Em Goiânia Inverno é a palavra que precede o Inferno. Embora o inverno só acabe oficialmente e em muitas cidades no Brasil lá no 22º dia de setembro, com o equinócio de primavera, em Goiânia o Inverno acaba sempre em julho. A partir de agosto começa uma quinta estação, o Inferno.
O inferno como o próprio nome diz, é um inferno, é insuportável. Por enquanto calor está fazendo só durante o dia, assim como no inverno. As noites ainda estão fresca e eu, ciente do que virá pela frente, sinto mais saudades dos 12°C que fizeram há três noites.
Na prática o inferno pega tudo que tem de ruim no inverno, só que torna tudo muito pior. O ar é mais seco como nunca, o céu é mais poluído como nunca e as altas temperatura são constantes. Em breve não conseguirei dormir mais com duas colchas, nem com uma. Um simples lençol me provocará super aquecimento.
Enquanto isso, eu como pobre pobre que sou irei me virar como puder com ventiladores e tentativas de banhos frios, que são ilusões aja vista a quentura que a água desce da caixa d'água. O bom nisso é que nessa época bebo mais suco do que nunca, assim como uso filtro solar.
Nessa época não se fará mais 33° porém com baixo índice UV, fará 38° durante a tarde à sombra e a pele queimará. Fator 40 é a melhor escolha, mas vou terminar o frasco com fator 30.
Provavelmente chova nesse período, uma duas vezes, mas serão fortes temporais que derrubarão sobre os carros e a fiação as cinquentenárias mugulbas de raízes pobres, mas de boa sombra. Mas assim como os estragos, a horas sem energia e por assim ser sem internet, e os problemas causados no tráfego viário, a refrescância e a umidade da chuva serão temporárias. Depois disso fará mais calor do que antes.
Quanto ao meu coração, graças a minha situação de acomodado e vegetal, ele ficará na mesma. Minhas lamentações ranzinza de filha virgem do fazendeiro também. Embora seja insano me comparar a uma Santinha da novela Paraíso por exemplo, porque eu não transo com ninguém.
E citanto indiretamente Marcelo Nova em sua Isso é Só o Fim, esse calor insuportavel não abrandará o frio da minha alma.
P.S.: O autor desse blog está passando por uma crise epistemológica - sonha e pede um pônei Well. Não sabe o que escrever e para que escrever, no mesmo instante que se dá por satisfeito se sente ridículo e forçado.
Porém aproveitou o período e as suas impressões sobre o clima da sua cidade para inserir um novo contador de visita, que parti do zero agora. Diferente do anterior, esse novo contador conta efetivamente a quantidade de visitas ocorridas num período de tempo.
O anterior contava como visita inclusive as minhas intervenções no blog, ou seja, daquela 1810 visitas da contagem anterior, boa parte era falsa.