terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sem título para essa ideia



Nos últimos dias não pensei em nada que fosse interessante para escrever aqui no blog. Eu passei por um período breve em que as atualizações foram diárias. Foi até necessário, pois muitas pessoas dedicaram a acompanhar aquilo que muitos tem vontade de fazer, no entanto não tem segurança e nem coragem para tal, assumir a sexualidade para a família. Esses dias se passaram rápido e conforme eu tanto pedi ao tempo, uma personificação de homem velho, sábio e bom que eu fiz; aproximamos de um mês pós saída do armário.

Atualmente as coisas vão até bem, a relação com a minha mãe não está tensa e deixou de ser muito antes disso. Com o meu pai as coisas continuam na mesma, ele não mudou em nada, falamos de tudo, menos daquele assunto e eu prefiro que seja assim, afinal de contas, não preciso tocar nesse assunto só porque eu sou homossexual. Enfim, a reação do meu pai é a que qualquer homossexual quer dos pais, da família, amigos e sociedade. Eu só tenho flores para jogar.

Minha mãe tenta aceitar, ela não usa em hora alguma aquelas palavras nada agradáveis que me disse no passado. Aliás, nesse tempo todo, ela vive me dizendo que eu sou a coisa mais importante da vida dela, que me ver infeliz é o maior pesadelo dela. Isso é verdade, mas tenho a impressão de que ela diz isso para ganhar um perdão que dei desde o momento da primeira ofensa até a hora que seja, porém ela não sabe que já perdoei, eu apenas não digo isso. Não que eu seja mau, é que eu prefiro que as coisas fiquem subentendidas, mas a minha mãe não entende com facilidade o que eu sugiro.

Agora eu tenho partido para ação, houve duas oportunidades em que fui ver dois rapazes diferentes. Nas duas vezes minha mãe me perguntou aonde eu ia e eu disse que ia em tal lugar, depois ela me perguntou com quem seria e o que eu iria fazer. Apenas não identifiquei os rapazes e omitir parte do que eu ia fazer, mas respondi tudo. Na última vez ela ficou chorosa, o jeito dela de dominar as pessoas, só que mais cedo ou mais tarde ela irá aprender que comigo não adianta; e praguejou contra a internet que ela acredita ser a culpada pela minha sexualidade. Deixei ela falando sozinha e fui.

Algumas coisas eu aprendi, que não preciso contar tudo, muito menos responder tudo o quê me perguntam, e também não preciso ficar justificando ou debatendo a respeito de tudo que eu não concordo, principalmente quando eu já falei antes. Deixar as pessoas falando sozinhas, por mais importantes que elas sejam, é bom até para elas aprenderem. O que eu acho que minha mãe precisa aprender é não perguntar ou fazer as pessoas falarem o que ela, a minha mãe, não quer ouvir.

Eu? De lá para cá eu não tenho uma certa desconfiança com a minha mãe. Custa acreditar que ela deixou aqueles cumulus nimbus tempestivos tão rápido. Também não enho sido rude com a minha mãe, só que agora saiu a agressividade para dar lugar a uma frieza, que assim como o jeito ríspido, não consigo controlar. Talvez seja porque assim como o jeito rude, eu não tenho me dedicado a investigar o que acontece comigo para eu me comportar de tal jeito. Quando vejo, estou agindo como e dada minha angústia o que mais quero é sair do momento e me distrair com outra coisa, com o repetitivo plantão de notícias, com o livro chato, a internet, enfim...

Não quero ser assim, rude ou frio, minha mãe não precisa que eu seja assim e não merece. Mas acho que poderia ser diferente aquilo que eu nem parei para pensar se é simplesmente a minha natureza, a minha personalidade como é a minha sexualidade. Até agora da minha sexualidade o que eu sei é que eu não a escolhi e não vou me abdicar de ser feliz e como eu sou para agradar aos projetos e as idealizações alheias, por mais importantes que essas pessoas possam ser para mim.

Confesso que eu estava sem a menor idéia sobre o que falar aqui no blog, só tinha em mente escrever nele, mas consegui e escrevi rápido, portanto não reparem meus erros ortográficos e de concordância. Por um instante pensei em falar apenas do clipe dessa postagem.

Mas tentando ser conciso, o que posso dizer sobre ele é que eu nunca achei essa música bonita, a letra dela acho super tosca, mas que acho o vocalista da banda, o lourinho careca, musculoso e tatuado; muito, muito gostoso e que tenho fetiche por esse tipo de homem. Como o blog é meu, eu procuro me pautar ao menos possível em moral cristã e eu sou humano e homossexual, como vocês sabem bem, eu confesso que morro de vontade de transar com ele, ou alguém parecido, e hoje de manhã toquei uma pensando no cara aí do clipe, gozei litros. Tá, também posso dizer que quando essa música era sucesso, há cinco anos atrás, o que não faz muito tempo, eu estava com 14 anos, brincava de médico com um primo meu e estava confuso com a minha sexualidade, confuso no sentido de não aceitar o que sempre soube.

Por hoje é só, até a próxima, aqui no mundo de Beakman.

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