sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O primo - eu preciso de falar mais sobre ele

Já contei aqui sobre um primo que tenho e que conviveu comigo nos primeiros anos de nossa infância. Foi com esse primo que aprendi a "brincar de médico" e com quem foi realmente a minha primeira vez.

Desde sempre eu e meus pais vamos a casa dos meus tios, pais desse meu primo, em uma cidade aqui da região metropolitana e eles vêem a nossa.  Nessas indas e vindas muitas coisas mudaram, e entra as coisas que aconteciam e não acontecem mais, eu acho, estão as consultas médicas kkk. Curtiamos ficar esfregando os pintos na bunda um do outro, ele tentava me penetrar de verdade e até deveria sentir um prazer, eu tinha ereção e a curiosidade apenas, mas já sentia, desde sempre atração por homens. 

Uma vez viajei para a cidade dos nossos avós no interior e ele já estava lá. Como sempre fui apegado a ele e ficavamos o dia todo aprontando algo, inclusive pegar uma tralha de pesca bem rústica e ir pescar em um córrego na chácara de nossa tia, que ficava no final da cidade. Iamos a pé ou de bicicleta, apenas nós dois porque até hoje lá não existe esses perigos de cidade grande. As vezes não pescavamos nada, ficavamos conversando, subiamos nos pés de fruta, comiamos algo. Se desce vontade de mijar, mijamos na frente do outro, sem muita malícia. Tenho saudade daquilo principalmente quando lembro do cheiro do pasto e da sensação que provocava o vento quente que antecede a chuva de verão.

Na chácara existia uma chave escondida que abria a sede e que minha tia deixava lá para caso precisassemos de algo. Tinha muita coisa boa para comer lá dentro e as vezes um "eu pego no seu se você pegar no meu" ou outras coisas nessa linha. Uma vez rolou troca troca bem hardcore, hardcore nos níveis de criança porque não conseguiamos acertar nem o buraco do outro e eu nem sequer sabia o que era porra. Um comia o outro e o outro comia um. Nesse troca troca eu comi ele e tava na vez dele me comer, mas ouvi barulho qualquer e como já estava entediado disse que era alguém chegando na casa e era melhor arrumar a bagunça para nossa tia não brigar. 

Meu primo ficou me cobrando uma "revanche" por muito tempo, a viagem acabou, voltamos para capital, eu né, fomos a casa um do outros, viajamos outras vezes para a casa dos avós. Nunca dava certo, porque eu me empenhava, que ele conseguisse me comer outra vez. Até que chegou de novo o natal e o fim de ano e na volta da casa de nossos avós fiquei mais uma semana na casa dos meus tios com ele. Eu tinha 10 anos e ele 11 recém completados. 

Uma tarde eu e ele estavamos no quarto dele jogando cartas sozinho, ele falou que tava com o pau duro. Eu não dei a mínima, ele disse que o pau dele era muito maior do que o meu e eu não acreditei. Ele foi até a porta do quarto, minha tia e minha prima estavam na rua conversando com vizinhos eu acho, trancou a porta e fechou a persiana, ficou em pé na minha frente e esticou a bermuda mostrando aquele volume. Eu fiquei doidinho e ele puxou a minha mão e pois em cima da bermuda dele, o cacete dele tava quente e latejando.

Hum... continua...

Pensando sobre os fatos

Os hemocentros são instituições presentes em muitas cidades do Brasil e não é raro vermos seus coordenadores indo aos meios comunicação, grupos como igrejas, sindicatos, associações, universidades pedindo doadores de sangue devida a demanda superior a oferta. No discurso dos hemocentros está a solidariedade, o amor e o respeito ao próximo, independente de quem seja ele. Eles dizem isso tanto na hora de pedir sangue quanto na hora de repassar o sangue a quem realmente necessita e permitir que salve a vida dessas pessoas.

Porém esse discurso é questionável. Sei através dos meios de comunicação e de quem já doou, porque eu tenho medo de agulha, que no questionário que fazem para o doador a pergunta se ele é homossexual. Caso o doador responda que sim ele é considerado pertencente a um grupo de risco e é dispensado, deduzo que educamente.

Enfim, ser educado não é ser políticamente correto e políticamente correto não é o caso dos hemocentros quando desprezam o doador por considerar a sua sexualidade de risco. Existem muitas pessoas que acreditam que homossexualidade, ou homossexualismo no pensamento deles, seja além uma imoralidade, uma aberração, uma opção, um comportamento promíscuo e infeccioso. E o pior de tudo é que tem homossexuais que são assim também. 

