A Marcha Nacional Contra a Homofobia em Brasília acontecerá no dia das mães. Ótimo? Não muito para mim, porque não tem um dia das mães na minha memória que eu não tenha passado com a minha mãe na casa dos meus avós no interior com o resto da família.
Até agora não recebi nenhuma resposta dos organizadores e isso complica a minha situação. Quanto mais em cima estiver, caso eu ganhe o transporte, mais complicado vai ser para convencer e deixar a matriarca, sempre ela, se acostumar com a idéia e aceitá-la.
Também complica porque, afinal de contas, a primeira ovelha colorida da família – sendo que existe uma segunda que ainda precisa se descobrir, se desabrochar, mas cada qual com o seu processo – que sou eu, além de quebrar a tradicional heterossexualidade da família, ainda por cima, pretende quebrar os tradicionais dias das mães debaixo das asas da avó.
Mas é isso, bater de frente com o mundo é preciso. Já não dá mais para abaixar a cabeça e ficar acomodado esperando o mundo mudar. Agora é escolher matar ou morrer. E quem vai mudar o mundo, o meu pelo menos, sou eu em pequenos exercícios como o de quebrar as convenções familiares.
Ai, eu estou sendo meritocrático? Odeio meritocracia, elas sempre disfarçam um problema mais sério. Bem, agora só resta saber se vai ter ônibus de graça para Brasília. kkkk
P.S.: Prezados, obrigado pelos comentários no vídeo abaixo. Sabia que ele seria comentado e que vocês o achariam um amor. Melhor ainda por cima é que eu fui desejado sexualmente por alguns, mas isso fica em off. Mesmo saber que se é desejado seja algo que infla o ego.
P.S.:² Pois bem, eu faço Libras há 2 meses mais ou menos e um pouco do vídeo é mais meus estudos independentes. Postarei, talvez, uma outra música em Libras. Não sei qual, mas se quiser sugerir. Só não me apareçam com pagode ou com funk. Yeshua.