quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

6º dia pós saída - finalmente a psicológa


Com relação aos meus pais, nada de relevante conversei com eles. Não tocamos no assunto, não que evitamos, é que não precisa tocar nele. Além disso, eu sou reservado quanto a ele. O que conversei com meus pais se limitou a outras coisas banais. Uma coisa é certo, aqui em casa não dialogamos muito principalmente porque eu e meu pai somos reservados.

Minha mãe pergunta de tudo, até o que não tem importância se deixar. Um exemplo, ontem liguei para minha vizinha e falava sobre coisas da Universidade e nada além disso, minha mãe perguntou depois se ela arrumou empregada, como se eu tivesse interesse em ligar para saber disso.

Mas deixe minha mãe para lá, o que foi realmente interessante hoje foi ter ido pela primeira vez esse ano a terapia. Entrando no consultório;

- Então, como você está?

- Fora do armário!!!

Então contei com a riqueza de detalhes e um certo estresses para não esquecer outros que acho relevante o que aconteceu nos últimos dias. Outra coisa também é certa, eu não sou conciso, me perco em parenteses e em "recordar-é-viver's" com perdão do neologismo.

Ganhei muitos reforços positivos por parte da terapeuta que ficou contente com a grande revelação do dia 08 de janeiro de 2009 e com a serenidade, o controle que a minha razão exerceu sobre as emoções, algo imprescindivel com a dramática da minha mãe. Sobre a minha mãe ela disse coisas que eu já sabia mas que é importante ouvir para não esquecer e incorporarmos, tanto é que algumas delas eu não incorporei ainda, mas leva tempo.

Pelo perfil que descrevo sobre a minha mãe, a terapeuta não acha nada imporvável que ela vá chorar por mais algum tempo, talvez um ano, um ano e meio. Nada como tem sido esses últimos dias, mas é possível que ela se sinta frustrada novamente.

Por fim falei do encontro de amanhã com um rapaz daqui de Goiânia que conheci via internet. Nos encontraremos aqui no bairro mesmo e eu tenho vontade disso, até onde eu sei não vamos fazer nada além do que simplesmente nos encontrar. Falei o que penso disso, para mim é interessante conhecer rapazes que tenham semelhanças comigo. Assim eu conheço não só mais do mesmo, mas também as peculiaridades de cada. Sem contar que eu potencializo algo que sinto muita falta nessa Goiânia, amizades e quem sabe uma relação afetiva mais intensa, sim um namoro.

Sobre o rapaz não disse muito sobre ele, aliás, muito pouco. Limitamos mais a dizer da minha mal pré meditação de como sair de casa na noite de amanhã para ir vê lo. Acho que direi que vou a casa de algum conhecido que não vai ligar para mim me perguntando onde estou, sendo que meus pais acreditam que eu estou na casa deles.

Por mais livre que eu sinta, não me conforta dizer para os meus pais, mesmo que eles saibam de mim aonde vou, o que vou fazer e com quem. No entanto da forma que eu ainda fui criado é quase que instintivo dizer para eles isso e a terapeuta foi enfática, os pais não querem saber o que os filhos fazem no íntimo sexual. Não diga nada se eles não perguntarem e nem além do que perguntarem, eles também precisam de um tempo para digerir a situação.

E quer saber, eu concordo. Por fim, fui a uma lan house imprimir um curriculo meu para a Mah levar uma empresa que está fazendo seleções. Eu estava de carro e como contornar a quadra dela é complicado pois no final da rua começa uma chácara, dei uma ré até a esquina que ela e sua irmã olharam a minha maestria em dirigir. Há sete meses eu que não tinha carteiras, elas ainda estão tirando a delas. Boa Sorte meninas!

Nenhum comentário: