Continuo com vontade de escrever, só não sei bem o quê falar. Bem, estou bem entediado, apesar que antes de ontem tive uma boa notícia. Não é todo dias que se ganha uma promoção nacional. Ruim é que fiz planos antes da hora sobre meu prêmio e agora viverei 30 dias esperando para fazer usofruto do que me deram.
Aquele clima de decadência ainda existe, agora não estou mais me sentindo velho ou subaproveitado. Me sinto decadente porque estava olhando o meu circulo de socialização, os amigos meus remanescentes da Igreja e do colégio com os quais tenho um contato mais constante são poucos.
Perdi muito em ter saído da Igreja, do grupo de jovens, mesmo que aquele discurso digno de fariseus dos falsos humildes me fazia mal, mesmo que hoje tenha eu chegado a um estado materialista e a fé em algo divino não me faz sentido. Não faz sentido e nem existe a mínima emoção em mim capaz de me convencer, a razão, do contrário. Também não sinto estimulado a voltar para lá, mesmo que seja só pela socialização, acho que aqueles tempos tiveram o sua nostalgia, como é provavel que eu pense que esse dia de hoje eu fosse feliz em um futuro próximo.
Também, a universidade muda os nossos vínculos sociais, o círculo de amizades, que no Ensino Médio incluía quase que a turma toda, agora se limita a alguns com quem sempre faço trabalhos e tenho a oportunidades de visitar suas casas ou eles frequentarem a minha. As pessoas são isoladas, cada um em seus prédios, em seus institutos com suas ciências, pesquisas e literaturas, quando leem.
Enfim, me rege a esperança de que isso uma dia vai passar e que de mim depende fazer tudo dar certo.
Hoje andei muito a pé, isso me faz sentir melhor, não só por saber que queimo as gorduras que tanto odeio, mesmo que me digam que não sou gordo, mas também pela sensação de poder, de movimento, de força, de mudança que as pernas são capazes de prover. Inclusive aquela dor nos musculos me dá um certo prazer... e pernas peludinhas torneadas também, depois posto para vocês uma foto de minhas pernas.
Agora vou lá, vou sair com uma das pessoas que mais amo no mundo, minha amiga M. Isso me leva acreditar, e consola de certa forma, que dos amigos mantenho contato com os que mais gosto pelo menos. Irei com ela a um point cult de Goiânia, frequentado por gente do babado, por jovens, universitários. Irei tomar alguma coisa, étilica, em uma mesa de bar. Aproveitarei para ver como Gonzaguinha estava certo, a dona birita levanta a moral de quem está na pior, ou nem tanto como é o meu caso.
Daí vou sugerir a quem é que possa me ver do que eu gosto. Meu gaydar tem muito o que melhorar, já mostra sutis melhoras, mas isso não quer dizer que eu não posso usar o gaydar alheio, permitindo a eles que me detectem e saibam que eu estou, digamos, com o coração disponível.
Um comentário:
Belo texto!
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