Eu sei das minhas limitações, inclusive a de reconhecer as minhas próprias limitações. Com base nessa consciência é que eu formulo minhas ideias. Quando dou minhas opiniões minha intenção é convencer é lógico, mas em hora alguma impor o que penso como verdade absoluta. Primeiro porque verdade absoluta não existe na minha concepção. Segundo porque parte dos meus problemas são aqueles que acreditam serem donos de verdades absolutas, Silas Malafaia que o diga.
Meu blog é o espaço que criei para manifestar minhas opiniões e bobo são aqueles que pensam que eu tenho compromisso com a imparcialidade. Ler minhas opiniões nesse local, bem como comentá-las, é facultativo assim como concordar com elas. Por causa disso consigo lidar muito bem com aqueles que discordam de mim, mesmo que a opinião seja confrontante.
No entanto alguns comentários me deixa irritado, não porque o autor não concorda comigo, mas sim porque ele arrogantemente passa a desqualificar minha pessoa, de um jeito que me soa grosseiro inclusive, para fazer com que eu pense como ele e como se eu ou qualquer um tivesse essa obrigação.
Sendo assim, me incomodo com comentários como o deixado pelo Robert no texto sobre a revista Veja. No comentário vê-se que o autor não aceita que minha ideia seja diferente da dele, me descreve de um jeito caricato e lê o que escrevo sem fazer diferenciações entre o que eu penso e o que ele pensa.
Então o que eu tenho a dizer é que continuo não gostando da palavra conservador e seus derivados, pois não tenho referência alguma de coisas boas as quais ela esteja ligada. Além disso não é porque eu reprovo o conservadorismo que eu sou libertário, apesar do meu entusiasmo para com o significado da palavra e isso é uma conclusão dualista de quem comenta e não minha. Apesar que eu não tenho vontade de entrar para nenhum movimento social e por mais que eles tenham equívocos, não deixo de achar suas articulações válidas. Também sem essa história de “eu era de esquerda, hoje não sou mais e você também será assim”. Esse pensamento não é só clichê, é determinista, palavra que gosto tanto como gosto de conservador. Reconheço singularidade, tendências, mas não leis no que tange aos seres humanos.
Com relação a revista Veja, pode até ser uma evolução ela abordar a homossexualidade. Mas o jeito que ela escolhe para tal abre precedentes para novos estigmas e tem uma intencionalidade que para mim cheira manipulação mesmo. Além disso não é porque uma revista semanal não se aprofunda nas questões que a Veja pode fazer determinismos e mais do que isso, juízo de valores que existem descaradamente em suas páginas, embora não devessem devido a imparcialidade que ela promete. A obrigação nesse caso é reconhecer as limitações e articular os textos a respeito daquilo que se sabe, mostrando que naquela reportagem está se mostrando uma nova dimensão e não o todo de uma realidade.