O final de semana foi divertido, viajei para Brasília com algumas pessoas da igreja inclusiva. Fomos para o aniversário da sede da mesma, que fica na capital federal. Corri para não chegar atrasado à casa do presbítero, acabei ficando suado, mas cheguei na hora. Tomamos chá de cadeira de uns 40 minutos esperando as outras companhias chegarem. Bem, subimos para a capital federal, apesar do calor e de mim ser o único solteiro e a fazer a linha vela naquele carro, vela não, tocha. Ficamos perdido quando chegamos por lá, eu não ajudei, pois afinal de contas para mim para quem vem de Goiás o melhor caminho para ir até o Conjunto Nacional é o Eixo Monumental, eu nem sabia da possibilidade do Eixo W Sul.
Brasília estava bonita como sempre, o Plano Piloto pelo menos, por mais que sejamos bairristas. É um lugar lindo. Meio artificial? Mas que tem muitos significados e os muitos símbolos de todo uma nação. Brasília é simplesmente fantástica. Não tanto quanto a hospitalidade das pessoas que nos receberam e o envolvimento que tivemos depois. Lembranças cujas músicas mais aleatórias que enredaram alguns momentos trarão à mente.
Ruim foi dormir, namorado do amigo ronca e eu usei como estratégia ouvir música no MP4, afinal de contas Nenhum de Nós é melhor do que os "sons da respiração" dele. Pena que a música no MP4 atrapalhava as outras pessoas no ambiente que, crentes de que eu havia dormido, me foram tirar os fones e desligar o aparelho. Conseguiram me acordar e me assustar, mas eu desliguei o aparelho e continuei insone por causa do rapaz. Quem mandou e quem colocou os colchões tão próximos? Toda hora ele jogava os braços em cima de mim e eu empurrava ele para o canto, na direção do amigo, conotando todo constrangido em Cristo, é ele quem você tem que jogar os braços em cima e "respirar" no ouvidinho. Coisa estranha, o sono foi picotado, a cada hora que eu conseguia dormir algum telefone celular tocava, havia oito aparelhos ali, o último foi o meu, às 07:30 da manhã, era um número desconhecido e pelo prefixo, há de ser da Vila Bandeirantes, em Goiânia.
Eu incentivando a cultura popular brasiliense.
Almoçamos na Antena de TV, depois de um rápido tour pela cidade, de olhar alguns gatos. Ah! Esses não tinham muito por lá, só os de um grupo de natação de Goiás cujos lindos adolescentes, graças ao bendito calor, tiravam as camisas e mostravam os seus jovens corpos morenos e malhados. Nota mental: se inscrever em um curso de natação. Voltamos para Goiânia e eu fui na fé de que a noite, lá na igreja inclusiva obtivesse uma resposta por parte do rapaz felpudo. Não deu em nada, a única coisa que tirei é que parece que as pessoas estão contando com uma conversão da minha parte e eu estou começando a me sentir pressionado.
Não é bom, me tornei ateu em um processo e mesmo que se eu quisesse acreditar, o que não sinto nenhum pouco motivo para tal, eu levaria provavelmente um tempo para isso, um processo. Bem, se isso continuar incomodando, irei falar. Se for necessário que eu tenha alguma crença assim para que eu esteja presente ali, naquele ambiente com aquelas pessoas, o jeito será sair de lá, por mais dolorido que possa ser, talvez.
Bem, mas o menino felpudo, levou um amigo para apresentar a Igreja. O amigo tem queda por outra pessoa, inventei pretexto e me convidei para ir com eles ao Banana Shopping (pseudo-shopping mas francamente gay). Eles foram para lá para comer e não comeram. Me senti indesejado ali, indesejado no sentido de que os dois queriam ficar sozinhos e não queriam conversar comigo. O menino felpudo a principio iria embora sozinho e eu ofereci uma carona até o ponto, ele voltou atrás e decidiu acompanhar o amigo mais um pouco.
Esperava que ele fosse falar no assunto, mas para isso precisaríamos ficar sozinhos e sozinho comigo era tudo que, pelo que deu para entender, ele não queria que ficássemos. E se sentir indesejado em algum momento é péssimo, é algo que não relaaaaaxa a gente, pelo contrário. Dirigi pelas ruas de Goiânia sentindo uma nostalgia em relação as largas avenidas de Brasília e ansioso, andando em velocidades maiores do que a conta toda vez que lembrava do fiasco no shopping.
Bem, daí que não vou correr atrás. Daquele mato não saí coelho e esperava que a constatação não fosse tão constrangedora assim. É frustrante, dizer que eu não tenho vontade de insistir mais um pouco é mentira. Tenho sim, porém é tudo uma incerteza e mostro meu valor as pessoas mostrando que não vou largar tudo por causa das incógnitas de outras, pois assim eu me dou valor e posso agarrar outra oportunidade que surgir. Se ele quiser depois, o que acho que não tem grandes chances de acontecer, ótimo, eu me entrego, se até lá não tiver nada sério com ninguém. Agora na estrada dei seta para direita e estou deixando o caminho livre para os outros.
Triste e chato. Queria utilizar o blog para criticar algumas coisas, tipo o artigo sobre a PL 122/06 publicado por aquele babaca do Reinaldo Azevedo, que alguém provavelmente irá comentar aqui defendendo-o e me criticando como se eu tivesse perguntado a opinião, ou o do Marcos Vianna na O Provocador, publicado no R7, dizendo que bullying é normal e faz bem para saúde. Mas deixa para lá.... depois que resolver essa vida pessoal talvez eu vá dar meus pitacos sobre política, comportamento, sociedade e tudo mais.
Bem, é isso, peixos, me liga.