terça-feira, 24 de novembro de 2009

Não me pergunte que eu não sei

Eu leio, ouço, assisto muitas notícias sobre as mesmas e muitas coisas. Porém ainda assim me sinto desinformado, no fundo penso que eu não sei nada, que não entendo nada do que acontece. Não é humildade da minha parte dizer isso, é que acho que tudo que leio, ouço, assisto é pouco objetivo e quando não é tendencioso para algo que não gosto, acho ideológico, dogmático demais.

O presidente do Irã, que tem aquele nome estranho do qual não vou arriscar escrever aqui, veio ao Brasil e muita gente não gostou. Dizem que ele diz, porque eu nunca vi uma declaração completa dele e muito menos entendo a língua que ele fala, que ele enforca homossexuais, oprime mulheres, persegue minorias religiosas e nega o holocausto – que tem hora que eu não questiono se existiu, mas pergunto até quando os judeus são os coitadinhos tal as ações do Estado israelense deles com relação a Palestina.

Dizem também que ele é um ditador, tem um programa terrorista e que quer fazer armas nucleares. Se ele tem um bomba atômica, eu não sei, mas eu que sou cosmopolita e contrário as guerras me contradigo, para mim o Brasil também deve ter bomba atômica. Os EUA têm, ISRAEL tem, a China, a Índia tem, um monte de países. Mas não sei porque eles e nem nós, que precisamos pela diplomacia e é disso que eu gosto, não podemos ter se eles têm.

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Do fundo do meu coração eu tenho medo do presidente do Irã, tenho raiva também, me parece que ele faz no Irã o que os evangélicos querem fazer no Brasil e conseguem às vezes. Também me imagino dando cabeçadas no nariz dele, o presidente do Irã, ao ponto de quebrá-lo. Já me imaginei torcendo o pulso dele e dando joelhadas na mandíbula dele usando aquelas técnicas de Krav Magá.

Isso dá certo? Não, não sei. Mas que dá uma sensação de satisfação pessoa e elevação da autoestima dá, mesmo que seja só uma fantasia da minha mente fértil e entediada com os jornais.

Mas sabe, eu sou contra o Presidente do Irã, mas não me peça um argumento para tal profundo e bem elaborado, eu não tenho nada, a não ser a passionalidade do meu instinto de sobrevivência, conservação e solidariedade para os meus iguais em opressão e sexualidade.

Quer saber, para eu que nada sei, não fui a televisão falar nada, que acho que as faxinas “humanas” do presidente daquele Irã vão me afetar aqui no Brasil, que não escrevi e-mail para o meu deputado e acho que nossos jornalistas competente não conseguem, pelos seus variados, se não os mesmos motivos, informar, a passionalidade deve estar de bom tamanho para aflorar algum desprezo.

No entanto, vamos confessar também né minha gente! Nós adoramos frases de impactos, dizer que admiramos alguém falando altos elogios e pouco argumento. Criticar então nem se fala. Como eleva o ego dizer “eu desprezo fulano” ou dizer que tem uma opinião para tudo, igual Caetano Veloso.

Mas eu gosto disso, me faz sentir além de humano um tanto quanto vivo também!

Enfim, é melhor ouvir a Nova Brasil pela web e desligar a CBN no rádio.