quarta-feira, 10 de março de 2010

Sobre o ateu

Falando mal do Silas Malafaia, um blogueiro que passou por aqui, me indicou uma reportagem falando sobre o dito cujo em uma revista. A matéria foi publicada na revista eletrônica A Capa e a autoria era de Márcio Retamero, denominado pastor protestante de uma igreja inclusiva.

Embora ateu, me interesso por conhecer esse tipo de denominação e vi no pastor uma oportunidade para conhecer e até de mudar meu conceito a respeito das religiões. Escrevi ao referido pastor inclusivo, me identificando como ateu e pedindo indicação de igreja inclusiva em Goiânia. Ele me indicou a uma pastor de Brasília que me indicou a um rapaz daqui de Goiânia.

Nem para o pastor de Brasília e nem para o rapaz de Goiânia eu me identifiquei como ateu e hoje conversei em conferência com eles e com outros rapazes, também homossexuais. Eles são carinhosos, inteligentes, bonitos e atenciosos, mas o principal, partem do pressuposto de que eu sou crente.

Sobre minha fé, apenas falei que não tenho igreja e que tive formação católica. Estou bem convicto de que eu sou ateu, apesar que não vejo em ser ateu uma permanência, e imaginando o que eu possa encontrar numa igreja inclusiva continuarei ateu.

Me incomoda é a não ciência deles a respeito do meu tipo de fé, o medo de como eles possam receber isso e que isso possa me excluir. Quero conhecer a vivência religiosa deles e inclusive me socializar com eles se isso for interessante. Contudo não acho ético nem para mim e nem para eles fingir que acredito nas coisas do mesmo jeito que eles.

Bem, acho que não vou fazer do meu ateu um segredo trancado a sete chaves como já foi minha sexualidade. Se eu perder algo com isso, que seja agora no começo.

5 comentários:

Unknown disse...

Acho que é capaz de gostarem ainda mais de você, porque tentarão te "converter". Será??

O+* disse...

Concordo com o Edu. Você fará sucesso!!

Eu não tento convencer ninguem do meu ateísmo e nem faço dele uma bandeira. Deixo ele guardado na gaveta, junto da minha certidão de batismo e lembranças da primeira comunhão. Mas ando percebendo que você está buscando algo mais... Quem sabe possamos conversar mais?

disse...

Hey there.
Você é mais um que não entendeu que somos duas blogueiras recheando o mesmo espaço, né? =P
Em todo o caso, eu vou adicionar também!

Eu não tenho religião. Tenho minhas convicções e sigo o que minha cabeça e coração mandam. Se eu quiser falar "Deus" eu falo, se eu quiser acreditar em destino, acredito. Mas se for coincidência, paciência.
Eu acho que é assim que tem que ser. Chega de regra nessa vida!

Sex and the city Tupiniquim disse...

Como te disse... não vejo o real motivo da sua inclusão na religião se o seu "ateísmo" é tão convicto!!!???
Deixe para os porcos o que são dos porcos... (acho que a frase foi um tanto quanto pesada!!!)

Bjus

[Farelos e Sílabas] disse...

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Não sei quem são as pessoas indicadas, mas ASSEGURO que se estivesse aqui no Rio de Janeiro teria o prazer de recebê-lo nas minhas palestras e nas minhas aulas. Eu e o Márcio – a quem você citou – trabalhamos juntos na mesma comunidade inclusiva. O ambiente é maravilhoso e as pessoas – advindas de vários credos, até ateus! – são incríveis. Semanalmente recebemos vários jovens. Fazemos parte do Conselho Estadual das Políticas Públicas para a população LGBT, que é um órgão estadual ligado à Secretaria Estadual de Direitos Humanos.

Poderia falar muita coisa, mas o que pretendo dizer aqui já é o suficiente. Se o ambiente for, de fato, inclusivo você JAMAIS será excluído. Sendo ateu ou qualquer outra coisa. Afinal, você é você. Isso é o mais importante. Detalhes apenas enriquecem!

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