No entanto nem todos homossexuais são assim, e tenho a sensação de que a maioria não é, pois acredito que a maioria vive no armário, se relaciona sexualmente com um número restrito - pensei no número 1 - de pessoas do mesmo sexo, quando se relacionam além de se protegerem com preservativo e afins. Além disso os hemocentros não perguntam para quem se denomina heterossexual se ele é um baladeiro daqueles que transam toda noite com alguma rebaixada para contar vantagem depois, tipos muito comuns em Universidades, micaretas, festas eletrônicas e afins. Os hemocentros também não devem saber que os casos de AIDS por exemplo cresce entre grupos considerados seguros, como o de mulheres casadas.

É revoltante ver o  quão atrasado  e falso pode ser o discurso de instituições como os hemocentros. Mesmo assim não deve-se desprezar esses lugares, sem sombra de dúvidas eles prestam um serviço inestimável a qualquer pessoa, inclusive nós homossexuais, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã e se vamos precisar de sangue. O que é necessário é que os hemocentros, a Anvisa, entre outros utilize como critérios para saber se um sangue é contaminado ou não outros caminhos e não os conceitos pré concebidos, como o de taxar todos homossexuais como grupo de risco. Esses caminhos podem ser exames no próprio sangue doado, afinal de contas a nossa medicina é avançada a tal ponto, pois até mesmo em sangue de grupos considerados seguros pode haver contaminação.

A situação não se resume simplesmente aos homossexuais poder doar sangue ou não, a situação é mais que isso. Essa restrição aos homossexuais é um preconceito disfarçado, que mesmo que não exista no imaginário das pessoas, fica sendo um resquício que repercute na mente de pessoas não esclarecidas. E por fim, e o mais importante, existem inúmeras pessoas precisando de sangue, pessoas como nós e que a qualquer momento podemos estar na mesma condição que elas. Logo toda ajuda, responsável, é bem vinda.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Da Matriarca II

Eu não tenho paciência com a minha mãe. Por isso quando ela se aproxima de mim eu já fico irritadiço. 

Eu não gosto do jeito como ela fala. Não gosto das expressões cunhadas por ela que são excessivamente genéricas, figurativas e mal formuladas. 

Não gosto da forma como expõe seus desejos, lida com as suas frustações e lida com os nossos pontos de vista e desejos.

Não gosto da incapacidade proveniente do interesse dela de aprender a lidar com as coisas novas. Muito menos de quando ela me chama para colocar o DVD para funcionar sendo que é tão fácil, sendo que eu ensinei tantas vezes,  sendo que ela não esforça.

Não gosto de quando ela faz planos a meu respeito. Principalmente porque meus planos não combinam com os delas.

Não gosto da forma como ela fala de mim, seja bem ou mal, ela sempre exagero e não gosto da forma como ela me compara com as pessoas, aliás, eu não gosto de ser comparado com ninguém.

Não gosto do assuntos assuntos que toca para falar comigo e nem de como pergunta sobre eles.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Consciência Ambiental

Um dia desses fui a drogaria para comprar um aparelho de barbear que mesmo sabendo que é uma marca costumo chamar todos de Prestobarba. Está certo, eu sei que aparelhos de barbear são descartáveis e feito com um material fóssil e nada biodegradável, plástico, mas a essência do que quero falar não é essa.

Fui até onde tinha o produto, peguei uma embalagem com dois, fui até o caixa e paguei. Quando eu guardava a nota fiscal e o troco, a simpática vendedora sem perceber colocava a mercadoria dentro de uma sacola. Eu falei meio extasiado "Não não não! Não precisa eu levo na mão". Ela rindo e sem entender disse "tudo bem" e me entregou o produto.

Eu tenho consciências ambiental, global, social, econômica que podem ser mínimas, mas tenho, além de pensar na funcionalidade das coisas. Eu não sou exemplo de uma pessoa sustentável, digna do selo verde, mas sei que uma sacola naquele caso e em muitas outras ocasiões é inútil. 

Uma sacola, que possui um custo minimo, mas possui, para um produto pequeno que coube no meu largo bolso direito dianteiro da calça e que fariam as minhas mãos, que gostam de ficar livres, suar e acumular a sudorese são uma verdadeira agressão ambiental. Um consumo desnecessário e prefudicial que fazemos diariamente sem perceber e sem pensar em razão da busca insustentável pela praticidade e modernidade que a vida consumista nos impõe. Praticidade e modernidade que se formos olhar a fundo talvez nem exista.

Seguir ações sustentáveis em pró do ambiente são dificeis porque somos mal acostumados e comodistas. Também acreditamos ser bobeira, ser chato, complicado. Gostaos de ficar parado na realidade. Para facilitar um pouco as coisas, já que virar uma pessoa amiga de Gaia pode parecer tão complicado, que tal pensar sobre o quanto e como utilizamos a sacolinhas plásticas e reduzir o seu consumo? Não resolve os problemas mas é uma ação pontual que multiplicada pela grande massa se torna grande.