vou sair com as pessoas que conheci primeiramente através da internet e que ainda por cima são gays. Uso a expressão "amigos coloridos" me referir a eles e lá vem o colega roqueiro pedindo para eu explicar o que vem a ser esses amigos coloridos. Eu respondo que é justamente o que ele está pensando e recomendo a ele que não conte a ninguém. Bem, daí que acho isso uma graça, polemizar na faculdade.
Já a mãe, está na hora d'eu ser mais sincero para com ela e dizer que nem sempre eu vou ao cinema ou coisa parecida e que muitas vezes eu vou encontrar pessoas, assim como eu, homossexuais. Minha mãe faz uma comoção, para mim irritante e sem propósito. Toda vez que digo que vou sair com pessoas com a sexualidade semelhante a minha ela começa a chorar a ponto de me deixar comovido e me sentir culpado por algo. Fico irritado, está na hora de assumir as consequências e dizer a ela que seu choro não vai me impedir de sair, apenas incentivar minhas mentiras, a falta de paciência que tenho - sim, eu percebi a antítese - entre outras coisas.
Bem, e cá estou eu, jamais tão evoluído como penso que deveria estar e com um longo caminho a trilhar. No fundo sou um grande mentiroso por covardia, daqueles que mente para adiar os problemas, mas jamais resolvê-los. Um grande filho da mamãe, uma grande filha virgem do fazendeiro diria a terapêuta.
Então, é isso.
Peixos, me liga.