sábado, 18 de julho de 2009

Não era Influenza A

Maldita gripe. Começou na terça-feira quando disse a minha mãe que ia ver a Vaca Profana na casa da avó dela, quando na verdade eu iria a um lugar com dois amiguinhos. Com a minha mãe é assim, temos que mentir se não quisermos brigar ou deixá-la falando sozinha. Na terça-feira foi um mal estar, na sexta até piscar os olhos me doía.

Nada que um prontossocorro não resolva. Insuportável foram aquelas enfermeiras e o enfermeiro, que por sinal era gatinho, lá na classificação de risco fazendo aquelas típicas perguntas para as quais eu dizia não. Porra! Eu não estava com gripe porcina. Depois para piorar eles ainda soltam a que o ministro disse, o H1N1 já está circulando sem controle no Brasil e todo mundo é suspeito até provem o contrário.



Eu não estou com influenza A, foi o que deu para notar pelo fato da médica não falar qual o diagnóstico para o meu caso, apenas que minha garganta estava cheia de pus, deu para notar pelo gosto horrível na minha língua.

E lá vai o voltaren na bunda, doeu um pouco, e ainda doí. Que eu lembro doía mais. Ficaria tudo bem se fosse só o voltarem. Porém teve a parte da dipirona na veia do braço esquerdo. Confesso que foi desagradável ver aquele "cacete de agulha" se mexendo dentro do meu braço e eu perdendo os sentidos enquanto dizia mentalmente no pouco de consciência que me sobrava:

Não dá vexame! Não dá vexame! Não dá vexame porra! Contorna! Contorna!

Parece que na hora apareceu um:

"Sua consciência.exe parou de responder e será reiniciada. Deseja avisar sua mãe sobre isso?"

Não avisar - Avisar

Eu contornei ao dizer "Moça, estou um pouco tonto, posso continuar sentado aqui?" e a enfermeira responde angelicalmente "Claro, a dipirona faz isso mesmo, eu mesmo não aguento." E então fico lá respirando, sinto uma gotinha de suor descer pelo meu rosto já aparelho no espelho. Sabe aquela carência homoafetiva? Ela veio tão avassaladora quando lembrei do policial da guarda municipal que estava lá fora. Um leve nó na garganta.

Talvez seja carência homoafetiva também, só sei que hoje estava olhando pela enésima vez o vídeo da edição brasileira sobre a homofobia baseado no Foda-se da Lilly Allen e comecei a reparar as pessoas que aparecem no vídeo. Quanta gente bonita. Mas esse rapazinho da foto aí é muito gatinho.



Adorei essa cara dele de sou nerd, mas não sou virgem e sou sarcástico. Ele é muito gatinho, só que com eu pressinto um monocromático evoluído (não homofóbico e sem preconceitos) apenas.