segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Frustrado não dá para escrever

É isso, é frustração o que tenho sentido em todas essas semanas, inclusive na última e tão otimista postagem. Sim, ela realmente foi otimisma, mas o otimismo apenas superou momentaneamente um outro regime, um outro estado psicológico (me perdoem os psicólogos, um eu sei que lê isso aqui, se estado psicológico quer dizer outra coisa).

Na verdade no decorrer das últimas semanas eu me frustrei e então as coisas foram aumentando, as cobranças para cima de mim também. E eu refém do pensamento confuso, da incapacidade de constatar a situação naquele momento nada fiz, a não ser se deixar ser constrangido.

Bom, e os constrangimentos continuaram, inclusive quando tentei estender uma flor querendo reduzir a importância do que aconteceu a apenas mais um detalhe do passado, do que poderia ter acontecido e não aconteceu. Não deu certo e lá estou tentando me defender do que eu ainda não entendi o que é.

Isso me lembrou muitos conflitos que vivi nessas minhas exatas duas décadas de vida, entre eles o da sexualidade, na qual criei infantaria para atacar o quê precisaria de uma marinha. Exemplo idiota pegando o militarismo, coisa que eu não gosto, como embasamento.

E as coisas foram passando, chega um momento que eu não dou conta mais de aguentar tudo calado e sem querer fazer um desabafo conto a alguém como é que recebo e vivencio tudo aquilo. É sempre bom uma terceira visão, a de quem está de fora mas que a tudo vê, e que pode dar opinião tendo como base o quê não entendo.

Bom, ajudou muito para desencargo de consciência. Outra vez descubro que não necessariamente a culpa de toda infelicidade é minha. A minha resposta a tudo isso, bem, continuei minha política de me manter calado, mas do fundo do coração não é isso o que eu quero.

Continuo me sentindo acuado, sem direito de respostas e constrangido. Quero falar também agora que já entendo como vivencio essa coisa que tomou uma proporção maior do que imaginei e eu quis.

Bem, eu não vou mais chorar – e como tenho raiva de mim por ter chorado, ainda que em silêncio entre um sono, ou melhor, entre um sonho e outro – e continuarei calado, mesmo que eu tenha a necessidade de dar a dimensão de como foram as coisas para mim a outrem, enquanto não houver contexto ou se vier perguntar para mim.

O que lamento é que não sinto mais estimulado para conversar, não tenho mais aquele empenho e as falas daquele que me diz para mim se tornaram sempre enfadonhas, idiotas, inobjetivas e talvez inconvenientes. É como se eu tivesse perdido algo e dor de cotovelo eu tenho por ficar tirando conclusões do tipo “nem está se importa comigo” ou “não sou nada de novo”.

Eu sempre digo que o tempo é o senhor da razão e que a tudo resolve e continuo rogando por isso. Quero que ele, que na verdade sou eu com meu processo de amadurecimento, dê um jeito para que as coisas se tornem como eram antes. Tá bom, eu estou querendo demais, quero apenas que a frieza se acabe e as coisas não sejam cordiais apenas por diplomacia.

Sobre o perdão que já escrevi nesse blog, bem agora eu não consigo dar, mas darei em breve, assim que o tempo achar por melhor. Se é que tem alguém que pensa que me ofendeu e tanto faz para ela se ofendeu ou não para querer meu perdão.

Bom, por hoje é isso, um desabafo delongado, ainda que parcial, sobre uma coisa que me faz sentir desnudado, embora não seja tudo o que eu queira dizer, para alguém aí para qual considero mais certa a possibilidade de a isso não ler. Ainda bem se for realmente isso!