Um amigo do MSN, homossexual naturalmente, me presenteou com um livro. Depois d’eu falar os motivos que me impediam de comprar o livro, ele citando a proximidade em que ainda estávamos, ou estamos, do meu aniversário, a amizade e a possibilidade que ele possui, fui por ele presenteado o O Terceiro Travesseiro. Fico eternamente agradecido com o presente.
Posso dizer que o livro, a mim, não é impactante, digo, não vai dar uma reviravolta na minha vida. Talvez vá, mas será por minha literatura ainda limitada e este livro ser o primeiro a tratar com um foco mais forte, aliás, com o foco principal, o tema da homossexualidade, bissexualidade, enfim.
Na história, embora o autor afirme ser real, às vezes foi irreal e forçada por alguns detalhes que acho muito incomuns numa "incomunidade", assim também como o livro se saiu previsível. Mas de modo geral posso falar que o livro é bom, de leitura agradável e prende a atenção.
Ao concluir a leitura pensei o seguinte, existem coisas que sabemos que existem, que quando não são fato, como a morte, são muito prováveis de acontecer, como a homossexualidade, e nós, na nossa ingenuidade voluntária, preferimos ignorar.
A morte me assusta, mas não deveria. Assusta-me porque estou pensando mais profundamente nela como algo adiável, mas a todos inevitável. Por mais que fujamos dela, e devemos afinal queremos viver, por mais que a ignoremos, por mais que afastemos, um dia ela vai chegar.
Nesse dia nos daremos conta de o quanto nos somos humanos, não pela sensibilidade e solidariedade que deveríamos ter, mas sim pela nossa incapacidade de controlar a natureza. Da natureza, a morte é a coisa pontual mais poderosa, mais forte que faz de nós pequenos e frágeis. E como se não bastasse tanto poder, ela é irreversível, não volta atrás, o que faz de nós ainda menores e frágeis. A natureza é poderosa, só a humanidade que não se conscientizou disso e acha que o mundo foi feito para o seu deleite.
O que vem depois da morte é algo que assusta também. Não sabemos o que acontecerá depois dela. Eu, que não tenho crença em algo espiritual, acredito que com a minha consciência nada acontecerá, ela simplesmente deixará de existir. A consciência é o que nos faz diferentes de todos os outros seres vivos no que tange a mente, sabemos que nós existimos. Daí, Descartes formulou sua frase, "Penso Logo Existo".
Mas voltando ao que nos espera depois da morte, ser aquela minha expectativa sobre a morte, não me resta outra coisa a não ser aproveitar os meus insignificantes anos de vida diante dos bilhões de anos que tem esse Universo.
A música é do Anderson Richards, vocalista da banda goiana Mr. Gyn, chama Sonhando e essa versão é a do DVD Acústico da cantora, também goiana, Valéria Costa. Ele fez a música para o pai dele que morreu. Acho a letra bonita e profunda e a melodia melancólica.
Um comentário:
Fazia um tempinho que não lia seu blog. Arrependo-me de ter "quase" esquecido dele, freqüentá-lo-ei com mais freqüência.
Você escreve bem (acho que já disse isso um zilhão de vezes). ^^
Post Scriptum: É - BEM - melhor que os livros do vestibular...
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